
20/06/2025
Crescer em um ambiente abusivo não ensina apenas o que é um “relacionamento ruim”. Molde o cérebro infantil a partir do medo, da tensão e da instabilidade. O estresse constante ativa o sistema de alerta do cérebro de forma repetida, interferindo no desenvolvimento emocional, na autorregulação, na autoestima e até no funcionamento de áreas como o hipocampo e a amígdala — regiões ligadas à memória emocional e à resposta ao perigo.
Essas crianças, ao se tornarem adultas, têm mais chances de desenvolver transtornos como ansiedade, depressão, transtorno do pânico, fobia social, TDAH e até sintomas dissociativos. Elas podem se tornar pessoas que aceitam demais… ou que machucam demais. Que não sabem o que é afeto sem dor, ou que sentem culpa só por colocar limites.
Por isso, proteger os filhos de um lar violento não é “separar uma família”. É impedir que o ciclo de dor continue. É ensinar ao cérebro — e ao coração — que amor não é sinônimo de sofrimento.
Romper é difícil, mas permanecer pode deixar marcas profundas e silenciosas por toda uma vida.