Centro de Intervenção Psicológica e Pedagógica

Centro de Intervenção Psicológica e Pedagógica O CIPP é um serviço de intervenção psicológica e pedagógica localizado em Angra do Heroísmo.

Um pensamento para o fim-de-semana. :)
26/09/2025

Um pensamento para o fim-de-semana. :)

No dia 4 de Setembro, em Portugal, assinala-se o Dia Nacional do Psicólogo. Aqui pelo CIPP, é o dia da Ana Santos, da Fa...
04/09/2025

No dia 4 de Setembro, em Portugal, assinala-se o Dia Nacional do Psicólogo. Aqui pelo CIPP, é o dia da Ana Santos, da Fabiana Gomes, do Filipe Fernandes, da Henriqueta Machado, da Joana Cunha, do Pedro Pereira e da Sofia Fino, os nossos psis. Este texto é dedicado a eles, profissionais que o CIPP tem a sorte de poder contar! 😊

Num tempo de imediatos, em que na espuma dos dias perdemos a noção da essência, do essencial e a consciência dos nossos limites (que nos humanizam...), é demasiado fácil prostituir a dificuldade da mudança à tentação da inspiração fugaz. Confundir uma espécie de magia permanente no quotidiano com a necessidade de aceitar que a vida é feita de momentos mágicos que sublimam tantos outros, que lhes dão sentido e perspectiva. Confundir a nossa natureza emocional com uma espécie de empreendedorismo asséptico e pateta das emoções.

Quem tem o privilégio de diariamente ouvir pessoas, escutar os seus silêncios, empatizar com as suas dores, frustrações e mágoas, lida em primeira mão, com tudo o que isso implica de bom e de mau, com a crueza do ser, com as suas emoções, com aquilo que nos constitui, com o visível que procura mascarar o invisível, além das fotografias com filtros, das actualizações habilidosas de estados e de um conveniente marketing pessoal em que, por medo ou por hábito, alicerçamos os dias.

Num mundo em que todos nos querem inspirar, impor as suas fórmulas de felicidade e condenar-nos à artificialidade do optimismo de pacote, perceber a dificuldade da mudança, da alteração de paradigmas pessoais é um desafio, um exercício de resistência e um investimento na nossa construção. Daquilo que somos, daquilo que nos alicerça, daquilo que, mesmo fragilizando-nos, nos constitui.

Um privilégio assistir a momentos simples, mágicos, merecidos pelo trabalho árduo que as pessoas realizam, numa luta consigo mesmas e com os seus limites e emoções. Deixar de ter medo de procurar a felicidade, conseguir assumir escolhas que nos permitem ascender-lhe, quebrar amarras, ciclos e padrões tão nossos como derrotistas.

"Estou feliz!", o objectivo, a motivação para ouvir e para empatizar. Para estar lá. Estando, mesmo, lá. A felicidade do outro não se compadece com meias-doses. A mudança do outro não se compadece com pacotes inspiracionais centrados no poder do emissor, secundarizando o receptor.

Ajudar a mudar é um privilégio e uma responsabilidade, num percurso sempre centrado no outro, nunca em nós. O exercício da Psicologia é, muitas vezes, mal entendido, lido pela lente do preconceito, que muitos abominam e tantos outros minimizam. "Não queria ter o seu trabalho!..." é uma das frases do dia. Abaixo no relambório das mais escutadas surge "Como é que consegue fazer isto todos os dias?" A mais bela profissão do mundo, para mim. Uma das mais puras.

A palavra como bisturi, a relação como veículo, a confiança como combustível. Sem artifícios, sem ferramentas industriais ou artificiais, sem fuga possível. A pessoa para a pessoa.

Não sendo a panaceia para todos os males e, felizmente, não sendo sempre necessário, o trabalho do Psicólogo, num esforço conjunto com quem o procura, pode ser uma ajuda importante para trilhar o melhor caminho, aquele que nem sempre encontramos sozinhos.

Aqui pelo CIPP estamos e estaremos aqui. Sempre.

Contem, sempre, connosco.

14/05/2025
Aqui f**a mais um texto publicado na CNN Portugal pelo nosso Psicólogo Filipe Fernandes.Uma reflexão sobre o perfeccioni...
13/05/2025

Aqui f**a mais um texto publicado na CNN Portugal pelo nosso Psicólogo Filipe Fernandes.

Uma reflexão sobre o perfeccionismo. Lê-se, perfeitamente, bem 🙂

O Psicólogo Responde: O perfeccionismo pode ser prejudicial para a saúde mental?

