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Juliene Oliveira Terapeuta

Constelação Familiar e Organizacional

Quando estava naquele hospital, com a incerteza da minha sobrevivência, decorrente de uma pré-eclâmpsia gestacional, ent...
17/05/2024

Quando estava naquele hospital, com a incerteza da minha sobrevivência, decorrente de uma pré-eclâmpsia gestacional, entreguei-me à morte. Como uma rendição da minha pequenez e impotência diante dela. Curiosamente, nesse momento, não me importei com os títulos que deixaria por aqui, nem com o reconhecimento ou feitos honrosos que tanto busquei na vida.

Meus primeiros pensamentos foram se veria o rostinho da minha filha, se ela sobreviveria. Seguidos pela saudade que sentiria de brincar com a minha filha mais velha, de olhar nos seus olhinhos. Quem cuidaria dela? Como ela cresceria sem mãe?

Lembrei-me também das vezes em que coloquei meu papel materno como obrigação e muito pesar. Havia compromisso maior do que este? Naquele momento era o que mais temia. Eu era o mundo de alguém. Quantas vezes eu não apreciei o que meu coração mais temia perder?

Falando em perder, veio-me a saudade da minha avó. Que falta eu sentia dela, do seu cheiro, do seu toque, do seu cuidado amoroso comigo. Quanta saudade eu teria de tocar minha filha.

O cheiro, o toque, o olhar, a conexão, o vínculo, o amor direcionado ao outro. Estar tão perto de perder a vida me proporcionou um despertar para o presente, para o que é viver, um despertar para o essencial. Como Beth Hellinger diz: "O essencial é simples".

Esta não é uma experiência pessoal, mas sim uma partilha de uma colega da pós. Suas palavras tocaram minha alma.

Quem nunca ouviu a frase: "Eu era feliz e não sabia", "Eu não aproveitei", "Eu não via", "Hoje eu faria diferente", "Eu sinto saudade".

Ontem, passei um domingo comum: aniversário do meu sobrinho, com meu marido, filho, irmãos, sobrinhos, cunhados, meus pais, e olhei tudo aquilo com uma satisfação que faz meus olhos se encherem de lágrimas ao escrever. Estava ali a minha felicidade. Daqui a alguns anos, será nostalgia as conversas à mesa.

Algo mudou dentro de mim neste fim de semana, não sei exatamente o quê. Uma coisa é certa: por muitos anos, o mundo me fez acreditar que não tenho nada. Não é verdade. Meu extraordinário está realmente no meu ordinário. E o seu?

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