Eva Nogueira - Psicologia

Eva Nogueira - Psicologia | Psicóloga Clínica
| Especializada em Terapia Familiar e de Casal
| Agendamento de teleconsulta e

Na psicologia e na vida, nem tudo pode ser explicado, quantificado ou compreendido totalmente. A nossa experiência emoci...
26/09/2025

Na psicologia e na vida, nem tudo pode ser explicado, quantificado ou compreendido totalmente.
A nossa experiência emocional é única, cheia de nuances e mistérios — como uma nuvem, nunca totalmente definida.

Aceitar que não sabemos tudo pode ser libertador. 

Há sabedoria em conviver com a dúvida, em acolher a própria ignorância sem medo ou vergonha.

Para refletir:

•Consegues aceitar quando não tens respostas para tudo o que sentes?

•Já te sentiste perdido/a numa “nuvem de não saber”?

O que aprendeste desse momento?

•Em que situações a dúvida ou a ignorância te trouxe crescimento ou novas perguntas? Comenta!

Como lidas com a incerteza emocional na tua vida?
E, para ti, qual é o papel da dúvida e do não saber no teu autoconhecimento?

“Talvez o maior saber seja saber conviver com a nuvem do não saber.”
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PsicologiaSistêmica sicoterapia

Estes livros não são manuais técnicos per se, mas sim obras que traduzem, de forma literária e acessível, experiências p...
22/09/2025

Estes livros não são manuais técnicos per se, mas sim obras que traduzem, de forma literária e acessível, experiências profundamente humanas. Cada um deles toca em aspetos universais da vida que podem ressoar em cada um de nós.

“Talvez devesses falar com alguém” - a história na primeira pessoa de alguém que é paciente e terapeuta, demonstrando os bastidores da terapia, o que acontece em relação e humanizando tanto quem cuida como quem precisa de ajuda.

"Atiramos ao amor e acertamos na solidão" - mergulha nas contradições da intimidade, no amor como encontro e desencontro, no desejo e na solidão como experiências inevitáveis. É como uma leitura psicanalítica da vida amorosa, mas de uma forma tão acessível que parece terminar cedo demais.

“A biblioteca da meia noite” - fala de um sentimento muito confuso, mas também muito comum: a saudade do que não foi vivido. Também toca a depressão e a esperança. Este livro trabalha de forma muito bonita a ideia de caminhos alternativos e da aceitação da nossa própria vida, um tema que é central em psicoterapia, ainda que indiretamente.

“Comer, orar, amar” - um livro que explora a busca do desenvolvimento interno, da procura de sentido. Esta história aborda o luto após uma vida que deixa de fazer sentido, a reconstrução pessoal através da viagem interna e externa e mostra que a transformação é possível mesmo após ruturas.


Ser uma psicóloga boa o suficiente não significa nunca falhar.Na verdade, envolve reconhecer que o erro faz parte do pro...
19/09/2025

Ser uma psicóloga boa o suficiente não significa nunca falhar.
Na verdade, envolve reconhecer que o erro faz parte do processo.

Às vezes, esquecemo-nos de um detalhe, demoramos a encontrar as palavras certas ou sentimos que poderíamos ter refletido mais profundamente sobre alguma questão durante uma sessão.

Isso não nos torna menos competentes — pelo contrário: mostra que somos humanas, que estamos em constante aprendizagem e que acolhemos a imperfeição como parte do encontro terapêutico.🌱

Ser boa o suficiente é estar presente, disponível, genuína — mesmo quando não somos perfeitas.

E tu, consegues permitir-te falhar sem perder de vista o teu valor?

Quando a história encontra espaço para ser contada, nasce a possibilidade de mudança.A primeira consulta de terapia não ...
17/09/2025

Quando a história encontra espaço para ser contada, nasce a possibilidade de mudança.

A primeira consulta de terapia não é apenas um encontro inicial — é o momento em que começamos a construir a relação que dará suporte a todo o processo terapêutico.

É nesta sessão que a pessoa, muitas vezes pela primeira vez em muito tempo, partilha aquilo que lhe tem pesado. Para mim, mais do que recolher dados, trata-se de criar um espaço seguro, onde se começa a mostrar uma nova forma de olhar para ti e para as tuas dificuldades.

Também é nesta etapa que alinhamos expectativas, exploramos o que vens procurar na terapia e reflito sobre como te posso ser útil. Este é um momento de construção conjunta: não assumo a posição de “saber absoluto”; pelo contrário, coloco-me como tua companheira no caminho de autoconhecimento e mudança, curiosa por conhecer o teu mundo interno e externo.

A primeira consulta é, assim, o início de um diálogo que abre a porta para que algo novo possa acontecer. Algo diferente do que até agora existiu.