Proponho um exercício em que vai precisar de usar a sua imaginação. Pense num jogo das escondidas, aquele que consta no arsenal de brincadeiras de qualquer petiz. Imagine, agora, alguém a jogá-lo sozinho, escondendo o olhar enquanto conta várias dezenas de números até um total imaginário definido por si mesmo. Imagine a forma como a criança, terminada a lenta contagem que sussurrava, se esforçaria por encontrar os restantes companheiros de brincadeira que, com certeza, teriam encontrado super-esconderijos que os tornariam imperceptíveis a qualquer olho de lince mais atento.

Imagine a frustração, a irritação, o sentimento de impotência, enquanto aumentava os seus níveis de esforço e de empenho na busca dos companheiros de brincadeira, ávido da procura de uma solução, do término do jogo, de uma forma inglória, face à sua experiência solitária. Ávido de um epílogo lógico para o seu esforço de conclusão, para a sua necessidade de “fechar o círculo”, de concretizar uma necessária e obrigatória previsibilidade num cenário perspectivado como potencialmente incompleto e, consequentemente, caótico.

Se conseguiu realizar o esforço de imaginação que lhe pedimos, terá, sem porventura dar por isso, pensado em perfeccionismo! Estranho, não?... Tal como a criança que procura algo que não está lá, entrando num jogo condenado à partida, o perfeccionista condena a sua satisfação e realização na perseguição obstinada de um padrão de desempenho que não admite nada menos que a perfeição, nada menos que a ausência de toda e qualquer imperfeição ou aspecto menos positivo, procurando, no fundo, algo que não existe (até porque o seu “radar” para a imperfeição é extraordinariamente sensível…).

O perfeccionismo é um conceito multidimensional, relacionando-se com vários aspectos do ser humano, que implica a existência de padrões de funcionamento e de exigência que vão além da razão e que são, por conseguinte, inalcançáveis. Os perfeccionistas buscam compulsivamente, e de forma inquestionável, objectivos impossíveis, ancorando o seu sentimento de valor pessoal em função dos seus níveis de desempenho, gerindo o seu quotidiano, de uma forma marcada pela pressão, por um padrão constante de crítica e por uma constante e invasiva insatisfação que, paradoxalmente, acaba por se constituir como um obstáculo para aquilo que a pessoa, normalmente, pensaria, faria e sentiria… A auto-estima é penalizada por um constante jogo de tudo ou nada, em que, sendo o tudo inalcançável, só sobra o nada. A percepção de insucesso, a sensação de falha, a certeza de uma (suposta) insuficiência.

Sem se permitir reconhecer que os seus padrões são excessivos, o perfeccionista vive preso num círculo vicioso, em que, quer evite a tarefa por adivinhar e temer o insucesso, quer a procure cumprir partindo dos seus padrões irrealistas, está condenado à aspereza e dureza da sua auto-crítica, que não aceita tonalidades cinzentas, entre o branco e o preto.

Importa não perder de vista que o ótimo é inimigo do bom, como diz, e bem, a sabedoria popular. Tal como numa receita, podemos pensar na importância do tempero e usá-la como metáfora para aquilo que acontece com as nossas tendências perfeccionistas. Na medida certa, o tempero torna a refeição saborosa, mas se for a menos ou a mais, ela f**a sem sabor ou estragada, tal a intensidade daquilo que, supostamente, lhe daria sabor.

Querermos ser melhores pode ter o seu lado positivo, numa lógica alicerçada na ideia que o esforço compensa e que a exigência (balizada…) nos pode conduzir à excelência. Essa vontade de sermos melhores funciona como ingrediente de uma receita para a realização pessoal, no rendimento escolar, nas atividades extracurriculares, na vida social e profissional. Contudo, quando a mínima falha se torna assustadora e catastróf**a, o perfeccionismo conduz a uma espiral destrutiva que gera pressão que se avoluma para cumprir um ideal inatingível. Mais vale feito que perfeito.

Estudos credíveis demonstram que o perfeccionismo é um factor relevante no surgimento de perturbações psicológicas. Não sendo, em si mesmo, um diagnóstico, é uma variável que pode contribuir para perturbações de ansiedade, para quadros depressivos ou obsessivo-compulsivos, bem como para perturbações do comportamento alimentar, constituindo um factor de risco para as mesmas.

