09/03/2021
Psique (do grego ψυχή, translit. psychḗ, originalmente "respiração", "sopro", por ψύχω, "eu respiro ")[1] era, entre os antigos gregos, um conceito que definia o auto ("si mesmo"), abrangendo as ideias modernas de alma, ego, mente e espírito.
Alma é um termo equivalente ao hebraico Nephesh, ao sânscrito Ātman e ao grego psykhé e significa "ser", "vida" ou "criatura". Etimologicamente, deriva do termo em Latim animu, que significa "o que anima".
A animação, a animosidade, ou o que nos anima é o que nos traz movimento, antes de tudo, a conexão, a completude ou o fazer parte.
Em oposição temos a tristeza, a depressão, o ânimo em baixa oitava, o sentir-se desconectado.
Na literatura psicanalítica a depressão está relacionada à sensação da perda, do luto. Perder o ânimo é perder conexão. Enquanto isso melancolia seria a identificação com a própria falta, o reconhecer-se enquanto um ser faltante, sem ânimo, sem conexão.
Mas, para tanto, a respiração da psiqué ajusta nosso ânimo, é um mecanismo de pulsar, de soltar o ar, expressar, expurgar. Ao passo que também é integrar, incluir, associar, trazer para dentro.
Além disso, com o alento temos a lida com o vazio da perda (os pulmões vazios) e, em paralelo, com a completude (pulmões cheios).
A a depressão deixa nossa respiração lentificada e pausada, enquanto a euforia ou uma ansiedade excessiva torna a respiração acelerada e sem fôlego. Ambas formas desequilibradas de nossa busca por expressar a nossa psique.
Mas que estudo da psique é esse o da psicologia?
É justamente o que busca a escuta, acolhimento e a compreensão do fôlego da voz, do alento, da alma, da animosidade, do corpo em vida. Em terapia compreendemos nossas conexões, a nossa relação e movimento do eu com o outro. Encontramos uma forma de respirar com o mundo.