
10/09/2025
🎗️Setembro amanhece em amarelo. Não por acaso. O amarelo é a cor do sol, da luz que atravessa a escuridão, da esperança que insiste em nascer mesmo quando tudo parece desbotado. Mas também é a cor do alerta — do farol que pisca quando algo dentro de nós pede socorro em silêncio.
Falar sobre saúde mental é como abrir uma janela num quarto fechado há anos. O ar entra, mas junto dele vêm lembranças, dores, perguntas sem resposta. E é aí que começa o verdadeiro trabalho: o de escutar o que foi calado, de acolher o que foi esquecido, de dar nome ao que foi sentido.
Na psicanálise, aprendemos que o sofrimento não é sempre ruidoso. Muitas vezes, ele se disfarça de rotina, de sorriso automático, de “tá tudo bem” dito com os olhos baixos. O inconsciente guarda o que não coube na consciência — e é lá que mora a dor que não foi elaborada. Setembro Amarelo nos convida a olhar para esse lugar com coragem e compaixão.
A vida vale ouro porque ela é feita de encontros — com os outros e consigo mesmo. Porque mesmo nos dias em que tudo parece sem sentido, há uma possibilidade de reconstrução. Porque o simples ato de existir já é, por si só, um milagre cotidiano. E porque ninguém deveria atravessar a própria dor sozinho.
Não se trata de romantizar o sofrimento, mas de reconhecer que ele existe e que merece espaço, escuta, cuidado. A vida vale ouro porque ela pulsa, mesmo quando parece frágil. E cada pessoa carrega dentro de si uma história que merece ser contada, não encerrada.
Neste setembro, que o amarelo não seja apenas uma cor, mas um convite: para falar, para ouvir, para cuidar. Porque a vida — com todas as suas complexidades, contradições e recomeços — vale ouro. 💛💛💛
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