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Atendimento psicanalítico para adultos e adolescentes, disponível de forma presencial em Arcoverde-PE e Venturosa-PE, ou on-line, com a mesma escuta cuidadosa e acolhedora.
30/11/2025
Você já se perguntou o que realmente está sendo comprado quando alguém compra demais?
Nem sempre é sobre o objeto. Muitas vezes, é sobre um vazio tentando ganhar forma.
Na oniomania — a compulsão por compras — algo profundo se revela.
Para Freud, buscamos no objeto uma promessa de completude que nunca se cumpre.
Para Winnicott, tentamos usar coisas para restaurar uma sensação de inteireza que não foi construída no início da vida.
Por isso o alívio dura tão pouco.
O problema não é a compra em si, mas o lugar psíquico que ela ocupa.
A pergunta mais importante não é “por que você compra tanto?”, mas:
“O que você está tentando comprar de verdade?”
Quando a falta pode ser simbolizada — e não anestesiada — o ciclo compulsivo começa a perder força.
E o sujeito descobre que não precisa de novos objetos para existir:
ele pode simplesmente existir, e a partir daí, escolher.
20/11/2025
No Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a frase de Djamila Ribeiro ecoa como um chamado à reflexão e à ação: “Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa sociedade que insiste em negá-la.” Esse dia, além de homenagear Zumbi dos Palmares e sua resistência contra a escravidão, nos convoca a reconhecer as lutas cotidianas das populações negras no Brasil, que ainda enfrentam o racismo estrutural, a desigualdade e a exclusão.
A frase de Djamila revela a persistência de um sistema que desumaniza e invisibiliza milhões de pessoas, negando-lhes direitos básicos e relegando-as à margem da sociedade. O reconhecimento como sujeito é mais do que um direito individual; é uma demanda coletiva por justiça histórica, reparação e igualdade. Trata-se de compreender que as conquistas de hoje são fruto de lutas ancestrais, muitas vezes silenciadas, mas jamais apagadas.
Celebrar a Consciência Negra é também questionar os privilégios e os silêncios que sustentam a opressão. É assumir o compromisso de construir uma sociedade onde todas as pessoas, independentemente de sua cor, possam exercer plenamente sua cidadania. Como Djamila pontua, impor a existência não é apenas resistir, mas transformar as estruturas sociais e culturais que perpetuam a exclusão.
Neste dia, é fundamental ouvir as vozes negras e valorizar suas histórias, suas culturas e suas contribuições. É um momento para reconhecer que a luta pela igualdade racial é de todos e para todos. Afinal, a superação do racismo beneficia a sociedade como um todo, promovendo justiça e humanidade.
A Consciência Negra vai além de uma data; é um chamado diário à ação e à mudança. Como nos ensina a frase de Djamila, a luta por existir como sujeito é, antes de tudo, um grito por dignidade. E esse grito não deve ser ignorado, mas amplificado por todos que desejam um futuro mais justo e igualitário.
16/11/2025
A formação do psicanalista se distingue de qualquer modelo profissional tradicional. Freud a chamou de uma “profissão impossível”, não por inviabilidade, mas por lidar com o indomável do inconsciente e com os efeitos inevitáveis da presença do analista. Essa impossibilidade funda uma ética: não existe saber total sobre o sofrimento humano, e cada sujeito exige uma escuta singular.
Por isso, formar-se analista não é acumular técnicas, mas atravessar uma transformação subjetiva que torna o próprio eu instrumento de trabalho. Esse percurso se estrutura no tripé clássico: análise pessoal, estudo teórico e supervisão clínica.
A análise pessoal é o eixo central. Mais que terapia, é o espaço onde o futuro analista confronta suas resistências e aprende a lidar com o que nele próprio escapa ao controle. A travessia termina não por tempo fixo, mas quando algo essencial se desloca.
