Qualia Uma nova psicoterapia para sentir, reflectir e criar com autenticidade – um percurso de consciência, transformação e expressão plena.

A Qualia é um espaço de inovação e colaboração, onde cada pessoa encontra a sua verdade, realiza-se e cria o bem-comum.

O AMOR QUE NOS ENSINARAM É UM CONTRATO DE MEDOpromessas de eternidade, dever e posse que escondem a vulnerabilidade de e...
08/09/2025

O AMOR QUE NOS ENSINARAM É UM CONTRATO DE MEDO
promessas de eternidade, dever e posse que escondem a vulnerabilidade de existir

Durante séculos fomos educados a acreditar que o amor era posse, dever, contrato, destino. Uma narrativa romântica que alimenta indústrias inteiras e sustenta sociedades que preferem pessoas obedientes a pessoas livres. Crescemos a ouvir que “sem amor não somos nada” e que só “seremos completos” quando alguém nos salvar da solidão. Mas quando o amor nasce da carência, ele não liberta: aprisiona.

O que tantas vezes chamamos de amor é, na verdade, dependência emocional. É a tentativa desesperada de preencher um vazio interior com a presença do outro. É a confusão entre companhia e encontro. E assim, em nome do “amor”, aceitamos silêncios que sufocam, pactos que anulam, gestos de controlo que se disfarçam de cuidado. Aceitamos viver em medo: medo de perder, medo de f**ar sozinho, medo de não valer por si próprio.

Mas o amor, na sua essência, não nasce da falta. Ele floresce quando dois seres já se reconhecem inteiros, conscientes da sua própria existência, e ainda assim decidem partilhar caminho. Amor não é precisar do outro para sobreviver. É escolher o outro, livremente, para viver.

Na Psicoterapia Generativa, vemos o quanto dói confrontar esta verdade. Dói perceber que muitas relações se sustentam mais no medo do que na presença. Dói descobrir que as histórias que nos contaram sobre “felizes para sempre” não passam de narrativas que escondem a complexidade de estar vivo. Mas é nessa dor que nasce a possibilidade da escolha real. Só quando deixamos cair as máscaras da dependência é que podemos amar de forma inteira.

Amar não é sobreviver acompanhado. É existir plenamente — e, a partir daí, abrir-se ao outro sem submissão, sem máscara, sem cálculo. O amor não é um refúgio contra o vazio, é a coragem de habitar esse vazio e, mesmo assim, estender a mão.

E talvez seja esta a maior transformação que podemos viver: compreender que o amor não nos completa, mas nos expande.

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MEMÓRIA CURTA, LUCROS LONGOSquando a indignação dura poucos dias, o oportunismo ganha anos de avançoCasa Pia. BPN. BES. ...
07/09/2025

MEMÓRIA CURTA, LUCROS LONGOS
quando a indignação dura poucos dias, o oportunismo ganha anos de avanço

Casa Pia. BPN. BES. Banif. Freeport. Submarinos. Apito Dourado. Vistos Gold. EDP. Galp. Tecnoforma. TGV. Marquês. Tancos. TAP. Camarate. Fundos comunitários desviados. Offshores. Maçonarias. Nepotismos. Pedofilias encobertas. Corrupções autárquicas. E agora… o Elevador da Glória, cujo relatório será apresentado — ironicamente — só depois das eleições autárquicas.

Todos estes nomes ecoam como fogachos de indignação, mas ardem apenas durante poucos dias. Passado o choque, volta a rotina: uns indignam-se, outros defendem “os seus”, e a maioria suspira com resignação. E é nesse vazio que o oportunismo encontra espaço para florescer. O silêncio que f**a não é inocência — é a argamassa que cimenta o mesmo ciclo.

A democracia, vendida como liberdade, foi desde a sua génese uma máquina de controlo. Um dispositivo perfeito para manter as elites em rotação, reciclando caras e discursos enquanto a estrutura permanece intocada. Mudam os nomes, repetem-se as estratégias: transformar obediência em cidadania, submissão em dever, servidão em normalidade.

A tragédia maior não é a corrupção em si — é a nossa submissão diante dela. É continuar a torcer pelos carrascos, aplaudir as encenações, legitimar programas que nunca se cumprem, acreditar em promessas que já nasceram mortas. É confundir sobrevivência com vida, propaganda com liberdade, política com destino.

Na Qualia não olhamos para isto como “notícias” ou “escândalos”: olhamos como sintomas de uma doença ontológica. Uma sociedade que esquece depressa porque tem medo de lembrar; que se indigna pouco porque tem medo de mudar; que aceita demasiado porque já não sabe dizer não.

