23/12/2025
Esta foi a luz do Sol a nascer, depois da noite mais longa do ano. Estamos no período do Solstício, palavra que vem do latim "Solstitium", significando "sol estando parado".
São dias marcadas pela escuridão, que faz nascer em nós o anseio pela luz. Assim somos lembrados da dualidade de que somos compostos.
Na nossa cultura, separamos tradicionalmente o Bem e o Mal; outras leituras separam o feminino e o masculino, a luz e a sombra, o positivo e o negativo. Talvez a dualidade mais importante é aquela que separa o dentro e o fora, o eu e o outro. O Eu nasce do contacto com o Outro; o Outro só existe porque o Eu o vê.
É na alternância destes aspectos da dualidade, que procuramos quem realmente somos, qual a nossa essência.
Nestes dias de introspecção e de olhar para trás, fazemos o balanço do ano, revivemos momentos, recapitulamos as lições recebidas - mais uma etapa no ciclo de nascer, crescer, aprender, curar, compreender.
É o período que mais nos pede ficarmos em silêncio e entregar-nos a esta passagem do tempo. A mudança é natural, inevitável e certa. É a altura que nos pede aceitar a dualidade de que somos compostos. Aceitar que é porventura esta mesma dualidade de opostos, que é aquela Essência que tanto ansiamos conhecer.
Desejo a todos um bom Natal. Que os dias sejam de alegria e bondade. Que o caminho nos guia para conexão e entendimento. Que todos os seres possam conhecer e abraçar a paz no coração. Que no ano de 2026 se possam abrir as portas para reconhecermos uns aos outros tal e qual como somos: seres humanos, todos à procura de uma vida feliz.