Todos sabemos da importância do oxigênio na vida dos seres vivos. O que muitas pessoas não imaginam é que esse elemento, fundamental na respiração e combustão, também pode ser usado, por meio da tecnologia, como um recurso médico no tratamento de diversos problemas, como infecções de tratamento geralmente demorado e difícil.
Este é o princípio da câmara Hiperbárica, um equipamento moderno e pioneiro que faz parte dos recursos oferecidos aos pacientes pelo Hospital do Rim de Sergipe. Nossa câmara é de multipacientes, com capacidade máxima para até 04 pessoas.
“O paciente recebe oxigênio puro que, por meio da respiração, vai dos pulmões para o sangue e circula em grande quantidade pelo corpo, principalmente em locais onde exista uma carência, como feridas crônicas, infecções rebeldes, lesões como traumatismos, queimaduras e outros problemas complexos”.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina, acolhendo uma bem documentada solicitação gerada por especialistas de São Paulo e do Rio de Janeiro, publicou a resolução 1457/95, regulamentando a área de atuação e a modalidade terapêutica.
De acordo com a comunidade científica dedicada a Medicina Hiperbárica, são indicações para a O2HB as seguintes condições patológicas:
a. Doenças descompressivas;
b. Embolia traumática pelo ar ou embolia gasosa.
c. Envenenamento ou intoxicação por monóxido de carbono, por cianetos e por fumaça de incêndios.
d. Infecções de tecidos moles por bactérias necrotizantes, mistas ou anaeróbias; (mionecroses, fasciites necrotizantes, celulites necrotizantes, gangrena gasosa, Síndrome de Fournier).
e. Isquemias agudas de tecidos moles e membros (síndromes compartimentais, lesões por esmagamento, síndromes de reperfusão pós-traumática e pós-revascularização, enxertos refratários ou comprometidos, deiscências de suturas e reimplantação pós-amputação).
f. Queimaduras térmicas, químicas ou elétricas.
g. Síndrome de surdez súbita.
h. Fase aguda de anemias severas e na impossibilidade de reposição de sangue.
i. Osteomielites refratárias.
j. Lesões e necroses por radiação/radioterapia: lesões actínicas de mucosas, radiodermites e osteorradionecroses.
k. Isquemia retiniana aguda.
l. Pneumoencéfalo.
m. Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas (aracnídeos ou ofídios) e vasculites crônicas autoimunes.
n. Lesões crônicas de origem isquêmica, infectadas ou não, como úlceras de pele, mal perfurante plantar e demais lesões diabéticas.
o. Processos inflamatórios crônicos com fístulas enterocutâneas como na Doença de Crohn, enterorragias por retocolites e colite pseudomembranosa.
p. Abscessos intra-abdominais e intra-cranianos.