Bárbara Laureano - Psicoterapia & Orientação de Pais e Cuidadores

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O hiperfoco em pessoas no autismo acontece quando alguém que está no espectro direciona uma quantidade muito intensa de ...
25/09/2025

O hiperfoco em pessoas no autismo acontece quando alguém que está no espectro direciona uma quantidade muito intensa de atenção, tempo e energia para outra pessoa, tornando esse vínculo o centro das suas emoções e pensamentos.

Diferente do hiperfoco em áreas de interesse, que são mais conhecido no TEA, esse tipo se volta para vínculos afetivos. A pessoa pode passar muito tempo pensando, falando ou tentando estar perto de alguém, seja um amigo, parceiro, familiar ou até mesmo uma figura de referência.

Quando o vínculo é correspondido, esse foco costuma trazer sensação de segurança, prazer e proximidade, já que o investimento emocional encontra espaço de acolhimento. Mas quando não há reciprocidade, o cenário muda bastante.

O esforço e a expectativa colocados nessa relação podem se transformar em frustração, tristeza e ansiedade. Muitas vezes surgem pensamentos repetitivos sobre o que aconteceu, dificuldade de se desligar da situação e sensação de rejeição mais intensa do que a esperada em um contexto típico. Em alguns casos, esse sofrimento pode vir acompanhado de comportamentos agressivos, especialmente quando a percepção é de abandono ou afastamento.

Esse tipo de hiperfoco pode trazer ganhos, como relações marcadas por lealdade, autenticidade e dedicação, mas também pode gerar dificuldades e dependência emocional.

A pessoa pode acabar deixando de lado estudos, trabalho ou autocuidado por estar muito envolvida com o vínculo, além de enfrentar maior vulnerabilidade quando sente que não é correspondida.

É uma experiência relatada com frequência por autistas e observada em contextos clínicos, mas que ainda recebe pouca atenção nos estudos científicos.

É com muita alegria que informo que nosso livro já tem data de pré-lançamento: 05 de outubro, durante o .congresso, e la...
19/09/2025

É com muita alegria que informo que nosso livro já tem data de pré-lançamento: 05 de outubro, durante o .congresso, e lançamento oficial no dia 27 de novembro, em São Paulo.

Nesse livro, coordenado pela , escrevi um capítulo intitulado “Barreiras no diagnóstico precoce de mulheres autistas”, no qual discuto os obstáculos mais comuns nesse processo e apresento possíveis caminhos para a identificação precoce.

Fico muito feliz em compartilhar esse momento com vocês e espero que essa obra contribua de forma significativa para a comunidade autista e para todos que buscam compreender melhor o espectro e suas singularidades. 🌻

O Bruno (também conhecido como “senhor meu marido”) é neuropsicólogo, especialista e supervisor em Terapia Cognitivo-Com...
17/09/2025

O Bruno (também conhecido como “senhor meu marido”) é neuropsicólogo, especialista e supervisor em Terapia Cognitivo-Comportamental, além de ser o responsável pelas avaliações neuropsicológicas dos meus pacientes.

Minha primeira especialização foi em Análise do Comportamento, abordagem que utilizei de forma exclusiva nos primeiros anos de atendimento. No entanto, ao começar a trabalhar com adolescentes e adultos neurodivergentes, especialmente em casos com comorbidades como TDAH e transtornos ansiosos, percebi que a literatura científica aponta para melhores evidências quando se utiliza a Terapia Cognitivo-Comportamental. Por esse motivo, busquei minha segunda formação nessa abordagem.

Hoje, além da base sólida da Análise do Comportamento, também aplico recursos da TCC, o que amplia minhas possibilidades de intervenção clínica. E, felizmente, posso contar com meu supervisor particular sempre que preciso discutir casos clínicos.

Ontem registrei esse momento em que ele lia o resumo de um caso para avaliar se seria indicada uma avaliação neuropsicológica. Ele quase não aparece por aqui, mas eu queria deixar registrado o quanto o admiro e o orgulho enorme que sinto do profissional e do ser humano incrível que ele é.

É um privilégio compartilhar a vida com você.

Mais um livro não técnico finalizado - indicação de uma paciente querida.Eu estava ansiosa para concluir o mestrado e vo...
30/08/2025

Mais um livro não técnico finalizado - indicação de uma paciente querida.

Eu estava ansiosa para concluir o mestrado e voltar a ler por prazer. Durante a escrita da dissertação até arriscava começar outros livros, mas sempre vinha aquele peso na consciência de não estar escrevendo. Agora posso retomar essas leituras sem culpa.

E vocês, têm alguma indicação de leitura para me sugerir?

Existe um limite muito tênue quando trabalhamos habilidades sociais. É preciso respeitar os limites dos nossos pacientes...
29/08/2025

Existe um limite muito tênue quando trabalhamos habilidades sociais. É preciso respeitar os limites dos nossos pacientes, mas, ao mesmo tempo, ajudá-los a perceber que em alguns momentos será necessário escolher se expor, mesmo diante de situações desconfortáveis.

