22/07/2025
Hoje o meu filho faz 15 anos. O meu Jorginho. O amor da minha vida.
Lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que ouvi falar de ti.
Estávamos no consultório e o médico, a olhar para a ecografia com um sorriso no rosto, soltou a frase que mudou tudo:
“Isto tem peças a mais.”
Nunca vou esquecer. Ri-me, emocionei-me, fiquei eufórico. Vinha aí o meu menino, o meu moreninho.
O dia mais feliz da minha vida.
E acredita, filho… vieste exatamente como eu tinha sonhado.
Menino, moreno, olhos grandes, cheio de luz e paz.
Foste um bebé sereno, dormias a noite toda, nunca fizeste birras — e cresceste assim: tranquilo, amigo, gentil.
Sempre foste exemplar aos meus olhos. E aos olhos de quem te conhece também.
Quem me conhece sabe o quanto eu amo crianças. Talvez porque, cá dentro, eu também ainda seja muito menino.
E quando uma criança entra no Tezero, parece que a minha alma ganha nova vida.
Mas contigo é diferente. És mais do que criança. És parte de mim.
És a minha extensão, o meu reflexo mais puro, a melhor parte de mim.
Cresceste. Tornaste-te num jovem incrível.
Meigo, educado, rebelde q.b., com sentido de humor e uma ternura rara.
Nunca vou esquecer o dia em que, no liceu, os teus colegas te deram a menção de ser o mais divertido e o mais meiguinho.
Foi mais do que um orgulho — foi uma confirmação. És mesmo aquilo que sempre sonhei.
Durante muitos anos, por causa da minha profissão, achei que ser pai seria um sonho impossível.
Mas nunca deixei de imaginar como seria. E hoje digo com a maior certeza do mundo:
Tudo o que sonhei, ganhei. E ganhei ainda mais.
És perfeito. De verdade.
Tens um coração enorme. Um respeito pelo próximo — sobretudo pelas raparigas — que me deixa emocionado.
És maduro, responsável, e ao mesmo tempo leve e criativo. Tens um dom para a música, para a fotografia.
Sabias que das melhores fotos que vi até hoje é tua? Tinhas uns 10 anos.
Tiraste-a em cima de uma bicicleta… e em andamento. Incrível.
E ao fim destes 15 anos, ainda hoje, cada vez que entras no Tezero… eu perco o norte.
Posso estar com a casa cheia de gente, a atender, a correr de um lado para o outro — mas basta entrares para o mundo parar.
Paro tudo só para te abraçar, para te beijar