12/05/2025
TRAGÉDIAS QUE FAZEM PENSAR E SENTIR.
O espírito da educadora que corre em minhas veias e os sentimentos da psicóloga que acolhe pessoas enlutadas, estão indo dormir com o coração apertadinho diante do ocorrido em uma escola de Uberaba , e que poderia ter ocorrido em qualquer uma outra, daí a importância da solidariedade das demais que estão emitindo notas de pesar. Fico pensando nos pais dos dois adolescentes diretamente envolvidos e nos dos demais alunos. Penso nos colegas de sala.
Penso nos professores. Penso nos diretores e demais colaboradores e, a pergunta que não quer calar é: O que podemos fazer para colaborar de alguma forma?
Diante dos muitos anos de lida com o efeito das tragédias na vida das pessoas, penso que as palavras de ordem para a comunidade são: Acolhimento, empatia, compaixão e caridade. Acolhimento ao susto, à perplexidade, ao medo e à insegurança que o fato desperta; Empatia no sentido de nos colocarmos no lugar das famílias atingidas e com elas sentir a sua dor; Compaixão no sentido de não julgar, não rotular, não emitir opiniões e boatos irresponsáveis; Caridade em agir como gostaria que agissem se fosse com você.
Vou tentar colocar o meu coração para descansar apelando para o Alto, pedindo ao Deus misericordioso - que muitos perguntam onde estava em momentos/situações como esta - que console e dê a Paz tão difícil de se experimentar diante daquilo que não conseguimos compreender.
VERA LUCIA DIAS Psicóloga e Mestre em Psicologia Clínica TERAPÊUTA DO LUTO PRESIDENTE DO INSTITUTO RENOVARE- CEMAE (Centro de Estudos sobre a Morte e Apoio à Enlutados) Coordenadora do Projeto Fenice - Renascendo das Cinzas, voltado para pais enlutados, uma iniciativa do INSTITUTO RENOVARE