Ontem foi Dia do Psicólogo e, na votação para atividade de integração, o paintball foi o escolhido pela maioria desses xóvens aí da foto. 🥴

Quem me conhece sabe que minha opção natural seria não ir. Alguém consegue me imaginar nesse tipo de situação?😑

No ano passado optei por não participar da comemoração. Tinha o álibi de estar atendendo, mas este ano não consegui me esquivar com a mesma justificativa.

Embora prefira o conforto da minha casa, também reconheço a importância desses momentos com a equipe, pois são eles que me permitem sair da postura de supervisora e mostrar a Bárbara mais acessível, que alguns ainda não conhecem.

Então, ontem decidi me expor a uma situação desconfortável para mim.

Aos que estavam no carro comigo, prometo reclamar menos na próxima vez. 😁

E, claro, se tivesse ficado em casa teria sido ótimo, mas também teria perdido a chance de viver uma experiência que, embora caótica, foi extremamente divertida. Não participei diretamente da brincadeira - e inclusive agradeço a quem me chamou de “prisioneira”, porque me senti incluída - mas estive presente e aproveitei da melhor forma possível aquele espaço de integração.

E é aqui que está o ponto: se expor não significa ultrapassar seus próprios limites ou fingir ser quem não é. Não é sobre camuflar, mas sobre avaliar riscos e benefícios de cada escolha. Quando a exposição é feita de forma consciente, ela pode ampliar horizontes e gerar experiências riquíssimas.

O cuidado ao planejar essas exposições está em garantir que a pessoa continue sendo autêntica nesse processo. Até porque ser mais habilidoso socialmente não deve custar a própria identidade. 🌻

E fala sério! Esse pontinho sem cor aí no meio ficou o puro suco da máfia italiana. 😁

Passei a semana inteira pensando no que escrever para o Dia do Psicólogo. Procurei fotos na galeria, revisitei o ensaio ...
27/08/2025

Passei a semana inteira pensando no que escrever para o Dia do Psicólogo. Procurei fotos na galeria, revisitei o ensaio profissional, mas nada parecia se encaixar com aquilo que eu ainda nem tinha conseguido elaborar.

Foi então que, ao rolar o feed, me deparei com esse quadro que uma paciente me presenteou. Na hora, lembrei do comentário de uma criança depois de uma sessão: “Ela te desenhou mais bonita, né?”

E acho que ser psicólogo tem muito a ver com isso: com a forma como somos vistos pelos nossos pacientes.

Cada um enxerga a gente de um jeito. Alguns nos olham como se fôssemos pessoas que sabem lidar com todas as barreiras e desafios que a vida apresenta. Outros nos percebem como semelhantes, que também carregam lutas, dúvidas e dias difíceis. Há ainda aqueles que nos colocam no lugar de alguém que sabe de tudo, quase como se nunca errássemos. Mas, na realidade, ser psicólogo não significa estar imune às próprias vulnerabilidades. Pelo contrário: exige reconhecer que também somos humanos, com limites, dores e aprendizados.

Talvez seja justamente essa consciência que nos permite encontrar o outro de forma genuína…

São muitas histórias que atravessam a nossa vida todos os dias, e, de alguma forma, cada uma delas nos transforma. Não me esqueço de nenhum rosto que já esteve à minha frente, compartilhando medos, dores e conquistas. A cada encontro, aprendo um pouco mais sobre resiliência, coragem e humanidade.

Por isso, nesse Dia do Psicólogo, quero agradecer a todos os meus pacientes: vocês não apenas confiam em mim, mas também me transformam diariamente. Obrigada por confiarem a mim suas histórias.

Na população geral, os homens morrem por su1c1d1o cerca de 2,3 vezes mais do que as mulheres. Porém, no autismo, esse pa...
27/08/2025

Na população geral, os homens morrem por su1c1d1o cerca de 2,3 vezes mais do que as mulheres. Porém, no autismo, esse padrão se inverte.

As mulheres autistas sem deficiência intelectual constituem o grupo mais vulnerável: elas têm até 13 vezes mais risco de morte por su1c1d1o em comparação às mulheres neurotípicas. Já os homens autistas, embora também apresentem risco maior que a população geral, exibem um aumento menor, variando entre quatro e nove vezes mais risco em comparação aos homens neurotípicos.

Uma meta-análise evidenciou que, nas amostras analisadas, quanto menor a proporção de homens (ou seja, quanto maior o número de mulheres), maior era a prevalência de planos su1c1das, o que sugere uma associação estatisticamente significativa entre gênero e risco de su1c1d1o.

A explicação para esse fenômeno está ligada a uma combinação de fatores. Em primeiro lugar, o diagnóstico em mulheres costuma ocorrer mais tarde ou ser negligenciado, reduzindo a possibilidade de acesso precoce a suporte e intervenções adequadas. Além disso, as mulheres autistas tendem a recorrer com maior frequência à camuflagem social, e essa estratégia, embora possa facilitar a adaptação em alguns contextos, gera exaustão, perda de identidade e sofrimento psicológico, fatores intimamente relacionados ao aumento da su1c1dabilidade.

