06/02/2024
Carnaval é usar máscara para tirar a máscara. Trata-se de um artifício complicado, que só se usa diante daqueles que é preciso enganar para se ser livre. (Rubem Alves)
No carnaval, o brincar é permitido, as nossas fantasias estão livres, e até mesmo os nossos desejos mais proibidos encontram espaço para se realizar. Ninguém está preocupado com julgamentos morais, afinal, é carnaval.
Algo que desperta a curiosidade é o uso das máscaras, é fascinante, nos deixa fisgados em saber que rosto se esconde, quem é essa pessoa? O que posso fazer para saber sobre ele (a). Rubem Alves, famoso poeta e psicanalista brasileiro, tece brilhantes reflexões sobre o uso das máscaras pela sociedade, “ponho a máscara de papel e tinta sobre a máscara de carne e ninguém f**a sabendo quem sou. Fico desconhecido, sem nome. Estou livre do público. Posso deixar que o meu eu verdadeiro saia.” Mas será que usamos máscara só no carnaval, ou também na relação com outro nos escondemos de quem realmente somos? É uma questão para refletirmos, porque se no carnaval usamos esse artifício para mostrar ao outro que existe algo por trás de uma máscara, talvez ao término deste, colocamos máscaras não para esconder do outro, e sim de nós mesmos. Desejamos que nesse carnaval você brinque com máscaras e fantasias, que se permita viver e pular o carnaval, porém aceitando que, ao término dessa data tão alegre, as máscaras possam ser tiradas. Somos nós mesmos que colocamos as máscaras em que nos escondemos a vida inteira, e quanto mais deixamos elas coladas em nosso psiquismo, mais difícil será de nos reconhecer por detrás dela.
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