12/03/2025
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o número de casos de varia entre 5% e 8% a nível mundial.
Isso significa que pelo menos 400 milhões de indivíduos no mundo sofrem dessa comorbidade.
Mas o TDAH não se manifesta da mesma forma em homens e mulheres, e isso pode afetar tanto o diagnóstico quanto o tratamento do paciente. Por exemplo, estudos sugerem que homens são mais propensos a receberem um diagnóstico clínico da doença, além de terem maior probabilidade de receber medicação.
Mas por que isso acontece?
Os sintomas de TDAH são mais visíveis na infância, mas se manifestam de formas completamente diferentes. Enquanto os meninos apresentam sintomas que se encaixam no estereótipo da doença, como desatenção, dificuldade de aprendizagem e problemas comportamentais, as meninas internalizam os sentimentos e acabam desenvolvendo ansiedade ou depressão. É importante ressaltar que os sintomas são igualmente graves.
Essa ausência de problemas comportamentais externalizantes é um dos motivos por que as mulheres têm menor probabilidade de receberem medicamento, por exemplo.
A forma como os gêneros são socializados também pode afetar os resultados. Enquanto os meninos são mais livres para explorar, as meninas são ensinadas desde cedo a ter um comportamento mais retraído, internalizando as emoções.
Já na vida adulta, estudos sugerem que a persistência da doença também varia de acordo com o s**o, sendo 25% mais provável de resistir em mulheres do que em homens. Isso também se deve ao fato de que os pais estão menos propensos a levar as filhas para avaliação se perceberem que elas apresentam comportamentos menos estereotipados do TDAH, dificultando a identificação.
Por isso, há a necessidade de avaliações detalhadas para o diagnóstico, levando em consideração as diferentes manifestações dos sintomas em homens e mulheres. O diagnóstico precoce e a abordagem individualizada fazem toda a diferença no manejo da condição, independentemente do gênero.