27/06/2025
Nos protocolos de bioestimulação, a eficiência da neocolagênese (produção de colágeno) efetiva não depende somente do produto, técnica ou anatomia, mas também do estado biológico do fibroblasto. E aqui, a vitamina D desempenha um papel fundamental que muitos subestimam.
A vitamina D atua a nível intracelular unindo-se ao receptor nuclear presente nos fibroblastos dérmicos. Esta união ativa a transcrição (replicação) de genes responsáveis pela síntese de procolágeno tipos 1 e 3, essenciais na arquitetura dérminca por detrás de procedimentos que atuam na produção do colágeno, como bioestimuladores injetáveis, equipamentos de ponta e laseres.
Além disso, modula diretamente os fatores de crescimento como TGF-B, IGF-1 e FGF, chaves para a proliferação fibroblástica e remodelação da matriz extracelular. O déficit de vitamina D pode comprometer estas cascata de produção, reduzindo a capacidade biosintética e afetar a qualidade do tecido a ser produzido.
Sua ação imunomodeladora também é crucial para o controle da produção de citocinas inflamatórias e limita a expressão de MMP’s (metaloproteinases) que degradam colágeno. Pacientes com nível insuficiente de vitamina D apresentam maior risco de resposta inflamatória desorganizada e formação de nódulos fibróticos e formação desarmonica de tecidos.
A nível mitocondrial, a vitamina D otimiza o metabolismo energético celular, essencia para sustentar a alta demanda de energia que requer a sintese proteica dermica.
Por isso, a análise da vitamina D no paciente candidato á bioestímulo de colágeno é parte integrada da minha abordagem tanto preventiva, quanto personalizada.