E o mais cínico de tudo é que não é preciso repressão — basta o nosso esquecimento. Enquanto continuarmos a viver de memória curta, os lucros deles continuarão a ser longos. Até ao próximo escândalo. Até à próxima tragédia. Até ao próximo silêncio.

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HABITAR A CASA, HABITAR A MENTEmais do que arrumar, é existir em relação com o espaço que nos sustentaA frase “a casa es...
06/09/2025

HABITAR A CASA, HABITAR A MENTE
mais do que arrumar, é existir em relação com o espaço que nos sustenta

A frase “a casa espelha o estado mental” soa certeira, mas simplif**a aquilo que é vivo. Uma casa impecável pode abrigar uma mente exausta; uma casa com marcas de uso pode conter serenidade e sentido. O que importa não é a fotografia do espaço, é a relação que estabelecemos com ele. Habitar não é controlar, nem exibir perfeição. Habitar é presença. É permitir que o lugar onde vivemos seja extensão do nosso corpo e das nossas escolhas, um território onde a vida deixa sinais que queremos compreender em vez de ocultar.

Quando arrumamos para não sentir, transformamos a ordem em blindagem. Quando adiamos tudo, deixamos o caos falar por nós. Ambos são modos de fuga. O que buscamos é um ponto de verdade onde o espaço não sirva para esconder nem para impressionar, mas para acolher quem somos agora. Uma mesa com migalhas de conversas que importam vale mais do que um brilho asséptico. Uma prateleira com livros que nos transformaram diz mais do que uma decoração sem história. O essencial não é o estado das coisas, é o modo como as coisas participam na nossa vida.

Cada divisão pode ser lida como linguagem: a cozinha como cuidado, a sala como encontro, o quarto como descanso, o corredor como passagem entre épocas de nós. Há gavetas que guardam memórias que precisam de ritual de despedida, há paredes que pedem luz, há objetos que já não pertencem ao nosso presente e ocupam espaço por medo de escolher. Habitar é decidir o que f**a porque nos mantém verdadeiros e deixar partir o que apenas conserva versões antigas do que fomos. Não é manicura doméstica, é responsabilidade pelo nosso próprio lugar no mundo.

Cuidar assim não é tarefa mecânica, é gesto ontológico. Abrir janelas para que circule ar, escolher um canto de silêncio para escutar, criar um espaço comum onde as relações possam respirar sem máscaras, preparar uma refeição como quem sustenta, tudo isto não são detalhes decorativos, são práticas de existência. Quando o espaço se torna coerente com o que sentimos e com o que precisamos, a casa não nos vigia nem nos acusa, acompanha-nos. E é nesse acompanhamento que a mente encontra chão.

A casa não tem de ser perfeita, tem de ser habitada com verdade. Quando o dentro e o fora deixam de se usar um ao outro para fugir, começa a aparecer a vida que se pode viver com mais inteireza. Arrumar ou deixar como está deixa de ser uma guerra de estilos e passa a ser um compromisso com a Realidade que somos hoje. E isso, quase sempre, muda mais do que pensamos.

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QUANDO DIZEM QUE A PSICOTERAPIA É "APENAS UMA OPINIÃO"a confusão entre a verdade interior e a insegurança projectadaVive...
05/09/2025

QUANDO DIZEM QUE A PSICOTERAPIA É "APENAS UMA OPINIÃO"
a confusão entre a verdade interior e a insegurança projectada

Vivemos rodeados de opiniões. Todos têm algo a dizer, um conselho rápido, uma certeza herdada, uma frase feita que parece encaixar em qualquer situação. É natural: as opiniões dão a sensação de controlo, de pertença, de estarmos em pé de igualdade com os outros. Mas existe uma diferença essencial entre opinar e mergulhar na própria verdade.

A psicoterapia não é uma opinião. É um processo de encontro, de revelação, de confronto com o que muitas vezes tentamos esconder até de nós mesmos. É um espaço onde não se trata de ter razão, mas de aceder ao que é real. Ainda assim, quando alguém olha para este trabalho e diz “isso é apenas a vossa opinião”, o que emerge não é uma crítica à psicoterapia — é um reflexo do lugar interior de onde essa pessoa fala.

Muitas vezes, esta frase funciona como um escudo. É a voz de quem se sente ameaçado por uma mudança que não compreende, por uma transformação que não domina. É, muitas vezes, a compensação de um complexo de inferioridade: se não consigo sustentar a coragem de olhar para dentro, relativizo o caminho do outro, rebaixo-o a mera opinião. É mais fácil do que admitir que existe em mim um vazio ainda não tocado.

