TRIPAS TÊZERO AVEIRO

TRIPAS TÊZERO AVEIRO Tripas de Aveiro
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Boa tarde
04/08/2025

Boa tarde

Há coisas que me envergonham mais do que me orgulham nesta terra. E uma delas é ver como Aveiro, tantas vezes, é povoada...
24/07/2025

Há coisas que me envergonham mais do que me orgulham nesta terra. E uma delas é ver como Aveiro, tantas vezes, é povoada por gente que parece odiar tudo o que nasce cá — talvez por, no fundo, nem gostarem deles próprios.

O meu amigo teve uma ideia diferente. Inovou. Apostou no que é nosso. Pegou num vinho de excelência do Douro e decidiu estagiá-lo numa marinha de sal de Aveiro. Enterrou garrafas, esperou meses, fez análises, investiu tempo, dinheiro e alma. E sabem o que recebeu em troca de muitos conterrâneos? Gozo. Insultos. Desprezo.
Chamaram-lhe aldrabão, mentiroso, oportunista. Tudo porque ousou fazer diferente. Porque é "só" um produtor de Aveiro.
Mas se fosse um chef Michelin Portugues,francês ou nórdico, desses que fazem espuma de ostras com aroma a poeira lunar, já estavam todos a bater palmas. Já era “arte líquida”. “Conceito único”. “Experiência sensorial irrepetível”. O vinho podia custar 300€, e ainda o achavam barato.
A verdade é que há muito boa gente em Aveiro com mentalidade tão pequena que só conseguem valorizar o que vem de fora. Vivem presos ao seu próprio quintal, convencidos de que o mundo gira à volta deles. Clichés ambulantes de blazer ao ombro e nariz empinado, que se acham cultos mas mal sabem respeitar ou reconhecer o valor de quem tenta criar algo com identidade local.
Aveiro tem tudo para ser grande. Mas nunca será enquanto o maior inimigo continuar a ser o próprio aveirense que cospe em tudo o que é feito cá — só porque não foi ele a ter a ideia.
Parabéns ao produtor por não ter medo de arriscar. Por ter orgulho na terra. Por fazer diferente. E por, mesmo rodeado de invejosos e ressabiados, continuar a criar com autenticidade.
Brindo a ti. E brindo a um vinho que é verdadeiramente salgado… mas não tanto quanto a azia de quem não faz nada e odeia quem faz.

Abraço amigo
Paulo Pinheiro 🇵🇹

Hoje o meu filho faz 15 anos. O meu Jorginho. O amor da minha vida.Lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que ouvi...
22/07/2025

Hoje o meu filho faz 15 anos. O meu Jorginho. O amor da minha vida.

Lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que ouvi falar de ti.
Estávamos no consultório e o médico, a olhar para a ecografia com um sorriso no rosto, soltou a frase que mudou tudo:
“Isto tem peças a mais.”
Nunca vou esquecer. Ri-me, emocionei-me, fiquei eufórico. Vinha aí o meu menino, o meu moreninho.
O dia mais feliz da minha vida.
E acredita, filho… vieste exatamente como eu tinha sonhado.
Menino, moreno, olhos grandes, cheio de luz e paz.
Foste um bebé sereno, dormias a noite toda, nunca fizeste birras — e cresceste assim: tranquilo, amigo, gentil.
Sempre foste exemplar aos meus olhos. E aos olhos de quem te conhece também.
Quem me conhece sabe o quanto eu amo crianças. Talvez porque, cá dentro, eu também ainda seja muito menino.
E quando uma criança entra no Tezero, parece que a minha alma ganha nova vida.
Mas contigo é diferente. És mais do que criança. És parte de mim.
És a minha extensão, o meu reflexo mais puro, a melhor parte de mim.
Cresceste. Tornaste-te num jovem incrível.
Meigo, educado, rebelde q.b., com sentido de humor e uma ternura rara.
Nunca vou esquecer o dia em que, no liceu, os teus colegas te deram a menção de ser o mais divertido e o mais meiguinho.
Foi mais do que um orgulho — foi uma confirmação. És mesmo aquilo que sempre sonhei.
Durante muitos anos, por causa da minha profissão, achei que ser pai seria um sonho impossível.
Mas nunca deixei de imaginar como seria. E hoje digo com a maior certeza do mundo:
Tudo o que sonhei, ganhei. E ganhei ainda mais.
És perfeito. De verdade.
Tens um coração enorme. Um respeito pelo próximo — sobretudo pelas raparigas — que me deixa emocionado.
És maduro, responsável, e ao mesmo tempo leve e criativo. Tens um dom para a música, para a fotografia.
Sabias que das melhores fotos que vi até hoje é tua? Tinhas uns 10 anos.
Tiraste-a em cima de uma bicicleta… e em andamento. Incrível.
E ao fim destes 15 anos, ainda hoje, cada vez que entras no Tezero… eu perco o norte.
Posso estar com a casa cheia de gente, a atender, a correr de um lado para o outro — mas basta entrares para o mundo parar.
Paro tudo só para te abraçar, para te beijar

"A ausência que fala mais alto"Hoje li que Cristiano Ronaldo não esteve presente no funeral do Diogo Jota. E não me surp...
05/07/2025

"A ausência que fala mais alto"

