
03/05/2025
É verdade que a mãe parece ter sete sentidos. Os cinco sentidos habituais. Mais o “sexto sentido” de mãe; que faz com que ela intua e adivinhe quase tudo aquilo que se passa dentro de um filho muito antes, ainda, dele imaginar ou de sentir seja o que for. E um sétimo sentido - o “terrível narizinho de mãe” - que a leva a descobrir todas as asneiras de que um filho não queria nem se lembrar que já tinha feito.
É verdade que a mãe faz inquéritos cerrados, como mais ninguém. Sobre tudo aquilo que é a vida de cada filho. E sobre todos os seus amigos. E que, ainda mal uma criança se senta no carro, já a mãe está a perguntar: “Correu bem o dia? Aprendeste muitas coisas? O que foi o almoço? Tens trabalhos de casa?”.
É verdade que a mãe parece que tem uma lista de tarefas na cabeça e que nunca se esquece de nada (mesmo quando um filho agradecia que ela se esquecesse!). E que quer tanto estar em todos os lugares, ao mesmo tempo, que chega a dizer que “Gostava de ser mosca!” (como se mosca fosse uma expectativa de carreira de uma mãe que se preze...).
É verdade que, quando a mãe se zanga, f**a vermelhusca, esbraceja e se esganiça.
É é verdade que, ninguém como a mãe, barafusta e ameaça tirar “férias de mãe”. E que, como sempre, depois desse arrufo, ela termina com um “E depois vocês vão ver!” que lhe dá um ar, inimitável, de ternura.
É verdade que a mãe se desdobra. E se esgota. E que dá. E que cuida. E que protege. E que acalenta. E que se sente por si e por nós. E que, quando supunha que ela “caísse para o lado”, de exaustão, demonstra que o “burnout de mãe” nunca entra no seu vocabulário.
Mas quando um filho se aleija por quem é que chama? Pela mãe!
E quando um filho tem um pesadelo quem é que faz de “espanta-espíritos”? A mãe
E quem é que canta canções de embalar como mais ninguém? A mãe!
E quem é que, sempre que um filho mostra uma habilidade e a professora o elogia, tem a “lágrima fácil” de felicidade? A mãe!
A mãe parece nunca se cansar. E consegue trabalhar, cuidar, dar colo, mimar, educar, ensinar e proteger. Daí que não seja demais dizer-lhe: “Obrigado, mãe!”. Ou será: “Amo-te mãe?...” Tanto faz. Porque as duas coisas são uma só. Claramente!