16/12/2024
Viajar sem filhos é todo um tema. Achei por bem trazê-lo porque é recorrente em consulta.
Há opiniões para todos os gostos e nisto da parentalidade tenho aprendido na primeira pessoa e enquanto terapeuta, que escuta as mais profundas e honestas realidades, que não há um tamanho que sirva a todos.
Nestes 6 anos de gravidezes, partos, pós-partos, nestes quase 8 de madrastidade e 10 de clínica, sinto que o mais importante de tudo é estarmos (ou irmos estando) em paz connosco e com as nossas decisões. Sem grandes ambições de resultados concretos e seguros pois na realidade não sabemos muito bem que decisões levam a quê…
Não sabemos o que é melhor ou pior porque há coisas que são incríveis na teoria e podem trazer sofrimentos profundos pela culpa e carga que acarretam e o oposto também é verdade. Realidades que antecipamos como indesejáveis mas que resultam numa boa opção para aquele contexto.
Para nós, todos os enquadramentos são necessários nisto de tempo. A sós, a dois, com mais filhos ou menos filhos. Precisamos de todos estes diferentes momentos para nos sentirmos bem e a dar atenção a cada pedaço de nós.
Gostava que fosse mais simples mas na realidade implica muita ginástica e disciplina. Pelo menos para mim.
Agendar no calendário, programar tempo comigo, com os meus nos diversos contextos da minha vida é obrigatório e vital. De outro modo, sou engolida pelo dia a dia intenso e frenético sem muito tempo para parar, sentir e conectar.
Por aí? Pausas a solo, em casal, em família? Todas são importantes ou priorizam mais umas que outras?