Bea Hasegawa #nãoaoreganhodepeso

Bea Hasegawa #nãoaoreganhodepeso Pós-graduada em nutrição e transtornos alimentares
Escritora de 2 livros
Certicada em Mindfulness Esta página é para educar e não é conselho médico.

Página criada para dar apoio, motivar e divulgar os benefícios e contratempos da cirurgia bariátrica e da necessidade de um novo estilo de vida para emagrecer e se manter magro. Siga as orientações do seu cirurgião.

16/05/2025
Posted  •  Uma das aulas que dei no congresso brasileiro de endocrinologia,  , foi sobre a heterogeneidade da obesidade,...
21/10/2024

Posted • Uma das aulas que dei no congresso brasileiro de endocrinologia, , foi sobre a heterogeneidade da obesidade, isto é, que não há uma obesidade, e sim várias “obesidades”, com causas, respostas a tratamento e consequências muito diferentes. Um dos temas abordados foi sobre os avanços do entendimento da genética da obesidade, em que 80% dos genes associados estão no cérebro, especialmente no hipotálamo, a área do cérebro (do tamanho de um polegar) que regula o nosso peso, tanto via apetite como gasto energético. A maioria dos genes tem impacto pequeno, e o efeito se dá pela combinação entre eles, mas há alguns com impacto maior.

👉Um exemplo é o gene do receptor MC4, que controla mecanismos de saciedade no hipotálamo. Conhecido já há algum tempo, pesquisas mais recentes mostram que uma mutação nele pode estar presente em 0,3% da população no Reino Unido, e quem tem essa mutação pesa, em média, 17,5kg a mais! Essa mutação está associada à obesidade com aumento de fome desde a infância.

👉O interessante, porem, foi a análise que mesmo com esse efeito grande sobre a fome, nem todas as pessoas com essa mutação tem obesidade grave, e outros genes influenciarão o resultado final, mesmo nesses indivíduos! Por exemplo, alguém com genes que os faria bem magros, mesmo com esse gene “engordador” poderia cair numa faixa de peso normal ou com sobrepeso leve, e portanto testar esse gene no futuro pode ser importante!

👉Também citei sobre outra descoberta recente de um novo gene descoberto, o BSN, mais raro, mas com efeito no peso ainda maior, mas q só leva à obesidade na idade adulta!

👉Isso mostra como a obesidade é heterogênea, e ainda estamos muito no início de compreender toda a relação entre genes, comportamento e ambiente!

👉Outro tema que falei sobre como a distribuição de gordura explica porque pessoas com mesmo altura e peso podem ter riscos metabólicos muito distintos, mais uma vez ressaltando que o que se entender como “peso ideal” não é fixo e depende de vários fatores!

Ref: Wade. Loss of function mutations in the melanocortin 4 receptor in a UK birth cohort. Nat Gen 2021

Posted  •  Hoje é aniversário das duas beatrizes da minha vida, na verdade duas de quatro beatrizes da minha vida. É mui...
29/08/2023

Posted • Hoje é aniversário das duas beatrizes da minha vida, na verdade duas de quatro beatrizes da minha vida. É muita Beatriz. Amo vocês! E feliz aniversário!

Posted  •  Ainda há muita gente, inclusive profissionais de saúde, que acha que a obesidade é responsabilidade exclusiva...
26/07/2023

Posted • Ainda há muita gente, inclusive profissionais de saúde, que acha que a obesidade é responsabilidade exclusiva do indivíduo. Como se essa doença pudesse ser resolvida apenas com uma equação simples de "se exercitar mais e comer menos".

Só que a ciência já mostrou que a obesidade é uma doença muito mais complexa.
Sabemos que a doença pode ser causada pela interação de fatores biológicos, genéticos, sociais, psicológicos e ambientais. Há estudos que estimam que até 70% do nosso peso pode ser influenciado por nossos genes.

É por isso que nenhum país, empresa ou instituição tem a capacidade de enfrentar a obesidade sozinho. Muito menos uma pessoa que sofre com a doença.
O enfrentamento exige parcerias de todos os setores da sociedade, com iniciativas públicas e privadas trabalhando juntas.

.andrea.nutrologia .a.schiavon


Posted  •  A obesidade segue sendo uma doença estigmatizada, e seu tratamento …..👉Em primeiro lugar, devemos lembrar que...
19/07/2023

Posted • A obesidade segue sendo uma doença estigmatizada, e seu tratamento …..
👉Em primeiro lugar, devemos lembrar que a cirurgia jamais será um “caminho fácil”; afinal decidir operar significa aceitar que haverá mudanças anatômicas definitivas, ou seja, é uma decisão de longo prazo.

👉Estudos mostram que, na média, há uma melhora importante na qualidade de vida, mas isso não significa q mudanças não serão necessárias,efeitos colaterais não possam aparecer (como o dumping) e o uso de vitaminas em geral é crônico.

👉Assim, é uma decisão difícil, q preza pela qualidade de vida e melhora de saúde, com estudos mostrando redução de diversas outras doenças e aumento de expectativa de vida.

👉Com a evidência q temos, algum médico se dizer “contra” cirurgia bariátrica é puramente preconceito com a doença (o q não significa q devemos oferecê-la universalmente, mas saber discutir prós e contras).

