Alexandra Mello - Psicologia e Psicopedagogia

Alexandra Mello - Psicologia e Psicopedagogia • Psicoterapia - criança e adolescente
• Psicopedagogia
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Na última sexta-feira, 23 de junho, nosso gatinho Dimas desapareceu e, até agora, não voltou pra casa. Estamos aqui numa...
26/06/2023

Na última sexta-feira, 23 de junho, nosso gatinho Dimas desapareceu e, até agora, não voltou pra casa. Estamos aqui numa tristeza só! Pouco antes das 20h desse dia, uma moça e um rapaz tocaram nossa campainha, pedindo água para colocarem no radiador do carro que ferveu aqui na porta de casa. Não conseguiram resolver e o carro precisou ser guinchado. O Dimas tinha o hábito de entrar em qualquer carro que estivesse aberto e estamos achando que ele foi junto com o guincho, sem que ninguém visse. Nossa esperança é que alguém o encontre. Ele é tigrado cinza com a pelugem branca no pescoço. Muito dócil e nada arisco. Sabemos que há muitos gatinhos soltos pela cidade parecidos com ele, mas o pescocinho branco pode ser um diferencial. Já fizemos tudo que podíamos para encontrá-lo. Impulsionar esta postagem é mais uma tentativa. Quem sabe alguém o encontre....

A pandemia e as escolas...
05/04/2020

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Pressão para ensino a distância

Que lugar de fala a criança tem tido na escola, na família ou no consultório?(Alexandra Mello)Lugar de fala, ao que pare...
26/02/2020

Que lugar de fala a criança tem tido na escola, na família ou no consultório?
(Alexandra Mello)

Lugar de fala, ao que parece, é o termo que define a legitimidade de um discurso. Só tem legitimidade o discurso de quem fala, do lugar a respeito do qual está falando.

Garante o protagonismo daquele que tem a vivência da discriminação e opressão. O opressor só tem voz, na ausência do oprimido, para defendê-lo.

Caso contrário, sua fala é uma apropriação da fala de quem tem a propriedade para. De tão calado que foi por tantos anos, o oprimido quer ter a garantia de que é dele o lugar da fala.

Fico pensando se, ao lutar tanto por essa apropriação, as minorias sociais não acabam subtraindo da luta pelos seus direitos, aqueles que fazem parte de grupos privilegiados, mas que mesmo sem a vivência da opressão poderiam contribuir.

Já ouvi, por exemplo, homens dizendo, “sei que é árdua a batalha pela afirmação do papel da mulher na nossa sociedade. Reconheço e apoio. Mas não é meu o “lugar da fala””.

O que isso significa exatamente? Que não cabe a ele discurso algum em defesa da mulher? Será que ao tirar dele o lugar da fala, não o colocamos no lugar da indiferença? Se está do lado do opressor, será que não é hora de trazê-lo para o nosso? De chamá-lo para o debate?

Não há debate quando um lado tem a fala e ao outro, resta apenas a escuta. Não me sinto nada acolhida quando escuto “reconheço e apoio, mas não é meu o lugar da fala”. Seria muito melhor escutar algo como, “reconheço, apoio e conte comigo”.

Isso tudo me leva a pensar também nas crianças. Será que elas também não estão oprimidas, num modelo de vida em poder do outro (adulto)?

Só que sem lugar algum de fala. Porque quando tentam, logo trabalhamos para enquadrá-las. Não sendo escutadas, acabam gritando por meio de comportamentos considerados inadequados, que muitas vezes acabam sendo abafados por ritalinas e concertas. Ignoramos o fato de que outras tantas inadequações vindas do mundo que tentamos impor podem ter sido a origem do “problema” que acaba sendo atribuído a elas.

Por que há tão pouca escuta ao que têm a dizer? Por que temas ligados às suas necessidades são tão pouco compartilhados em redes sociais? Ainda não está claro que elas é que poderão mudar o mundo lá na frente? Mas como farão isso se continuarem sendo submetidas a um modelo que não contribui para a formação de seres autônomos, moral e intelectualmente?Que lugar de fala ela tem tido na escola? Na família? Ou, às vezes, no consultório do psiquiatra?

