Mabel Serra - Psicóloga

Mabel Serra - Psicóloga Local de trabalho em Moçambique (Maputo):

AYAmed Centro Médico e de Hemodiálise

O objectivo desta página visa abordar diversas problemáticas ligadas à área da psicologia e mais concretamente, ligadas às áreas em que trabalho. A partir desta, permito-me ir mais longe, e para além dos aspectos formativos, informativos, entre outros, estar mais perto daqueles que muitas vezes em silêncio, estão em sofrimento e à busca de apoio. O meu trabalho liga-se à Intervenção em adultos, ad

olescentes e crianças, nestas áreas e não só:

Psicologia do adulto: luto, dificuldades interpessoais/ inibição social/ isolamento, dificuldades na vida escolar/ profissional, ansiedade/ pânico/ sensação de irrealidade, medos excessivos/ Fobias, comportamentos de risco, depressão/ choro fácil/ instabilidade emocional, sentimentos de vazio, solidão e ausência de sentido, agressividade/ impulsividade excessiva/ irritabilidade, dificuldade na adaptação a mudanças de vida (divórcio, casamento, mudança de emprego), desejo de desenvolvimento pessoal, entre outras. Psicologia da criança e do adolescente: luto, depressão/ apatia/ tristeza, baixa auto-estima, problemas de comportamento/ agressividade/ irritabilidade/ comportamentos de oposição e desviantes (furto, delinquência) , comportamentos de risco, dificuldade na adaptação a mudanças de vida (divórcio, luto, mudança de escola), dificuldades interpessoais/ inibição social/ isolamento, abuso de substâncias, entre outras. Algumas informações sobre o percurso de formação:

Licenciada em Psicologia, em França, Montpellier – Universidade Paul Valéry

Mestre em Clínica e Saúde Mental, Espanha – Instituto de Altos Estudos Universitários

Especializada em Psicoterapia – Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Construtivistas

Trabalho há vários anos na área clínica, a nível do hospital público (HCM) e na Clinicare.

23/07/2025

Muitas mulheres relatam, em contexto terapêutico, a sensação de estarem numa relação onde cumprem todas as funções, mas não se sentem vistas como pessoas.
Sentem-se funcionais — úteis — mas não valorizadas.

Estão casadas, mas emocionalmente sós.

Cuidam da casa, dos filhos, da estabilidade da relação.
São suporte emocional, logístico e afetivo.
Mas não recebem o mesmo em retorno.
Há uma ausência de reciprocidade, de escuta e de partilha real.

Essa vivência leva, com o tempo, a uma erosão silenciosa da auto-estima.
A mulher começa a questionar o seu próprio valor.
Sente culpa por se sentir mal, por “ter tudo” e ainda assim sentir-se vazia.
E normaliza o desequilíbrio.
Acredita que amar é dar — mesmo sem receber.
Que é “natural” o outro não estar tão presente.
Que o mal-estar é dela, não da relação.

Mas quando uma mulher se sente usada — mesmo dentro de um casamento — é porque há um padrão relacional disfuncional.
Não se trata apenas de falta de atenção.
Trata-se da ausência de vínculo real.
Da redução do outro a um papel (mãe, dona de casa, cuidadora), em vez de reconhecê-lo como sujeito com necessidades emocionais legítimas.

É importante nomear esse mal-estar.
Validar essa dor.
E desconstruir a ideia de que o amor deve anular o eu.

Na terapia, reconstruímos esse olhar.
Porque o amor saudável implica presença, escuta, equilíbrio.
Não é normal sentir-se usada numa relação que deveria ser de cuidado mútuo.



🎙️ Eu sou Mabel Serra, psicóloga.
E ajudo mulheres a reconhecerem quando estão a desaparecer dentro da própria relação — para que possam resgatar o seu lugar emocional, com consciência e dignidade.

Se gostou deste conteúdo, então comente e partilhe! Passe a palavra! 🙂

22/07/2025

🧠 Amor nos tempos modernos: conexão ou carência?

Em consultório, ouvimos cada vez mais relatos de relações que se desfazem sem grandes explicações.

Vínculos que se criam depressa, mas que se desfazem com o primeiro sinal de frustração.
Amores que não amadurecem porque não suportam o desconforto da entrega.

