13/02/2025
Há mais de um século, a economia mais desenvolvida do país domina o Nordeste, concentrando decisões e investimentos em um centro distante da realidade local. O resultado? Um modelo que marginaliza nossa região, sufoca o crescimento e perpetua a desigualdade.
Além disso, monopólios privados, tanto nacionais quanto internacionais, são protegidos pelo governo, controlando setores estratégicos, impedindo a concorrência e limitando a industrialização nordestina. O Estado, em vez de fomentar o desenvolvimento regional, favorece esses grupos, aprofundando a ineficiência, a pobreza e o subdesenvolvimento.
Nossa mão de obra é mantida barata para atender aos interesses das elites econômicas, enquanto políticas públicas deixam de investir em qualificação e geração de renda. O efeito disso? A destruição gradual da classe média, o achatamento da renda e uma sociedade onde cada vez menos pessoas produzem algo de valor, mergulhando o Nordeste em um ciclo de dependência e estagnação.
Empreendedores nordestinos enfrentam barreiras burocráticas e falta de incentivos, impedindo inovação e expansão. A carga tributária no Brasil, uma das mais altas do mundo, drena o lucro das empresas, impossibilitando investimentos em tecnologia e modernização. No Nordeste, onde há menos infraestrutura e apoio governamental, isso se torna ainda mais prejudicial.
Ao mesmo tempo, a política, que deveria ser agente de transformação, se torna refém de interesses corporativos e se distancia das reais necessidades da população. Sem representação eficaz, o Nordeste permanece amarrado às decisões de Brasília, incapaz de estabelecer seus próprios acordos comerciais e ajustar sua política fiscal para crescer.
Diante desse cenário, como o Nordeste pode competir quando a centralização política, a proteção a monopólios, a exploração da mão de obra, os altos impostos e o enfraquecimento da política impedem seu desenvolvimento?
É hora de expor essa realidade e cobrar mudanças. O Nordeste não pode continuar sendo apenas uma colônia econômica dentro do próprio país. É imperioso liberdade para empreender e menos estado.