29/05/2024
Gosto muito de 2 aspectos dessa citação: o comprometimento e a dor.
Como a perspectiva da autora, tb entendo que comprometimento é um ingrediente indispensável em qualquer relacionamento com amor, seja intrapessoal (o amor por nós mesmos/as), conjugal, familiar, de amizade e, pq não, terapêutico.
Amar, então, não é apenas sentir um tipo específico de afeto (parte que a gente não controla), mas tb, e principalmente, comprometer-se com um conjunto de ações (parte que a gente controla), como: Cuidado, apoio, incentivo, compartilhamento, orientação, favorecimento do crescimento pessoal, aceitação, respeito.
Nesse sentido, amar tb envolve nos abrirmos para receber e acolher determinadas dores, pois se vamos aceitar, apoiar, favorecer o crescimento, respeitar, precisaremos permitir que nem tudo seja exatamente como gostaríamos. Precisamos entender e aceitar que erros e falhas vão ocorrer. Porém , por mais desconfortável que seja, é exatamente este o processo que favorece maior vinculação, intimidade e, consequentemente, crescimento.
Amar só na alegria é muito fácil e confortável. Mas requer uma dose importante de compaixão e autocompaixão amar nas dificuldades, nos retrocessos, nos tropeços.
Acho este um trabalho incrível de se fazer na terapia: ajudar a pessoa a realmente se comprometer com o amor por si mesma e por quem ou o que lhe importa! Considero que as abordagens da Terapia de Aceitação e Compromisso e Terapia Focada na Compaixão ajudam muito neste processo!