Vivemos uma época em que o amor perdeu densidade.
As pessoas desejam ligação, mas evitam profundidade.
Querem companhia, mas temem o compromisso.
Sentem falta de colo, mas protegem-se da vulnerabilidade.

Zygmunt Bauman chamou-lhe “amor líquido”: frágil, instável, descartável.
Relações que não se sustentam ao menor atrito.
Pessoas que se procuram para tapar vazios, mas que não sabem sustentar a presença real do outro.

O resultado? Relações rasas, ansiosas, repletas de ruídos e silêncios.
Muitas vezes, o que chamamos de “amor” é apenas medo de estar só.
E o que chamamos de “intimidade” é apenas uma troca de mensagens — sem entrega emocional.

A psicologia ensina-nos que amar verdadeiramente exige trabalho emocional:
auto-responsabilidade, escuta activa e empática, capacidade de lidar com a frustração, coragem para ser visto — e ver o outro — como ele é.

Não é o amor que está a desaparecer.
É a nossa capacidade de o sustentar com maturidade.

E você? Está a amar com presença ou apenas a preencher vazios?

Comente. Partilhe. Reflicta!



🗨️ “Se pudesse assistir a uma sessão de terapia com um tema que toca a sua história… que tema gostaria de ver abordado n...
11/07/2025

🗨️ “Se pudesse assistir a uma sessão de terapia com um tema que toca a sua história… que tema gostaria de ver abordado num diálogo terapêutico?”

✍️ Escreva nos comentários ou envie por mensagem privada. A sua partilha pode ajudar a criar conteúdo que cura e transforma — não só para si, mas para muitos.

💬 Estou aqui, a escutar - Mabel Serra, psicóloga.

10/07/2025

Alguns casais não terminam com brigas. Mas com o silêncio!

Na clínica, vejo com frequência relações que não terminaram por falta de amor — mas por ausência de comunicação emocional.

O silêncio, nestes casos, não é apenas uma pausa: é um sintoma. Um sinal de que algo essencial deixou de circular entre os dois — a presença afetiva.

📌 Do ponto de vista psicológico, o silêncio prolongado entre parceiros pode funcionar como um mecanismo de defesa:

▪️ Para evitar conflitos;
▪️ Para não entrar em contacto com a própria dor ou a dor do outro;
▪️ Para não tocar em temas que activam feridas antigas.

Por vezes, é um silêncio feito de medo — medo de ser rejeitado, ridicularizado, ignorado.
Noutras, é feito de exaustão emocional — depois de tentativas frustradas de conexão.

Esse “silêncio relacional” é muitas vezes o resultado de um padrão de comunicação evitativa, onde não há espaço seguro para se expressar vulnerabilidades.
E quando não há espaço para a vulnerabilidade, o vínculo começa a deteriorar-se.

🧠 Relações humanas exigem nutrição emocional constante! 🙂

A ausência de escuta, toque, empatia e diálogo gera o que chamamos de distanciamento afetivo crónico — uma espécie de erosão invisível da relação.

É importante sublinhar:

❌ Nem todo silêncio é saudável!
✅ O silêncio pode ser descanso… mas também pode ser abandono emocional.

Quando o casal não fala, não se escuta e não se vê, instala-se uma sensação de solidão a dois. E essa solidão costuma ser mais destrutiva do que qualquer discussão.

👂 Se ainda há afeto e vontade mútua, o reencontro é possível. Mas ele exige coragem emocional, disponibilidade interna e, muitas vezes, mediação terapêutica.

A pergunta que deixo é:

🌀 O silêncio entre vocês é espaço ou afastamento?
🌀 É pausa saudável ou negação do que precisa ser olhado?

Eu sou Mabel Serra, psicóloga.
E acredito que relações podem renascer —
quando há escuta, verdade e presença emocional.






02/07/2025

Há quem cresça ouvindo que precisa “ser forte”, “não dar trabalho”, “resolver tudo”.
E, sem perceber, essa pessoa passa a ocupar o lugar de pilar da família.
Aquele que cuida, que acolhe, que organiza e que não pode cair!

Mas quem carrega todos também se cansa.
E muitas vezes, por trás desse “papel de forte”, há solidão, exaustão e uma dor calada:
a de nunca ter sido cuidado.