Espera-se delas obediência e disciplina em primeiro lugar. E como prêmio para o bom comportamento, o direito a brincar. Ou o contrário: tira-se o brincar como punição. Quando é que vamos entender que é o inverso disso?

Quanto mais direito a brincar ela tiver, mais “comportada” será. Por uma razão simples: não terá que lutar tanto por um direito que é tão básico como comer. E também porque é no espaço do brincar (livremente), que se expressa e elabora conflitos. É no brincar que está o seu lugar de fala.

Apesar da discussão toda em torno de a quem pertence esse lugar, as lutas contra todas as opressões têm ocupado um enorme espaço nas redes sociais e, no entanto, a defesa pelos direitos da criança permanece restrita aos profissionais da área.

Esse é um barulho que todos deveríamos fazer. Não vejo a possibilidade de uma sociedade verdadeiramente democrática, se não dermos o devido valor à infância e aos professores da Educação Básica. Eles são muito mais determinantes para a formação de cidadãos conscientes do seu papel do que imaginamos.

Essa luta precisa ganhar espaço e cabe a cada um de nós olhar pra isso com um pouco mais de seriedade. A Finlândia fez isso.

Lá as crianças são preparadas para a vida e não para as provas, que são muito raramente aplicadas. Também são raros os deveres de casa.

Optaram por estimular que pais e filhos visitem museus, por exemplo, ao invés de usarem o tempo com as tarefas. Crianças podem escolher se ficam sentadas em mesas ou num tapetinho no chão. Descalças ou com sapato. O conforto é mais importante que a disciplina. E isso, ao contrário do que se pensa aqui, não cria crianças “sem limites”. Mas crianças felizes e motivadas.Não se escolhe uma escola para o filho. A melhor é a do bairro, já que todas oferecem esta mesma qualidade. E a profissão de professor é extremamente valorizada e desejada.

É claro que no Brasil, o desafio é enorme. Mas já existem várias escolas que tiveram a coragem de passar por essa transformação.

Talvez, espalhar essas ideias pelas redes seja uma boa maneira de contribuir. Quem sabe um dia, crianças pequenas voltem a ser cultivadas em jardins de infância, onde brincar seja o seu trabalho mais sério.

Não há manual para educar filhosPor Alexandra MelloNunca gostei da literatura que dá receitas de como educar o seu bebê....
11/02/2020

Não há manual para educar filhos
Por Alexandra Mello

Nunca gostei da literatura que dá receitas de como educar o seu bebê. Faça assim e assado para que seu filho: durma a noite inteira; largue chupeta e mamadeira; não chore de madrugada; mame no peito nas horas certas; coma tudo; etc, etc, etc. Muitas vezes, as fórmulas “mágicas” são extremamente burocráticas e trabalhosas. Você desiste antes mesmo de tentar. Além disso, elas desconsideram as peculiaridades de cada família e podem se tornar dolorosas e traumáticas. Não dá pra exigir, por exemplo, soluções que exijam disciplina e organização, de pais com natureza mais boêmia. Sugerir que o casal mude de vida? É uma possibilidade. Mas essa mudança levaria tempo e talvez não desse para aplicar os resultados na educação do bebê, que cresce tão rapidamente. O que é ideal pra uma família pode não ser para outra. Há bebês que não querem chupeta. Outros aceitam prontamente e precisam dela pra dormir. Tão pouco recomendada por alguns, podem se tornar verdadeiras aliadas de pais mais velhos e mais cansados. Não há regras rígidas. Não deveria haver receitas. É claro, que o bom senso é sempre bem vindo. Subir e descer o elevador milhões de vezes para o bebê dormir, é extrapolar. Quantas mães são orientadas, burocraticamente, a dar tantas mamadas por dia, de tanto em tanto tempo, sentadas na postura tal, durante tantos meses, olhando e sorrindo carinhosamente para o bebê. "O leite materno é insubstituível e deve ser dado até os seis meses, impreterivelmente". Quantas noites a mãe está sem dormir, se está exausta, se os bicos do seio estão rachados, nada disso importa. Nestes casos, será que não seria preferível uma boa troca entre ela e o bebê, com mamadeira e não seios? Será que não seria mais benéfico do que o leite materno a qualquer custo? Há mães que conseguem, resignadamente, passar por tudo isso e garantir as mamadas até os seis meses. Mas há outras que não conseguem e precisam (e podem) encontrar um outro caminho. Muitas vezes, a orientação de um profissional é necessária. Mas ela só deveria ser dada depois de muito escutar a família. Não se pode pedir aos pais, mudanças que dificilmente conseguiriam cumprir. Isso só traria culpa e mais ansiedade, podendo até acentuar as queixas que os levaram a buscar ajuda. Um casal deve ser estimulado a acreditar que os recursos pra educar um filho estão dentro dele e não nos milhares de manuais que há por aí. Certamente, irão errar em muitas situações. Mas um tanto de condições adversas também pode contribuir para um desenvolvimento saudável.

