
26/07/2025
Durante boa parte do século XX, muitos médicos acreditavam que bebês, recém-nascidos, não sentiam dor da mesma forma que adultos. A justificativa era que o sistema nervoso deles ainda estava "imaturo", e por isso, as conexões cerebrais envolvidas na percepção da dor não estariam completamente formadas. Isso levou a uma série de práticas hoje consideradas chocantes.
Até a década de 1980, algumas cirurgias em bebês eram feitas com pouca ou nenhuma anestesia — apenas com relaxantes musculares para evitar movimentos. Um caso notório foi o de uma cirurgia cardíaca em um bebê nos EUA, feita nos anos 80, onde o médico acreditava que o bebê não precisava de anestesia completa. O bebê chorou durante todo o procedimento.
Foi só mais tarde, com novas pesquisas em neurociência e a observação de respostas fisiológicas claras (como batimentos acelerados, liberação de hormônios de estresse e reações físicas intensas), que essa ideia foi descartada. Hoje se sabe que bebês não só sentem dor, como podem ser ainda mais sensíveis do que adultos, justamente por não conseguirem processá-la ou lidar com ela emocionalmente.
Créditos: História perdida