Do ponto de vista psicológico, esse padrão pode nascer da inversão de papéis na infância, da necessidade de validação, ou mesmo de um medo profundo de decepcionar.

A questão é: até quando essa pessoa vai conseguir sustentar todos sem cair?

🔍 Em terapia, muitas vezes, o verdadeiro trabalho começa quando ela finalmente pode soltar o peso… e olhar para si.

💬 Já sentiu que está sempre a cuidar de todos, mas ninguém repara em você?

Comente, partilhe, salve. Alguém pode precisar ler isto hoje! 📤📬💌



30/06/2025

Do ponto de vista psicológico, sentir falta de alguém que nos magoou pode parecer contraditório, mas é uma experiência humana comum — especialmente em vínculos intensos ou afetivamente signif**ativos.

Um vínculo emocional não se rompe com a dor.
Mesmo quando a relação se torna tóxica ou dolorosa, o cérebro e o sistema emocional mantém a ligação. A falta sentida está muitas vezes relacionada com a parte da relação que foi boa, com as expectativas projetadas ou com as necessidades afetivas que a pessoa representava (como segurança, pertença ou validação).

Em relações marcadas por altos e baixos, o cérebro cria um padrão de reforço intermitente — semelhante a um vício. Pequenos momentos de carinho entre episódios de dor, mantém a esperança activa, e o afastamento pode activar sintomas de abstinência emocional.

É comum idealizar quem nos feriu, sobretudo quando a auto-estima foi fragilizada no processo. A mente tende a minimizar a dor e ressaltar o que era bom, como um mecanismo de proteção contra o sofrimento.

Muitas vezes, a falta que se sente está associada à ausência de um encerramento emocional. Quando o vínculo termina de forma abrupta ou confusa, a psique procura insistentemente por explicações e reconciliação interna.



Intervenção terapêutica:

Trabalhar estas emoções envolve reconhecer a ambivalência, acolher a dor sem julgamento e reconstruir gradualmente uma narrativa emocional que devolva à pessoa o seu valor, os seus limites e a sua autonomia afetiva.

Sentir falta não invalida o sofrimento vivido. Mas é possível transformar essa falta numa oportunidade de crescimento, consciência e cura.

17/06/2025

🔖 Como psicóloga, vejo frequentemente os efeitos silenciosos do assédio sexual no trabalho.

O mais devastador nem sempre é o acto visível, mas o jogo psicológico que o antecede:
as insinuações disfarçadas de elogio, os olhares invasivos, o desconforto constante, a pressão velada.

O corpo da vítima reage primeiro: ansiedade, tensão muscular, dificuldades de sono, medo antecipatório.
Mas, muitas vezes, surge depois o conflito interno:
“Será que estou a exagerar? Será que estou a interpretar mal?”

Este é um dos mecanismos mais cruéis do assédio:
a inversão de responsabilidade.
A vítima começa a questionar a sua percepção da realidade, enquanto o agressor se mantém protegido pelo silêncio e pelo medo.

O assédio sexual no trabalho não é apenas uma questão moral.
É uma agressão psicológica com efeitos profundos:
• Desgaste emocional.
• Queda da auto-estima.
• Dificuldades de concentração.
• Síndromes ansiosas ou depressivas.
• Comprometimento da saúde física e mental.

Por isso, falar sobre o assédio é fundamental:
para que a vítima possa nomear o que viveu, para que a culpa deixe de ser carregada por quem sofreu e passe a ser assumida por quem cometeu a violência.

Procure ajuda profissional! Quebre o silêncio! 🤍






🔖  Nem sempre é preciso fazer. Às vezes, o que a vida pede… é que simplesmente estejamos.Olhar sem pressa.Respirar sem c...
14/06/2025

🔖 Nem sempre é preciso fazer. Às vezes, o que a vida pede… é que simplesmente estejamos.

Olhar sem pressa.
Respirar sem culpa e sentir sem pressa de resolver.

Contemplar é permitir que o momento exista — que ele apenas exista dentro da gente!

A vida não acontece só nos grandes acontecimentos.
Acontece no instante em que conseguimos estar inteiros no agora.

É na pausa que, muitas vezes, as respostas chegam.
É no silêncio que a alma se organiza.

