21/12/2020
Gordura no fígado é também chamada de "esteatose hepática", e sempre foi associada ao consumo exagerado de álcool, mas nos últimos tempos o exagero na ingesta de amidos, refinados, sucos e refrigerantes (que potencializam a esteatose hepática) bem como o consumo excessivo de frutose, o tal "açúcar invertido" do xarope de milho usado pela indústria para adoçar produtos, por ser mais doce e barato que a sacarose, culminou no aumento de casos de esteatose hepática não-alcoólica.
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Se antigamente o consumo de frutose era oriundo de fontes naturais, a partir de verduras, frutas e, eventualmente, do mel, com a industrialização, passou-se a consumir tb nos produtos que levam o xarope de milho com alto teor de frutose na composição - e cada vez mais e em maior quantidade, já que há uma oferta obscena desses produtos!
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Em excesso, a frutose pode trazer danos à saúde, desde obesidade, resistência a insulina, diabetes tipo 2 e há tb a hipótese da esteatose hepática.
Apesar de ser assintomática no início, em grau avançado, pode prejudicar o fígado, aumentando as chances de cirrose e insuficiência do órgão. Pessoas que consomem as bebidas ricas em frutose, produtos industrializados, com uma dieta rica em carbos, mantendo um pico insulínico/resistência insulínica e uma pré-disposição à síndrome metabólica, associado a doenças cardíacas e diabetes, estão sujeitas a desenvolver a esteatose hepática. Tudo isso associado ao sedentarismo torna-se um contexto preocupante!
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Assim, a cura/tratamento se dá com a diminuição da ingesta de carbos simples, ou seja, praticando low carb! Ah, e sobre o consumo de frutas, se comemos de forma integral, com as fibras, elas retardarão a absorção da frutose no intestino e ainda teremos uma maior sensação de saciedade, assim, naturalmente, vamos comer com moderação. Ou seja, a frutose presente nas frutas e vegetais não causará esteatose hepática, se a ingesta for feita em sua forma natural 😉