O estudo teórico exige imersão em Freud e nos desdobramentos da psicanálise — Lacan, Klein, Winnicott, Bion, Green, entre outros — além de diálogo com a filosofia, a literatura e as ciências humanas. A teoria funciona como bússola, não como manual de respostas.
A supervisão clínica permite ao analista em formação elaborar seus casos com alguém mais experiente, afinando intervenções, identificando pontos cegos e sustentando a ética do ofício sem transformar a solidão clínica em isolamento.
No Brasil, a ausência de regulamentação gera debates sobre autorização. A frase lacaniana — “o analista só se autoriza de si mesmo e por alguns outros” — indica que a legitimidade nasce do percurso vivido, não de um diploma.
Hoje, a formação enfrenta desafios como a mercantilização e as “formações rápidas”. A psicanálise, com seu tempo próprio, resiste à lógica da aceleração e afirma a importância da paciência com o não saber.
A formação do analista nunca se encerra: é um exercício contínuo de escuta, rigor e abertura ao novo que cada paciente produz em seu dizer.
Para saber mais leia os textos sobre este assunto que estão no meu blog.
30/10/2025
E se a cura estivesse em escutar o que dói — e não em silenciá-lo?
Na psicanálise, a cura não vem de fora.
Ela começa quando a palavra encontra acolhimento.
Curar-se é poder viver com o que falta —
sem deixar de desejar, amar e criar.
Curar-se não é deixar de sofrer — é transformar a dor em palavra, e a palavra em vida.
28/10/2025
Na psicanálise, a palavra cura.
Falar é mais do que desabafar — é dar forma ao que antes era dor sem nome.
Quando o analista escuta, o sofrimento ganha sentido e o que se repetia começa a se transformar.
A psicanálise não apaga a dor, mas a torna dizível e transformadora.
Porque, às vezes, curar é poder dizer.
06/10/2025
Banksy é um renomado artista de rua britânico, cuja identidade permanece em mistério. Suas obras, feitas em stencil e espalhadas por muros e espaços públicos, abordam de forma crítica temas como poder, justiça, guerra, consumismo e desigualdade social. Com uma linguagem visual direta e muitas vezes irônica, suas artes instigam o público a questionar a realidade e os sistemas que nos cercam.
Esse anonimato não é um mero capricho, mas uma declaração de princípios. Num mundo obcecado pela fama e pela persona do criador, Banksy apaga a si mesmo para que a mensagem seja o centro. Sua arte é um antídoto contra a passividade, um lembrete de que as paredes podem falar – e o que dizem é incômodo. A ironia fina com que retrata a opressão, a ganância e a hipocrisia social age como um espelho. Não um espelho que reflete a imagem que queremos ver, mas a que precisamos encarar.
A genialidade de seu trabalho está na capacidade de transformar o efêmero da rua em algo permanente no debate público. Uma imagem simples, um stencil, pode desmontar uma complexa teia de absurdos que normalizamos. Ele nos mostra que a verdadeira subversão não está apenas em quebrar regras, mas em forçar um novo olhar sobre o que é considerado normal. Sua arte não oferece respostas fáceis, mas planta uma semente de inquietação. E é nesse espaço de questionamento, entre o muro riscado e a mente do espectador, que a sua obra verdadeiramente se completa e se torna poderosa. Afinal, a arte mais perigosa não é a que é destruída, mas a que nos força a pensar depois de termos virado a esquina.
30/09/2025
O Setembro Amarelo se encerra no calendário, mas o compromisso com a saúde mental precisa atravessar todos os meses do ano. A psicanálise nos mostra que prevenir o suicídio não é oferecer soluções rápidas, mas sustentar abordagens clínicas e humanas que deem espaço para a dor se transformar em palavra. A primeira delas é a escuta do singular, que reconhece cada sujeito em sua história única, sem reduzi-lo a rótulos ou diagnósticos. Outra é o acolhimento do silêncio, pois muitas vezes o sofrimento não encontra palavras imediatas, e estar junto, sustentando essa ausência, já é um gesto de cuidado. Há ainda a construção do vínculo, que permite ao sujeito sentir-se menos só e, pouco a pouco, reencontrar caminhos para desejar. Essas abordagens não anulam a dor, mas tornam-na menos esmagadora, abrindo espaço para que a vida reencontre sentido. A psicanálise lembra que prevenir é criar condições para viver. De setembro a setembro, o cuidado se renova em cada encontro humano que acolhe, escuta e reconhece o valor de existir.
