07/08/2025
UMA SIMPLES PARTILHA: O VÍNCULO TERAPÊUTICO.
Acredito que a psicoterapia inicia-se a partir da relação que estabelecemos com o paciente.
Sem este traquejo para construir a relação terapêutica não é possível conseguir um resultado satisfatório.
A pessoa que nos chega precisa sentir-se ouvida de verdade, vista, acolhida. Isto, parecem apenas três palavras simples, mas na minha experiência clínica, esta atitude precisa ser genuína.
Muitos pacientes nunca foram profundamente conhecidos por qualquer integrante da sua família, nem possuem um senso de identidade definido, por terem crescido num ambiente onde o amor foi condicionado à performance.
Desconhecem as suas próprias necessidades e os seus sentimentos.
Muito além das técnicas dos cursos de especialização entra a capacidade do psicólogo para derrubar a muralha da desconfiança e da resistência, adentrar um território desconhecido e ajudar aquele individuo particular a sentir-se seguro.
Tenho uma natureza curiosa e isso é uma característica que me permite ir atrás do conhecimento em profundidade.
Trabalho com pessoas que apresentam à superfície sintomas comuns a diversas psicopatologias que afetam a mente e o corpo.
Mas, se vistas com mais profundidade, apresentam uma história complexa famíliar marcada por adversidades ao longo do seu desenvolvimento.
A partida, apresentam por exemplo, ansiedade.
Padrões de pensamento, sentimento e comportamento estudados na psicoterapia cognitivo-comportamental. Mas é verdade também que o sistema nervoso simpático está sempre em alerta, rastreando por perigos que afetem o senso frágil de valor-próprio.
O crítico interno pode estar sempre a ditar os padrões rigidos que a pessoa deve alcançar
O perfeccionismo é a parte protetora daquela que já foi muito ferida e carrega o peso da humilhação e da vergonha.
O que me interessa francamente é estudar a pessoa que me chega não somente pelos sintomas que apresenta, mas como tenho uma predileção por abordagens como a Terapia do Esquema, a Terapia dos Sistemas Familiares Internos, a
Somatic Experiencing (já que é o sistema nervoso desregulado e sem fluidez de movimento entre simpático e parassimpático, o que leva à fixação em padrões comportamentais de luta, fuga e congelamento); o EMDR e o BRAINSPOTTING.
Estudei também - e estudo - Hipnose Clínica (entre outras abordagens terapêuticas) e achei tão interessante esta ferramenta. Consegue-se mudar o mindset da pessoa, fortalecer o ego, driblar as resistências e levar a pessoa a sentir-se como gostaria de se sentir. E mais um caminho para fortalecer o Self Adulto e auxiliar a pessoa a encontrar os seus próprios recursos, a gerar os próprios recursos.
Estudar para ajudar alguém é a minha paixão.
Ajude-nos a ajudá-la(o)!
Um abraço e até breve se fôr caso disso,
Dr. Bruno Fernandes (Psicólogo Clínico e Hipnoterapeuta)