Nem sempre é preciso correr.
Muitas vezes, basta estar!

Desejo-lhe um excelente final de semana! ✍️💌

🔖 Nem sempre é preciso fazer. Às vezes, o que a vida pede… é que simplesmente estejamos.Olhar sem pressa.Respirar sem cu...
14/06/2025

🔖 Nem sempre é preciso fazer. Às vezes, o que a vida pede… é que simplesmente estejamos.

Olhar sem pressa.
Respirar sem culpa e sentir sem pressa de resolver.

Contemplar é permitir que o momento exista — que ele apenas exista dentro da gente!

A vida não acontece só nos grandes acontecimentos.
Acontece no instante em que conseguimos estar inteiros no agora.

É na pausa que, muitas vezes, as respostas chegam.
É no silêncio que a alma se organiza.

Nem sempre é preciso correr.
Muitas vezes, basta estar!

Desejo-lhe um excelente final de semana! ✍️💌

13/06/2025

🔖 Durante muito tempo — e ainda hoje — a traição masculina foi banalizada.
Naturalizada.
Quase esperada.

“Homem é assim.”
“Foi só um deslize.”
“São as tentações, os impulsos…”
“Ele ama, só se perdeu um pouco.”
“Melhor perdoar, porque todos fazem.”

Este discurso não só normaliza o que é destrutivo, como esvazia a dor de quem foi traída!
Como se a mulher devesse aceitar o desrespeito como parte do pacote relacional.

Mas a traição não é só um acto físico.
É uma quebra profunda de confiança.
É a violação de um espaço seguro construído a dois.

E quando este comportamento é constantemente desculpabilizado, retira-se ao homem a oportunidade de crescer emocionalmente.
De ser confrontado com as suas escolhas.
De perceber que a traição não nasce de uma “natureza masculina incontrolável”, mas muitas vezes da sua dificuldade em lidar com as próprias emoções, com a frustração, com a comunicação honesta.

Cada vez que se diz “homem é assim”, o que se está a fazer é perpetuar a imaturidade.
É infantilizar o homem.
É retirar-lhe a responsabilidade e perpetuar relações onde a mulher carrega, sozinha, o peso da reconstrução.

O verdadeiro amor — de ambos — exige maturidade.
Exige autorresponsabilidade.
Exige que cada um reconheça o que traz para dentro da relação.
Exige que o homem olhe para dentro e reconheça o seu papel, sem se esconder atrás de desculpas culturalmente aceites.

A traição não deve ser normalizada.
Deve ser reconhecida pelo que é:
uma rutura.
Uma dor real.
E um ponto de viragem que exige muito mais do que um “desculpa” dito com pressa.

“A verdadeira mudança começa quando deixamos de procurar desculpas e passamos a procurar consciência.”

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11/06/2025

Como sair de uma relação que me destrói? 🔖

Como psicóloga, vejo muitas pessoas que sabem, no íntimo, que a relação onde estão já não as nutre, já não as respeita, já não as acolhe.
Mas saber que a relação faz mal… não torna mais fácil sair dela.

Há laços invisíveis que mantêm a pessoa presa:
O medo de estar sozinha.
A culpa por desistir de algo que um dia quis muito.
O receio de não aguentar o vazio que f**a quando o ciclo finalmente termina.

Por vezes, não é o amor que segura — é o medo do que vem depois.

Mas há uma verdade que, mais cedo ou mais tarde, precisa ser enfrentada:
f**ar onde nos destruímos, é um abandono diário de nós mesmos.

Sair não é simples.
Sair é um processo:
É reconhecer os limites, validar a dor, e começar a reconstruir a relação mais importante de todas — a relação consigo mesma.

Sair não é fracassar.
É honrar a própria dignidade.

E muitas vezes, o primeiro passo não é ter força.
É apenas dizer:
“Já chega.”

O verdadeiro recomeço não começa no fim da relação, mas no início da sua reconciliação consigo mesma.

Procure apoio profissional! Um psicólogo pode ajudar! 👌🧠👥

Gostou deste conteúdo? Identif**a-se com esta dificuldade ou conhece alguém que está nessa posição? Então partilhe! E siga-me para mais conteúdos como este! 🙂✍️




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