O sofrimento humano ecoa na proximidade.O descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, trouxe uma dor profunda e ir...
08/09/2025

O sofrimento humano ecoa na proximidade.O descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, trouxe uma dor profunda e irreparável a quem perdeu pessoas queridas ou sofreu diretamente as consequências deste acidente. A essas famílias e amigos, cabe-nos todo o respeito e silêncio diante da sua perda.Mas também, em momentos como este, percebemos como o sofrimento se estende para além dos que estavam presentes.

A cidade inteira é tocada. Às vezes, até um país. Sentimos medo, insegurança, tristeza — porque partilhamos o espaço, a rotina e a vida em comum.
Chamamos a isto de luto coletivo: quando a dor não se restringe ao individual, mas se torna parte da experiência coletiva.

A convivência que nos aproxima é a mesma que nos permite cuidar uns dos outros, transformar a angústia em solidariedade e a vulnerabilidade em humanidade partilhada.

E num tempo em que as imagens e notícias circulam de forma intensa, também através dos MEDIA o sofrimento multiplica-se e convoca-nos a olhar para ele.
Desta forma, cuidar de nós pode também significar escolher, quando possível, quando e como entrar em contacto com estas imagens.

Que este momento nos relembre da importância de estarmos juntos — na dor, mas também no cuidado. ❤️

Ser psicóloga é testemunhar o encontro com aquilo que não se vê, mas que dá sentido a tudo o que é vivido.Hoje, enquanto...
04/09/2025

Ser psicóloga é testemunhar o encontro com aquilo que não se vê, mas que dá sentido a tudo o que é vivido.
Hoje, enquanto psicóloga, celebro o privilégio de partilhar histórias, silêncios e emoções que transformam vidas.
Ser psicóloga é aprender todos os dias com quem confia em mim o suficiente para se mostrar vulnerável.

É estar presente, com humanidade, mesmo quando não há respostas e apenas perguntas.

Neste Dia do Psicólogo, celebro também todos os meus colegas que, de forma única, fazem desta profissão um lugar de esperança e cuidado.

Caminhamos juntos. 🤍










Esta pergunta toca uma questão fundamental em todas as relações — amorosas, familiares, de amizade ou profissionais. Mui...
03/09/2025

Esta pergunta toca uma questão fundamental em todas as relações — amorosas, familiares, de amizade ou profissionais. Muitas vezes, focamo-nos no que precisamos, nas nossas carências e expectativas. Mas as relações verdadeiras sobrevivem e florescem quando equilibramos o pedir com o dar.

Dar não significa apenas oferecer coisas materiais; significa oferecer tempo, escuta, presença, compreensão, apoio e afeto. É um ato de generosidade que fortalece os laços e cria reciprocidade. Quando damos, transcendemos o egoísmo e abrimos espaço para que a relação seja um encontro genuíno, onde ambos se sentem valorizados e acolhidos.

Reflexão importante:

Num momento em que sentes necessidade, consegues também olhar para o que podes oferecer ao outro?
O equilíbrio entre pedir e dar é um convite constante ao amor e à humanidade nas nossas relações.

Convido-te a pensar: como tens vivido esse equilíbrio nas tuas relações?

_“Dar é também um modo de existir no mundo, tão fundamental quanto pedir.”

Setembro chega como uma tempestade suave que desarruma rotinas e desperta emoções, desafiando os casais a navegarem junt...
01/09/2025

Setembro chega como uma tempestade suave que desarruma rotinas e desperta emoções, desafiando os casais a navegarem juntos nas ondas do recomeço, fortalecendo os laços com diálogo e ternura. 😊

Setembro traz mais do que o regresso das crianças às aulas: é também o momento em que muitos casais enfrentam um aumento das tensões e discussões. A combinação do regresso ao trabalho, a reorganização das rotinas e as demandas familiares criam um ambiente de stress que pode fragilizar a comunicação e o vínculo entre parceiros.

Os principais gatilhos?

-Mudança abrupta de rotinas: fim das férias e início de horários mais rígidos.
-Sobrecarga de responsabilidades: dividir entre trabalho, filhos e tarefas domésticas.
-Cansaço e stress: menos paciência e, por isso, menor qualidade no diálogo.
-Expectativas vs. realidade: quando a organização idealizada não se concretiza.
-Menos tempo a dois: diminuição dos momentos de lazer e intimidade.

Para minimizar esses desafios?

- Priorizar a comunicação aberta e sincera.
- Estabelerrotinas flexíveis e rever em conjunto as tarefas.
- Reservar momentos para relaxar e fortalecer a relação.
- Exercitar empatia para entender os limites e necessidades do próprio e do outro.

Setembro pode ser um recomeço desafiante, mas também uma oportunidade para fortalecer o casal com diálogo, compreensão e parceria. Reconhecer estes gatilhos é o primeiro passo para construir um ambiente familiar mais saudável e equilibrado. 👏🏻✨

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A abordagem sistémica parte de uma premissa simples, mas profundamente relevante: ninguém existe fora de relação.O que s...
27/08/2025

A abordagem sistémica parte de uma premissa simples, mas profundamente relevante: ninguém existe fora de relação.