27/09/2025
A psicanálise nos ensina que cada sofrimento é singular. Não existe uma fórmula universal para lidar com a depressão, a ansiedade ou a ideia de morte. O que existe é a possibilidade de, na análise, a pessoa encontrar uma via para dar sentido àquilo que parecia sem saída. Muitas vezes, é nesse espaço de escuta que o desejo de morte pode ser transformado em um pedido de vida — um grito de ajuda que, enfim, encontra quem o ouça.
Setembro Amarelo, portanto, não é apenas um mês de conscientização. É um chamado para todos nós: como escutamos o outro? Como acolhemos a dor que nos chega? Quantas vezes viramos o rosto para não lidar com aquilo que nos desconcerta? A prevenção do suicídio não é apenas tarefa dos profissionais de saúde, mas um compromisso coletivo de tornar o mundo menos hostil e mais habitável.
Se há uma mensagem que este mês nos deixa, é a de que falar salva vidas. Mas também é preciso dizer: escutar salva vidas. Criar laços, sustentar a palavra, permitir que o sofrimento encontre lugar são gestos que podem fazer toda a diferença. Afinal, como disse Winnicott, não existe “bebê sozinho” — não existimos sem o outro. E talvez seja exatamente aí que a esperança renasce: quando descobrimos que, mesmo no meio da escuridão, não precisamos atravessar sozinhos.
19/09/2025
A psicanálise contemporânea como aliada na promoção da saúde mental no ambiente de trabalho.
Integrando-se de maneira abrangente nas estratégias organizacionais, a psicanálise contemporânea se estabelece como uma parceira imprescindível na busca por um equilíbrio saudável entre produtividade e bem-estar, evidenciando seu papel crucial na adaptação às demandas de um ambiente de trabalho em constante evolução.
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“Ponham algo de si na psicanálise, não se identifiquem comigo. Tenham seu estilo próprio, pois eu tenho o meu”.
(Jacques Lacan)
“A psicanálise não é simplesmente uma teoria é um método de pesquisa do psiquismo, humano, mas é sobretudo uma abordagem clínica e técnica que ainda hoje permite a inúmeros pacientes resolver conflitos inconscientes que não conseguiriam resolver por outros meios.”
(Jean-Michel Quinodoz, 2007)
Um processo psicanalítico também é repensar a vida para poder reinventá-la através da resolução de conflitos inconscientes. A psicanálise permite escutar e acessar um saber não sabido, mas que rege a vida. É importante escutar isso para poder melhor viver.
Acompanhamento psicanalítico de adultos e adolescentes.
• Atendimento Online;
• Atendimentos no consultório.
Membro Emérito da Sociedade Pernambucana de Estudos Psicanalíticos – SPEP; Membro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi – GBPSF; Psychoanalyst Member of International Sándor Ferenczi Network – ISFN; Licenciado em Filosofia – FSF/CBEA; Bacharel em Teologia – FATIN; Especialista em Psicanálise e Teoria Analítica – FATIN; Certificação Profissional em Neurociência - PUCRS; Pós-graduando em Filosofia e Autoconhecimento – PUCRS; Pós-graduando em Ciências Humanas: Sociologia, História e Filosofia – PUCRS; Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas de Arcoverde - GEPPAR; Colunista do Blog Informativo Diverso e Jornal de Arcoverde, também escreve artigos para o Jornal do Sertão.
Uma psicanálise bem orientada pode ajudar a tornar a sua vida mais simples.