Hoje li que Cristiano Ronaldo não esteve presente no funeral do Diogo Jota. E não me surpreendeu. Pelo contrário… comoveu-me. Porque percebo. Porque entendo. Porque já vivi algo semelhante. E porque, às vezes, o silêncio de uma ausência diz mais do que todas as palavras do mundo.
Desde que perdi o meu pai, nunca mais consegui encarar a morte da mesma forma. Não sei bem explicar porquê — talvez nem haja explicação lógica. Só sei que naquele momento, naquele dia que nunca se apaga, alguma coisa dentro de mim também morreu. Foi como se o mundo tivesse congelado. E eu com ele.
Nunca fui ao funeral de ninguém desde então… só ao da minha mãe, no ano passado. E mesmo esse foi um esforço sobre-humano. Algo dentro de mim resistia. Como se estivesse a reviver tudo outra vez. Como se voltar a estar ali fosse reabrir feridas que nunca cicatrizaram. Não fui por falta de amor — fui por excesso dele. Porque quando amamos alguém assim tanto, vê-lo partir é uma dor que não se apaga com o tempo. Só se aprende a respirar com ela.
Por isso, quando vejo pessoas a julgar o Ronaldo por não ter ido ao funeral do Diogo, só me apetece pedir silêncio. Um pouco de compaixão. Ninguém sabe o que ele sente, o que revive, o que se passa no coração de um homem que perdeu o pai e talvez nunca tenha conseguido verdadeiramente despedir-se.
A dor da perda muda-nos. Transforma-nos. Torna-nos, aparentemente, frios. Faz-nos calar quando antes falávamos. Faz-nos esconder quando antes estávamos sempre presentes. Não é fraqueza. É sobrevivência. É a forma que encontramos de continuar a viver num mundo onde já não está quem mais amávamos.
Percebo Ronaldo. Sei que, se estivesse presente, teria sido o centro das atenções. E aquele momento não era sobre ele. Era sobre o Diogo e o André. Sobre uma vida interrompida cedo demais. Sobre uma família devastada. E talvez, sabendo disso, o Cristiano quis apenas proteger o silêncio. A intimidade. O luto. E guardar para outro momento — mais discreto, mais verdadeiro — as suas palavras, o seu abraço, o seu pesar.
E eu compreendo. Compreendo porque sou igual. Porque também me tornei essa pessoa que, aos olhos dos outros, parece indiferen

Com amor, com luz… e com eterna saudade.1987A viagem levava-nos sem rumo certo, apenas com o desejo de mais uma aventura...
01/07/2025

Com amor, com luz… e com eterna saudade.

1987

A viagem levava-nos sem rumo certo, apenas com o desejo de mais uma aventura entre amigos. Foi então que, ao passar pelas Quintãs, vimos algo que nos fez abrandar: uma casa enorme, cheia de luzes, um parque a rebentar de carros. Curiosos, parámos e perguntámos uns aos outros:
"Vamos ver o que é isto?"
E fomos.
Bilhete na mão — acho que 750 escudos para os homens, 400 para as mulheres, ambas com direito a uma bebida de cápsula.
Ao entrar, fomos recebidos por um salão de bailes... mas havia ali qualquer coisa mais. Um espaço com alma, com potencial, com uma energia diferente. Lembro-me da pista dividir-se em dois lados quando começavam os slows — rapazes de um lado, raparigas do outro, muitas com as mães ao lado. Nunca tive coragem de atravessar aquele salão para pedir uma dança. O medo da nega e dos gozos dos amigos falava mais alto. Mas aquele ambiente… ficou-me cravado na memória.
Voltámos na semana seguinte. E na outra. E na outra. Com mais amigos, com mais entusiasmo, com mais certezas.
Conhecemos o gerente — o Américo, o Meco — que nos recebeu de braços abertos. Um jovem simples, humilde, de coração grande, que soube ouvir, aceitar ideias e confiar.
Foi aí que tudo começou a mudar.
Até que numa noite, já em 1989, o Meco chama-me ao escritório e diz:
> "Paulo, preciso de ti. Quero que tragas gente de Aveiro, de Águeda, do que conheceres. Quero que sejas o Relações Públicas da Estação da Luz."
O meu mundo parou.
O coração bateu mais forte.
Um miúdo com sonhos, com ideias, com garra, acabava de ser convidado para dar vida a uma casa que podia receber milhares de pessoas por noite.
Pedi-lhe uma noite para pensar. Mas a decisão estava tomada no momento em que ele me olhou nos olhos.
No dia seguinte disse-lhe:
"Meco, estou pronto para esta aventura."
Demos um abraço. Selámos um compromisso. Começou a história da minha vida.

E acreditem… foi mesmo a história da minha vida.

Revolucionámos a casa. Reformulei a segurança com o grande André e a nossa equipa. Criei sistemas de bilheteira com consumo, cartões selecionados por mim, decoração temática todas as semanas, dançarinos, luz, cor, som. Fizemos festas memoráveis:
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Boa noite
08/05/2025

Boa noite

Boa tarde🇵🇹❤️
21/04/2025

Boa tarde🇵🇹❤️

Boa noite ❤️🇵🇹
20/04/2025

Boa noite ❤️🇵🇹

Boa tarde
10/04/2025

Boa tarde

Boa tarde!❤️🇵🇹
10/04/2025

Boa tarde!❤️🇵🇹

Vou ao Dubai lançar isto e já venho!
05/04/2025

Vou ao Dubai lançar isto e já venho!

04/04/2025

A partir de amanhã vamos ter a tal do Dubai!
Venham com tempo!
Quem comeu esta disse que estava divinal, e que o crocante e o pistacho ainda é melhor do que o chocolate do Dubai!
Vamos que vamos!
Têzero. Para uma imensa minoria!🇵🇹

Endereço

Rua José Rabumba N. 6
Aveiro
3810-125

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