O que sentimos, o que repetimos, o que adoecemos - tudo isto acontece dentro de uma rede de vínculos. Somos feitos da nossa história, das relações que vivemos, das lealdades invisíveis que carregamos. E, muitas vezes o que hoje nos faz sofrer foi, outrora, uma forma de manter o amor ou o lugar na família - ou num outro contexto com valor para nós.

Na terapia sistémica procuramos sentidos, escutar o que é visível e o que é invisível. Esta é uma terapia que ajuda a sair de lugares repetitivos sem quebrar aquela que é a tua história. Que procura aliviar, mas também transformar - com presença, com coragem e com respeito pelas dores e pelos laços que trazemos connosco.



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Historicamente, cuidar de uma criança era uma tarefa partilhada por toda uma comunidade. Avós, vizinhos, irmãos mais vel...
25/08/2025

Historicamente, cuidar de uma criança era uma tarefa partilhada por toda uma comunidade. Avós, vizinhos, irmãos mais velhos e amigos participavam ativamente na vida quotidiana das crianças. Esse modelo comunitário, conhecido como **cuidado alargado**, oferecia benefícios essenciais:

- Distribuía o desgaste físico e emocional entre várias pessoas;
- Diversificava as referências e vínculos afetivos da criança;
- Criava uma rede de segurança natural para pais e filhos.

Nos últimos anos, temos assistido a uma **mudança cultural e estrutural profunda**:

- Famílias menores e muitas vezes geograficamente afastadas, por razões económicas e sociais;
- Rotinas de trabalho cada vez mais intensas, com horários difíceis de conciliar com o convívio social;
- A valorização da autonomia individual, que tem levado à diminuição da interdependência comunitária.

Do ponto de vista sistémico, esse afastamento comunitário **aumenta a vulnerabilidade emocional das famílias**. Sem a partilha do cuidado, desafios diários relativamente pequenos — como as temidas birras — podem tornar-se pesados demais para os pais enfrentarem sozinhos, aumentando o risco de exaustão parental.

Mas recuperar este sentido de comunidade não é voltar para trás no tempo. É, antes, **reconstruir redes de apoio que façam sentido nos dias de hoje** — seja através de familiares, vizinhos, outros pais ou grupos com interesses comuns —, reconhecendo que **cuidar de uma criança é sempre uma tarefa coletiva**.

**Quando partilhamos o cuidado, não protegemos apenas os nossos filhos, mas cuidamos também uns dos outros.**



Para ti mulher-mãe, que me estás a ouvir…Quantas vezes, na minha prática clínica oiço mulheres-mães dizerem: _“Sinto-me ...
18/08/2025

Para ti mulher-mãe, que me estás a ouvir…

Quantas vezes, na minha prática clínica oiço mulheres-mães dizerem: _“Sinto-me cansada… e depois sinto-me mal por me sentir assim.”_
Este ciclo de **cansaço → culpa → mais cansaço** não nasce num vazio.
Ele é alimentado por um ideal impossível de maternidade, onde amar um filho significaria ter energia e paciência sem fim. Mas esta não é a realidade.

Na terapia sistémica, olhamos para este ciclo não como uma “fraqueza individual”, mas como algo que **acontece dentro de um sistema**:

- Uma única pessoa a carregar demasiado
- Apoio insuficiente, tanto prático como emocional
- Uma pressão invisível para “dar conta de tudo” e aparentar estar bem no processo

O que eu quero que saibas é que … O cansaço não é sinal de falha.
É sinal de que **o sistema de suporte não está equilibrado**. É sinal de que **algo precisa de mudar.**
E a culpa?! Muitas vezes é apenas o eco das mensagens que ouvimos — as que dizem e definem o que é ser uma “boa mãe”. Das verdades aparentes que não correspondem à realidade.

Winnicott descreveu de forma muito bonita o conceito de “mãe suficientemente boa” - aquela que não é incansável, nem perfeita mas sim que ama, cuida, é responsiva e capaz de falhar de forma suportável. É nessa imperfeição que o filho cresce e que a mãe pode existir como pessoa inteira. O problema é que, para muitas mulheres, o sistema em que vivem não lhes permite ser apenas “suficientemente boas”: empurra-as para o impossível, cobra perfeição e castiga o cansaço com culpa.

Mas a terapia pode ajudar:
🌱 Ao validar o teu cansaço, sem o questionar e sem o julgar
🌱 Ao olhar para a culpa e perceber de onde ela vem, quem a trouxe, que sistemas contribuem para a mesma
🌱 Ao encontrar novas formas de redistribuir os cuidados e reforçar as tuas redes de apoio - também precisas de ti.

Porque ser mãe não é ter superpoderes. O que precisa de mudar não é o teu valor ou dedicação — é o sistema que te pede para seres mais do que humana.










Endereço

Rua Da Igreja 165, São João Da Madeira
Aveiro
3700-137

Telefone

+351914535252

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