
11/05/2025
Ser mãe me fez alguém muito melhor. E nos últimos dias, eu me perguntei: por que?
Porque ser mãe é ser tocada em camadas muito profundas.
É estar totalmente exposta, vulnerável, desarmada.
De repente, existe um ser tão pequeno, tão dependente… que te faz sentir um medo real: medo de falhar, de não ser suficiente, de não conseguir protegê-la de tudo.
E sim, em algum nível, não seremos suficientes, e é bom que seja assim.
Mas podemos ser presentes. E isso muda tudo.
Essa vulnerabilidade me levou para um lugar que nenhuma técnica, nenhum livro e nenhuma formação me levou: uma conexão profunda com algo maior do que eu.
Ser mãe me conectou mais com Deus, ou com aquilo que posso chamar de presença viva, que acolhe o medo, a entrega e a transformação.
Antes, minha vida girava em torno de metas, produtividade, controle.
Mas crianças não vivem no tempo do ego, elas vivem no tempo da presença.
E pra estar verdadeiramente com ela, eu precisei parar.
Sentar no chão. Brincar.
Ver. Sentir. Desacelerar.
O tempo ganhou outra densidade. Uma nova qualidade.
De uma vida que antes era só sobre conquistar, sobreviver, provar...
Hoje, também como mãe, tenho vivido uma vida que protege, que ensina, que serve, que doa.
E, nesse processo, algo em mim se esvaziou e se preencheu de algo muito mais verdadeiro.
Ao cuidar da minha filha, reencontrei a criança que eu fui.
Me lembrei da minha essência.
E percebi que, em algum nível, cuidar dela também tem sido cuidar de mim.
Obrigada filha, ser sua mãe foi o maior e melhor presente que ja recebi ate hoje, depois da vida. Obrigada mãe, pela vida, e muito mais.
Esse é um post pessoal, mas também um convite:
A todas as mães, mulheres e pessoas que cuidam, lembrem-se: as vezes é no amor que damos que mais nos curamos.
Feliz Dia das Mães ❤️
Com amor,
Celly