É que os perfeccionistas, tal como o pequeno das escondidas de quem vos falei acima, jogam, de forma demasiado automática, um jogo que não podem (mesmo) vencer. E o leitor, tem por hábito jogar às escondidas sozinho? Se sim, é uma boa altura para começar a jogar de forma diferente.

Vale a pena tentar! E fazer o melhor que lhe for possível chega perfeitamente.

Faça você mesmo! Algumas estratégias para “domesticar” o perfeccionismo:

Treine a definição de objetivos
Procure questionar os objectivos que define para si e para os seus, por exemplo, para os seus filhos ou educandos. Definir objectivos realistas, que podem ser ambiciosos ou difíceis, são uma ferramenta potente contra o perfeccionismo.

Perceba o poder da relativização
Entre a minimização e a maximização das coisas, entre o nada e o tudo inerente ao perfeccionismo, existe o poder de relativizar. Dar às coisas a importância e dimensão que realmente têm. Deixo duas perguntas que, pensadas nos momentos certos, poderão ajudar o leitor a relativizar. Qual é a pior coisa que pode acontecer se a situação que o está a preocupar acontecer? Será que, daqui a um ano, me vou lembrar disto?

Compare-se menos, aceite-se mais!
Perceba que as pessoas são incomparáveis e que os percursos de vida são únicos. Somos diferentes e nem sempre temos os mesmos pontos de partida. E, por vezes, um patamar de desempenho inferior pode implicar mais esforço e resiliência para ultrapassar dificuldades e desafios.

Pratique a compaixão e a auto-compaixão
Muitas vezes confundida com a ideia de piedade ou pena, a compaixão é uma arma potente contra o perfeccionismo e o auto-criticismo que o mesmo implica. Procure que o seu diálogo interno, aquilo que diz a si mesmo nas alturas em que sente que falhou ou que não esteve à altura da situação, seja aquele que utilizaria com um dos seus bons amigos, caso o tentasse ajudar a gerir a frustração, de uma forma terna e empática.

Modere o uso das redes sociais
Gerir o tempo que passa nas redes sociais é um passo importante, bem como relativizar aquilo que vê e interpreta enquanto as frequenta, não esquecendo que acabam por ser uma versão plastif**ada da realidade. Colocar limites ao tempo que gasta nas redes sociais é obrigatório.

Rejeite o mito da auto-suficiência
Perceba que não é preciso lidar com tudo sozinho. Pedir uma opinião, solicitar ajuda para concluir uma tarefa ou, simplesmente, desabafar com alguém em quem confia pode ser uma prova de coragem e de auto-compaixão e nunca é uma evidência de cobardia ou de incompetência. Sentirmo-nos competentes e auto-ef**azes não implica uma obrigação de sermos sempre auto-suficientes!

E se errar?
Os erros, as falhas, as insuficiências não são todas iguais, nem todas igualmente importantes. Alguns erros poderão ser decisivos, mas outros, porventura a grande maioria, não

o são. Procure diferenciar os erros e entendê-los como oportunidade de aprendizagem e de melhoria, que não são definidores do valor pessoal. Como um carro que entrando numa rotunda deve procurar sair o quanto antes, fuja das ruminações que só farão com que veja uma catástrofe em circunstâncias que não o justif**am, na quase totalidade das situações.

Se necessário, procure ajuda profissional
Se sentir que o seu perfeccionismo lhe está a provocar um sofrimento que não consegue gerir e que os seus recursos e o esforço que realiza para o gerir não estão a ser suficientes, procurar ajuda profissional pode ser importante. Um psicólogo pode ajudar!

https://cnnportugal.iol.pt/dossier/o-psicologo-responde-o-perfecionismo-pode-ser-prejudicial-para-a-saude-mental/681e8f63d34e3f0bae9df763

Registo do texto publicado, no Diário dos Açores, pelo nosso Psicólogo Pedro Miguel Pereira.Uma óptima reflexão sobre as...
12/05/2025

Registo do texto publicado, no Diário dos Açores, pelo nosso Psicólogo Pedro Miguel Pereira.

Uma óptima reflexão sobre as perturbações do comportamento alimentar que vale a pena ler!

Aqui f**a o texto publicado pela nossa Psicóloga Ana Santos no Diário dos Açores! Um belo texto sobre o amor, publicado ...
12/05/2025

Aqui f**a o texto publicado pela nossa Psicóloga Ana Santos no Diário dos Açores!

Um belo texto sobre o amor, publicado no mês da Liberdade, o bonito mês de Abril.

