29/05/2025
Distúrbios de apetite e perimenopausa
Na perimenopausa, que é o período que antecede a parada definitiva da menstruação, temos flutuações e queda progressiva dos hormônios produzidos pelos ovários, principalmente estradiol (estrogênio) e progesterona.
Esses hormônios têm papéis reguladores diretos no cérebro, especialmente nas áreas que controlam:
• Fome e saciedade
• Comportamento alimentar
• Resposta ao estresse
• Recompensa alimentar (prazer ao comer)
O estradiol inibe o apetite causando maior sensibilidade à leptina (hormônio da saciedade), diminuindo a ação da grelina (hormônio da fome) e modulando a dopamina e serotonina(reduzindo a compulsão alimentar)
Na menopausa, com a queda do estrogênio, esse “freio” enfraquece. Resultado: aumento da fome, principalmente por alimentos ricos em açúcar e gordura.
Já a progesterona é o acelerador do desejo alimentar e aumenta o apetite. Na perimenopausa seus níveis também flutuam, e em fases de dominância relativa sobre o estrogênio, o desejo por alimentos calóricos tende a crescer.
Além disso, com o avanço da idade e o aumento da gordura dentro do abdome típica da pós-menopausa, muitas mulheres desenvolvem resistência à leptina — o que dificulta a sensação de saciedade, e há um aumento da grelina (hormônio da fome) em resposta ao estresse e à baixa de estrogênio.
A queda hormonal também afeta o sistema dopaminérgico, reduzindo a resposta ao prazer. Isso faz com que alimentos palatáveis (doces, carboidratos refinados) sejam usados como “auto-regulação emocional” — uma espécie de compensação do cérebro.
Se alimentar bem é mais que estética, é equilíbrio hormonal, emocional e qualidade de vida.
E eu estou aqui para te orientar nesse processo. Vamos juntas?