Outro ponto importante é que mulheres autistas sem deficiência intelectual apresentam taxas mais elevadas de comorbidades, como depressão, ansiedade e transtornos alimentares, quando comparadas aos homens autistas. Esses quadros psiquiátricos, aliados ao isolamento social e a experiências de violência ou discriminação de gênero, criam um cenário de risco cumulativo.

Assim, enquanto na população geral as mulheres tendem a apresentar índices menores de morte por su1c1d1o do que os homens, no espectro autista ocorre justamente o oposto: a combinação de diagnóstico tardio, camuflagem, comorbidades e pressões sociais faz com que as mulheres autistas se tornem o grupo mais vulnerável entre todos.

 e .ilus, vocês juntos são maravilhosos, mas este livro superou todas as expectativas!Li em apenas um dia e posso dizer:...
16/08/2025

e .ilus, vocês juntos são maravilhosos, mas este livro superou todas as expectativas!

Li em apenas um dia e posso dizer: foi um verdadeiro presente para nós.

Que obra, meus caros… que obra!
Simplesmente amei, amei e amei! 🤍

Muitas vezes, o chamado “senso de justiça” no autismo é interpretado a partir da lógica neurotípica, como se fosse fruto...
01/08/2025

Muitas vezes, o chamado “senso de justiça” no autismo é interpretado a partir da lógica neurotípica, como se fosse fruto de um julgamento moral ou de um senso ético desenvolvido. No entanto, na prática clínica e nos relatos de pessoas autistas, o que se observa é que essa reação intensa a quebras de regras, promessas ou combinados está muito mais ligada a aspectos do funcionamento cognitivo, como rigidez, pensamento concreto e necessidade de previsibilidade.

Ou seja, o que parece ser uma defesa da justiça pode, na verdade, ser uma tentativa de manter a coerência interna frente a um mundo percebido como caótico ou incoerente. Uma mudança inesperada, um desvio de rota ou uma quebra de regra pode ser vivida com desconforto ou até angústia, não por uma reflexão ética profunda, mas porque aquilo rompeu com a lógica que organiza o mundo para aquela pessoa.

Por isso é tão importante compreender o funcionamento cognitivo da pessoa autista. Sem esse entendimento, corre-se o risco de interpretar suas reações de forma equivocada, idealizando como uma grande consciência moral ou, ao contrário, criticando como se fossem inflexíveis ou intolerantes. Em ambos os casos, perde-se a oportunidade de enxergar a experiência vivida por trás do comportamento.

Qual é a probabilidade de recorrência do autismo em famílias que já têm uma criança no espectro?Um artigo publicado em 2...
25/07/2025

Qual é a probabilidade de recorrência do autismo em famílias que já têm uma criança no espectro?

Um artigo publicado em 2024 pelo Baby Siblings Research Consortium acompanhou 1.605 bebês que tinham irmãos mais velhos autistas. Todos foram avaliados até os 3 anos com instrumentos padronizados, como o ADOS-2 e os critérios do DSM.

O resultado foi que 20,2% dessas crianças também receberam o diagnóstico de autismo, um risco consideravelmente maior do que o encontrado na população geral.

O s**o da criança influenciou esse risco: meninos apresentaram taxa de 25,3%, enquanto meninas tiveram 13,1%.

Famílias com mais de um filho autista (famílias “multiplex”) mostraram taxa de recorrência de 36,9%, e quando o irmão mais velho com diagnóstico era uma menina, o risco aumentou para 34,7%.

Esses dados reforçam a hipótese de um efeito protetor feminino, ou seja, meninas precisariam de uma carga maior de fatores de risco para manifestar o transtorno. Essa hipótese é sustentada por estudos genéticos que indicam que, embora o autismo seja mais comum em meninos, quando aparece em meninas tende a estar associado a uma combinação mais densa de fatores genéticos e ambientais. Isso também ajuda a entender por que muitas meninas autistas passam despercebidas: além de apresentarem manifestações diferentes, elas podem precisar de um “limiar maior” para que o diagnóstico seja considerado.

Fatores sociodemográficos também exerceram influência. Crianças de famílias com menor escolaridade materna ou pertencentes a grupos raciais minorizados apresentaram taxas mais altas de recorrência. Isso levanta questões importantes sobre desigualdades no acesso ao diagnóstico e à intervenção precoce. Não se trata apenas de risco biológico, mas de fatores estruturais: quanto menor o acesso a serviços de saúde, menos chances de uma criança ser diagnosticada ou receber acompanhamento adequado. Além disso, fatores como subdiagnóstico em populações racializadas, menor representatividade nos estudos e vieses implícitos podem influenciar diretamente na identificação e na resposta oferecida a essas famílias.

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