16/08/2025
𝗢 𝗹𝗮𝗱𝗼 𝗻𝗲𝗴𝗿𝗼 𝗱𝗼 𝗮𝗺𝗼𝗿-𝗽𝗿𝗼́𝗽𝗿𝗶𝗼. 🌑
Sim. Senti mesmo em escrever este post. Coloco aqui muitas coisas bonitas no Instagram mas para chegar até aqui.. bom.. 😌
O amor-próprio é muitas vezes vendido como uma coisa sempre muito positiva.
“Ah.. tens de cuidar de ti, fazer escolhas bonitas, teres auto-estima, impor limites sem esforço.. sem esqueceres do amor-próprio. Esse tem de estar sempre lá sempre.” 🫂
Certo. Tudo muito bonito.
Mas a realidade é bem mais complexa.
Há um lado que quase ninguém conta:
𝟭. 𝗔 𝗰𝘂𝗹𝗽𝗮 𝗱𝗲 𝗱𝗶𝘇𝗲𝗿 𝗻𝗮̃𝗼
Quando passamos a vida a dizer “sim”, aprender a dizer “não” parece uma traição. Vem a culpa, o medo de magoar, a sensação de estarmos a falhar às pessoas. Muitas vezes, o amor-próprio exige que carreguemos esse desconforto até ele se transformar em paz.
𝟮. 𝗔 𝘀𝗲𝗻𝘀𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗲𝗴𝗼𝗶𝘀𝗺𝗼
Há momentos em que cuidar de nós implica não estarmos disponíveis para ajudar outras pessoas. Isso pode fazer-nos sentir egoístaz, mas na verdade é sabedoria. O amor-próprio é aceitar que, às vezes, amar os outros começa por não os querer salvar só para ficar bem na fotografia.
𝟯. 𝗢 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗹𝗶𝘁𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲
Muitas pessoas foram educadas a estar sempre presentes, a ser a que dá. Quando escolhemos não estar, parece que deixamos de ser “nós”. E esse vazio assusta. Mas é nele que nasce a nossa versão mais inteira, a que se ama para além do papel de cuidadora.
𝟰. 𝗔 𝘀𝗼𝗹𝗶𝗱𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗰𝗮𝗺𝗶𝗻𝗵𝗼
Muitas pessoas não entendem “não”, porque estão habituadas a uma disponibilidade constante. Vão haver muitos momentos solidão, incompreensão e julgamento.
𝟱. 𝗢 𝗽𝗿𝗼𝗰𝗲𝘀𝘀𝗼, 𝗻𝗮̃𝗼 𝗮 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗮𝗱𝗮
Amor-próprio não é um estado fixo. Não acordamos todos os dias radiantes com quem somos. É um caminho feito de quedas, culpas, dúvidas, lágrimas e, mesmo assim, a decisão de nos escolhermos.
A boa notícia é que é nesse lado sombrio que o amor-próprio se torna real, e não apenas um slogan bonito.
E para mim.. até chegar aqui foi uma m***a.
Ah.. mas valeu muito a pena.
Ama-te mais,