Na Psicoterapia Generativa da Qualia não lidamos com opiniões. Lidamos com presenças, com histórias de vida, com dores e esperanças que pedem expressão. Não oferecemos dogmas nem soluções rápidas. Ajudamos cada pessoa a tornar-se inteira, a sustentar-se no real, a descobrir a autenticidade que não precisa de aplauso nem aprovação.

Por isso, quando alguém diz “isso é só a vossa opinião”, não fala de nós. Fala do que ainda não suporta ver em si mesmo. Porque a psicoterapia não é uma ideia para concordar ou discordar. É uma experiência viva — e essa não se opina, vive-se.

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ELEVADOR DA GLÓRIA: APURADAS AS CAUSAS FICTÍCIAS DO ACIDENTEe, como sempre, o culpado chama-se Zé Carlos, um gajo fictíc...
04/09/2025

ELEVADOR DA GLÓRIA: APURADAS AS CAUSAS FICTÍCIAS DO ACIDENTE
e, como sempre, o culpado chama-se Zé Carlos, um gajo fictício

O caso está resolvido. O acidente do Elevador da Glória já tem culpado. Não é a Carris, que lucra com um brinquedo turístico envelhecido e mantém a cidade a fingir que está tudo bem. Não são os directores, que há décadas assinam contratos e relatórios que garantem “segurança exemplar”. Não são os políticos, que transformaram Lisboa numa feira permanente de rendas curtas e lucros rápidos.

Não. O culpado é o Zé Carlos, um gajo fictício. O homem que, em 2022, fez a manutenção com as próprias mãos, seguiu os manuais, preencheu a checklist, assinou a folha e carimbou com a sua melhor letra. O homem que apertou os parafusos, verificou os cabos, anotou as datas, entregou tudo em conformidade. Cumpriu cada regra, cada norma, cada burocracia que lhe pediram.

E há mais: foi a própria direcção da Carris que já veio dizer que a culpa não é deles, mas sim da empresa contratada para a tarefa — a tal empresa que aparece de quatro em quatro anos, passa um dia inteiro a inspeccionar, assina o relatório, recebe o cheque e desaparece até ao próximo ciclo. Aliás, contam que nessa altura o Zé Carlos, um gajo fictício, ainda perguntou ficticiamente: “Quatro em quatro anos? Não será melhor encurtar o prazo?” Ao que lhe responderam: “Não, Zé Carlos, um gajo fictício! Quatro em quatro anos é mais que suficiente. F**a descansado — já andamos nisto desde 1872.”

E é precisamente por isso que o Zé Carlos, um gajo fictício, é perfeito. Porque fez tudo. Porque fez bem. Porque fez como mandaram. Porque, neste país, cumprir a sua obrigação não é prova de profissionalismo — é o álibi ideal para os que nunca respondem.

Assim, a tragédia ganha solução. O público f**a descansado: a culpa não é da estrutura, nem da negligência, nem da cultura do “deixa andar”. A culpa é do Zé Carlos, um gajo fictício, que trabalhou em 2022. A vida continua, a máquina continua, o turismo continua. Mas sem problemas... a próxima inspecção vai ser em 2026.

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DIA DO PSICÓLOGO — UMA CIÊNCIA QUE SE ESQUECEU DA SUA MISSÃOainda presa a diagnósticos e protocolos, quando deveria ser ...
04/09/2025

DIA DO PSICÓLOGO — UMA CIÊNCIA QUE SE ESQUECEU DA SUA MISSÃO
ainda presa a diagnósticos e protocolos, quando deveria ser guardiã da boa pessoa e da boa sociedade

Hoje é o dia do Psicólogo. Mas não é fácil celebrar quando sabemos que esta ciência, que nasceu para olhar a alma humana, se foi transformando numa técnica de contenção. A Psicologia habituou-se a medicar, a atenuar, a adormecer. Tornou-se uma ciência da adaptação — “como voltar a funcionar”, “como ser produtivo outra vez” — esquecendo-se da pergunta maior: o que é viver?

Se a Psicologia é a ciência da intenção humana, deveria ser a primeira a proteger a integridade da Boa Pessoa e da Boa Sociedade. Mas ao invés, ficou enredada nos sintomas individuais e perdeu de vista o quadro maior. Ao mesmo tempo que classif**ava ansiedades e depressões, deixava passar despercebidos os maiores sintomas colectivos: sociedades doentes, lideradas por doentes ainda maiores, que não sabem cuidar.