Sintam-se livres para ler, com muito amor. 🙂

Há dúvidas se os nossos meninos gostam da nossa Laurinda? Claro que não. 🥰
22/03/2025

Há dúvidas se os nossos meninos gostam da nossa Laurinda?

Claro que não. 🥰

Temos muito orgulho na nossa equipa e no trabalho que desenvolvemos, ali pela Rua do Galo, junto de todos os utentes que...
18/03/2025

Temos muito orgulho na nossa equipa e no trabalho que desenvolvemos, ali pela Rua do Galo, junto de todos os utentes que nos procuram.

Com a passagem do tempo, foi-se criando a ideia de melhorar o nosso espaço, dotando-o de uma cara nova, que pudesse, também, orgulhar quem o frequenta.

A recente renovação do nosso espaço visou melhorar as condições do nosso espaço para os nossos utentes e para a nossa equipa de profissionais e, podemos dizer, tentar que o espaço se tornasse mais bonito, na linha do trabalho bonito e abnegado que procuramos desenvolver, desde 2004.

Uma palavra para a Designer Joana Ferreira, pelas ideias, criatividade, competência e disponibilidade, e para o Álvaro Faria, pela competência, eficiência e criatividade na realização da remodelação.

Estamos muito contentes pela cara nova do nosso espaço. Esperemos, sinceramente, que seja do agrado de todos. :)

Aqui f**am os retratos da cara nova do CIPP! Vá... Está giro, não está?😍

Aqui f**am os nossos votos de Boas Festas! :)
23/12/2024

Aqui f**am os nossos votos de Boas Festas! :)

As estrelas de 2024 da Make-A-Wish Portugal já estão na porta do CIPP que, como habitualmente, se associou a esta causa ...
08/12/2024

As estrelas de 2024 da Make-A-Wish Portugal já estão na porta do CIPP que, como habitualmente, se associou a esta causa tão bonita.

Podem adquirir as vossas estrelas, espalhar bonitas mensagens e ajudar a realizar sonhos.

Na Ilha Terceira, o núcleo local da Make-A-Wish tem muitas estrelas para vós. 🙂

O CIPP conta com mais um elemento na sua equipa, a Psicóloga Henriqueta Machado!Henriqueta Machado é licenciada e Mestre...
13/05/2024

O CIPP conta com mais um elemento na sua equipa, a Psicóloga Henriqueta Machado!

Henriqueta Machado é licenciada e Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde, pela Faculdade de Filosofia de Braga.

Pós-graduada em “Terapias Cognitivo-Comportamentais: Avaliação e Intervenção”; “Neuropsicologia Educacional” e “Parentalidade Positiva”. Com especializações avançadas em: “Psicopatologia da Infância e Adolescência: Avaliação e Intervenção”; “Avaliação Psicológica da Infância à Idade Adulta” e “Terapia Cognitivo-Comportamental com Crianças e Adolescentes”.

Desempenhou funçôes como coordenadora de psicologia na Clínica de Saúde Mental e Desenvolvimento da Ilha Terceira, onde desenvolveu a prática clínica com crianças e adolescentes, bem como orientou vários estágios para a Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Colaborou como psicóloga clínica nas Irmãs Hospitaleiras de Angra de Heroísmo.

É formadora certif**ada e tem desenvolvido trabalho neste âmbito em diferentes entidades e empresas, como formadora de Cidadania e Profissionalidade e na de Certif**ação de Competências Pedagógicas. Concomitantemente exerce a prática clínica em contexto privado.

Das formações complementares destacam-se “Curso de Formação Clínica do Instrumento de Diagnóstico – ADOS – 2”, Clínica da Fala; “Curso de Abusos Se***is a Crianças e Adolescentes”, Faculdade de Medicina do Porto” e “Curso de Intervenção Psicológica em Situação de Catástrofe” Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Reconhecida como Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde pela Ordem dos Psicólogos Portugueses e membro com a cédula profissional número 16138.

Pode ser contactada pelo telefone 967 181 939 ou pelo e-mail henriqueta.machado@cipp-terceira.com.

Bem-vinda Henriqueta! :)

https://cipp-terceira.com/quem-somos/henriqueta-machado.html

Endereço

Rua Do Galo, 83
Angra Do Heroísmo
9700-091

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 16:00 - 20:00
Terça-feira 16:00 - 20:00
Quarta-feira 16:00 - 20:00
Quinta-feira 16:00 - 20:00
Sexta-feira 16:00 - 20:00
Sábado 09:30 - 13:00

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