25/06/2025
A missão da mãe de menina não é apenas ensinar a ser mulher. É recordar, em cada gesto, que sua filha já nasceu completa.
Desde o ventre, essa alma carrega uma herança de vidas, de histórias não ditas, de forças e fragilidades que ecoam além desta existência. A mãe de menina é o primeiro espelho. É no olhar dela que a filha aprende quem é, e quem acredita que pode ser.
Sua missão não é moldar uma criança para caber no mundo, mas lembrar-lhe que o mundo é vasto, e que ela pode expandi-lo com sua presença. Não é ensinar a agradar, mas a se reconhecer, se honrar e a viver de acordo com sua verdade.
Cada palavra dita, cada silêncio, cada abraço, cada ferida não curada da mãe reverbera no coração da filha. A mãe de menina é o primeiro útero fora do útero, onde a psique feminina se forma. É ali que nasce a coragem de ser inteira.
Mostrar que a beleza está na autenticidade. Que força é sentir, e não negar. Que liberdade não é fuga, mas uma escolha consciente de quem conhece seu próprio valor.
Criar uma menina é tarefa sagrada. É formar uma guardiã do novo tempo. É preparar uma alma antiga, que volta a este plano em corpo pequeno, para curar o que outras gerações não puderam.
Mães que se curam, que se respeitam, que buscam entender seus próprios ciclos, mostram às filhas que a dor pode se transformar em sabedoria, que cicatrizes podem se tornar mapas de luz.
Diário Espírita