👉Muita gente vê a cirurgia como um “fracasso pessoal” ou “moralmente incorreta”: nada mais errado, afinal a obesidade é doença crônica, e não estilo de vida ou hábito, e não pode ser vista como “falta de força de vontade”. O médico também não deve nunca usar juízo de valor (que não existe) ao discutir o assunto. É muito raro que alguém que opte pela cirurgia o faça sem tratamentos anteriores: em geral são pessoas com inúmeras experiências anteriores frustrantes.

👉O preconceito externo gera também preconceito interno e muitos deixaram de buscar tratamento por isso e rodam em círculos, achando que a mudança deve necessariamente “vir de dentro”. Tomar a decisão de uma mudança definitiva é dificílima, há inúmeros obstáculos no caminho, e julgamentos externos não ajudam. Como bem disse uma paciente em um congresso: “qual o mal para os outros de eu querer melhorar minha saúde e qualidade de vida”?

👉Obesidade é doença e deve ser tratada como: com respeito a quem vive com ela é baseado em evidência, não em achismo.

Ref: Dolan. Assessment of public attitudes toward weight loss surgery in the US. JAMA Surgery 2018

Posted  •  Sempre que discuto aqui sobre as adaptações metabólicas que ocorrem após a perda de peso (redução do apetite ...
06/07/2023

Posted • Sempre que discuto aqui sobre as adaptações metabólicas que ocorrem após a perda de peso (redução do apetite e aumento da fome), recebo perguntas como: “após quanto tempo mantendo o peso, o corpo aceita aquele novo peso e as adaptações terminam”?.

👉Os estudos que tentaram responder essas questões não encontraram redução dessas adaptações: há estudos com até 6 anos de duração, e que mostram que, não apenas a adaptação metabólica persiste, mas pode até aumentar.

👉É uma notícia triste, a princípio, que demonstra como a obesidade é uma doença crônica. Porém, é importante ressaltar que sim, após algum tempo de manutenção, ela pode se tornar um pouco mais “fácil”, não porque a adaptação metabólica se esvaziou, mas porque você pode aprender a lidar com ela e sabe como a contrabalançar: a grande maioria se torna fisicamente ativa (a média de 300 minutos/semana); se pesa com frequência e decide um peso alerta; sabe que precisa se planejar e não pode perder o controle, mesmo em comemorações; evita bebidas calóricas, e assim por diante. Num estudo q avaliou pessoas q perderam muito peso e mantinham por mais de 1 ano, até 87% delas conseguiram manter ao menos parte do resultado após 10 anos!

👉 Para ter um bom resultado a longo prazo é importante entender que o tratamento é crônico e sempre exigirá esforços (e em muitos casos, medicações). Quando essa percepção chega, a chance de sucesso aumenta.

👉Infelizmente, porém, há o risco de perturbações grandes atrapalharem o equilíbrio: a pandemia é um exemplo. Nesse sentido, retomar logo e perceber as dificuldades é fundamental!

Ref: Thomas. Weight-loss maintainance for 10y in the NWCR. Am J Prev Med 2014

Posted  •  Em uma bela aula do Dr Lee Kaplan, da Harvard Medical School e ex-presidente da Sociedade Americana de Obesid...
16/06/2023

Posted • Em uma bela aula do Dr Lee Kaplan, da Harvard Medical School e ex-presidente da Sociedade Americana de Obesidade, no Congresso Brasileiro de Obesidade, ele explicou por que a obesidade é uma doença crônica.

👉Ela é uma doença pois resulta de uma “fisiologia anormal”, isto é, o centro da fome e saciedade consideram que o peso a ser atingido é um mais alto do que o deveria, de tal forma que há vários mecanismos que farão com que o corpo volte a engordar após “comermos menos” voluntariamente por um período curto. Como exemplo, ele cita que se doamos sangue, nossos glóbulos vermelhos se reduzem, mas em pouco tempo o corpo age para voltar ao nível de antes, além de outros exemplos.

👉Além disso, ela é uma doença pois causa e agrava outras doenças, e há mais de 200 associadas à obesidade, que diretamente interferem em qualidade de vida, saúde e expectativa de vida.

👉Mas um ponto impactante de sua fala foi dizer: muitos repetem que ela é uma doença crônica e se preocupam com suas consequências, mas na prática não a tratam como. Ou seja, não basta falarmos isso nos discursos, precisamos agir e tratá-la assim.

👉Entendendo que o objetivo do tratamento é melhorar saúde e qualidade de vida (e não estética); e entendendo que se a doença é crônica o tratamento (seja ele qual for) também é crônico (de tal forma que a perda de peso é só a fase inicial do tratamento).

👉Essa visão precisa ser compartilhada por profissionais de saúde, pelas pessoas que vivem com obesidade e também pelo poder público, para melhorar formação e acesso a tratamentos.

👉Há algum tempo, a própria ciência da obesidade era estigmatizada é considerada “menor” e ainda há quem chame quem trate obesidade de “médico de regime”, e infelizmente, ainda há muito mau profissional fazendo maus tratamentos, mas a evolução é visível.

🌟Pense nisso: discursos teóricos baseados em ciência de nada adiantam se na hora da prática fazemos de acordo com crenças antigas e preconceitos!

Leitura importantíssima.
31/05/2023

Leitura importantíssima.

Sim, devemos falar sobre a obesidade. Devemos mudar a perspectiva e falar sem estigma.É possível e deve ser feito.
03/03/2023

Sim, devemos falar sobre a obesidade. Devemos mudar a perspectiva e falar sem estigma.
É possível e deve ser feito.

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R. José Elias, 40
Uberlândia, MG
38411-201

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