A tabuadaEm uma das sessões de avaliação, uma criança de segundo ano chega ao consultório e pede para fazermos tabuada p...
05/12/2018

A tabuada

Em uma das sessões de avaliação, uma criança de segundo ano chega ao consultório e pede para fazermos tabuada porque está "com muita vontade de fazer tabuada". Eu digo que sim e pergunto:

- O que é tabuada?
- É assim, você faz um risco assim (vertical), e vai fazendo riscos assim (horizontais), coloca uns números aqui, aqui você coloca outros números e vai fazendo umas continhas de vezes. Posso fazer na lousa pra você?
- Pode. Mas me diz uma coisa, você sabe o que é "vezes"?
- Sei, é um xizinho.
- Então olha só. Você está vendo esta caixinha (mostrei a ela uma caixa com 4 divisões)? Eu vou colocar 3 fichas em cada uma dessas divisões. Você sabe me dizer quantas fichas vão ficar aí dentro da caixa?
- Sei.
Pensou um pouco e disse:
- Sete.

Esse diálogo ilustra bem a forma como as crianças estão aprendendo matemática nas escolas. Eu pergunto: pra que saber que 4x3=12 (tabuada), se não entendem que 4x3 significa quatro vezes o número 3 ou; quatro vezes a quantidade 3 ou; que o número 3 aparece quatro vezes ou; que é diferente falar 4x3 e 3x4, embora tenham resultados iguais. Pra que saber que 4x3=12, se não conseguem ainda saber quando é que precisam de uma conta de multiplicação para resolver um problema? Se essa criança joga varetas, por exemplo, e tem que, ao final de cada partida, contar seus pontos, pode aprender adição e multiplicação de forma muito mais significativa e natural. Ou melhor, pode pensar nessas operações antes mesmo de saber que se chamam adição e multiplicação. Se ela consegue pegar 5 varetas verdes e cada uma vale 2, precisa pensar em quantas vezes elas aparecem para saber a quantos pontos correspondem. Pode perceber com mais facilidade que pensar em 5x2 (cinco vezes o ponto 2) faz mais sentido do que em 2x5. Isso sim significa operar sobre quantidades e pensar numericamente.

https://www.viomundo.com.br/blog-da-saude/alexandra-mello-sera-que-so-as-criancas-estao-precisando-de-limites.htmlSerá q...
02/09/2018

https://www.viomundo.com.br/blog-da-saude/alexandra-mello-sera-que-so-as-criancas-estao-precisando-de-limites.html

Será que só as crianças estão precisando de limites?

Quando uma criança está desobediente, indisciplinada e não respeita as regras de convivência, é comum escutarmos frases como, “esse menino tá precisando é de limite!”.

É geralmente um julgamento aos pais, que deveriam ter imposto um limite e não o fizeram.

Mas qual é o significado dessa palavra?

Limite significa linha de demarcação, real ou imaginária, que delimita e separa um território de outro.

Limite é fronteira. E fronteiras existem para serem respeitadas, mas também ultrapassadas.

Na educação, portanto, há duas outras maneiras para aplicarmos esse conceito e sobre as quais pouco paramos para pensar.

Uma delas, como fronteira, que ao contrário do primeiro caso, convém que seja transposta pela criança.

A outra, como fronteira também, mas que o outro — pais ou professores — é que não deve ultrapassar. Diz respeito à privacidade e à intimidade da criança (1). Uma educação que se pauta pela imposição das regras e das leis pela figura da autoridade e que, da criança, espera apenas o comportamento obediente para cumpri-las, está desprezando estas outras dimensões do limite.

Um exemplo concreto de cerceamento desta superação é quando um professor considera errada uma resposta final de um problema matemático, na qual o aluno chegou mentalmente, sem precisar armar a conta no papel, como foi aprendido na sala de aula.

Ora, se a criança tem condições de fazer cálculo mental, sem a necessidade da técnica transmitida pelo adulto (o algoritmo), ela deve ser valorizada por isso e não punida. Ela ultrapassou um limite, no sentido da superação e não da transgressão. O que não quer dizer que não precise aprender as técnicas definidas socialmente.

E quando o professor estimula a excelência das crianças no que se refere ao desempenho acadêmico, estimulando-as a tirar boas notas? Não está valorizando a superação de fronteiras?

Se consegue fazer isso, não apenas transmitindo o conhecimento pronto, mas respeitando as estratégias e os caminhos que a criança constrói, sim. Está estimulando uma superação intelectual, cognitiva.

Mas é também no campo da moralidade que essa transposição precisa se dar. Talvez até mais do que em qualquer outro. Quando a criança apenas obedece regras e a ela não é permitido que as questione, está impedida de ultrapassar fronteiras. De explorar terrenos desconhecidos.

Se, ao contrário, questiona uma regra imposta, mesmo tendo que ter claro que precisa respeitá-la (se e enquanto ela existe), ela está em movimento e não numa atitude passiva e inercial, que lhe deixa naquele terreno conhecido e “seguro”, controlado pelo outro.

Como superar limites sem sair do lugar, sem arriscar, sem questionar?

Esse exercício, que também é intelectual, certamente vai contribuir para a tal excelência acadêmica que tanto se valoriza. Porque qualquer pessoa (e não é diferente com as crianças) que se sente respeitada na sua liberdade de escolha ou, ao menos, de opinião, estará mais motivada para qualquer aprendizagem ou trabalho.

Pais e professores também precisam de limites (aqueles primeiros, os restritivos) para respeitar a privacidade de seus filhos e alunos. Ultrapassar essa fronteira significa invadir um terreno que não lhes pertence, mesmo que seja com as melhores intenções e “por amor”.

Invadir a intimidade do filho para conhecê-la e assim protegê-lo do mal não é necessariamente uma maneira de amar ou de demonstrar amor. Confiar nele e na educação que tem dado e com isso, conquistar sua confiança, pode ser prova maior.

Na escola, essa ultrapassagem indevida acontece, por exemplo, quando uma criança pequena é obrigada a se apresentar num palco, porque todos os coleguinhas farão isso.

Dependendo das razões que ela pode ter para não ir (que seja “apenas” timidez), isso pode ser muito amedrontador. É um direito seu escolher se expor publicamente ou não. É o seu corpo, a sua voz que ela será forçada a mostrar, sem que lhe tenha sido perguntado se quer ou não. Se consegue ou não. Muitas vezes, aquele comportamento desobediente e indisciplinado do “menino que tá precisando de limite” é apenas um pedido para que os adultos se lembrem das outras fronteiras.

(1) Limites: Três Dimensões Educacionais, Yves de La Taille, Editora Ática

Endereço

Avenida Flamengo, 665/Jd. Panorama
Vinhedo, SP
13.280-420

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CRIANÇA

Criança não é nem de esquerda nem de direita Criança é meio. Criança sente raiva Ama Criança chora Criança pede Criança grita Criança perdoa Criança é inteira Criança não tem medo do precipício, Mas tem do bicho papão. Criança voa. Adulto tenta. Criança fotografa com a alma. E não publica. Vive. Criança não pede ao amigo que seja outro Nem é outro por ele. Criança, se não gosta, não finge Criança já é CriançA. Não precisa escrever criançx. Criança prefere a rua. Ao resort. O alpendre geladinho ao deck suspenso. Criança se perde. Adulto se acha. Criança não precisa cruzar o mundo. Basta uma outra. E um quintal. Criança é amoral. Mas ética. Criança não conhece, mas sabe. Criança ensina. E a gente não aprende. Criança é. A gente, tem.