E aqui está o paradoxo mais doloroso: os que mais precisariam de ser avaliados na sua capacidade de amar, de respeitar, de cuidar — os que decidem sobre vidas, recursos e futuros — nunca foram questionados. Os lugares de poder estão cheios de almas não trabalhadas, de consciências que nunca foram confrontadas com o peso do que é existir em verdade. E a Psicologia, que podia ser guardiã, ficou em silêncio.

Por isso, hoje não basta agradecer aos psicólogos. Hoje é dia de lembrar que precisamos de uma Psicologia que não se limite a arrumar pessoas em categorias, mas que se atreva a olhar de frente para a existência. Que reconheça que o sofrimento não é só químico nem individual, mas também social, cultural, político, ontológico. Que entenda que não há saúde mental possível numa sociedade desumana.

Um psicólogo não pode ser apenas um técnico que reduz sintomas. Precisa de ser presença que desperta, que acompanha o caminho duro da consciência, que sustenta quando é mais fácil desistir. Precisa de ser alguém que acredita que cada pessoa pode ser mais inteira, mais livre, mais capaz de não se submeter às prisões do medo, da ignorância ou do poder.

Porque a missão não é apenas ajudar a viver melhor dentro de um sistema doente. A missão é contribuir para que possamos transformar esse sistema — começando pelo único lugar onde a mudança é real: dentro de cada ser humano.

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ELEVADOR DA GLÓRIA: QUANDO O DINHEIRO VALE MAIS DO QUE A VIDAa cidade-cenário finge estar inteira, mas por trás acumula ...
03/09/2025

ELEVADOR DA GLÓRIA: QUANDO O DINHEIRO VALE MAIS DO QUE A VIDA
a cidade-cenário finge estar inteira, mas por trás acumula negligência e morte

Dinheiro, dinheiro, dinheiro. É a palavra que ecoa em cada decisão que transformou Lisboa numa montra turística, numa cidade-cenário feita para o olhar de quem passa, não para a vida de quem nela habita. O Elevador da Glória caiu, não apenas porque um cabo cedeu, mas porque uma cultura inteira se habituou a acreditar que basta parecer estar tudo bem.

A manutenção “cumprida”, a revisão “assinada”, a certif**ação “em ordem”. No papel, tudo certo. Na vida, tudo errado. Porque cuidar nunca foi prioridade. O que importa é manter a engrenagem a girar, enquanto os turistas sobem e descem para fotografar a vista. A máquina da cidade não se move por responsabilidade, move-se a dinheiro.

Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Vidas humanas reduzidas a estatística, tragédias tratadas como notas de rodapé, relatórios servindo de desculpa para esconder a realidade. O que aconteceu no Elevador da Glória não é acidente: é consequência. É o resultado da soma entre lucro desenfreado e a velha cultura portuguesa do “deixa andar”.

O mais cínico é que esta engrenagem sobrevive porque fingimos acreditar. Fingimos que a cidade é moderna, que o turismo é progresso, que a manutenção é feita, que a responsabilidade existe. Fingimos que tudo está bem. E cada fingimento custa-nos mais caro.

A Carris e os seus diretores não podem continuar a fingir. Precisam prestar contas. Não contas técnicas, mas contas humanas. Não justif**ações em relatórios, mas explicações diante das famílias que perderam, diante da cidade que chora. Porque não se trata de um falhanço isolado. Trata-se da prova de que, quando a vida é secundária, a morte torna-se inevitável.

O Humanismo está de luto em Portugal. E não por acaso. Está de luto porque escolhemos lucro em vez de cuidado, espetáculo em vez de verdade, dinheiro em vez de vidas. O Elevador da Glória não é apenas um transporte que caiu. É um símbolo de um país que insiste em adiar a responsabilidade.

Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Mas o preço desta vez foi pago em vidas humanas. E já não há fotografia de postal que esconda o vazio desta glória.

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NO ELEMENTO HUMANO DE ONTEM À NOITE: AS AUSÊNCIASUma reflexão sobre o peso da falta dos pais, as presenças incompletas e...
03/09/2025

NO ELEMENTO HUMANO DE ONTEM À NOITE: AS AUSÊNCIAS
Uma reflexão sobre o peso da falta dos pais, as presenças incompletas e a possibilidade de transformar o vazio em presença

Ausência não é apenas a falta de quem nunca esteve. É também a presença incompleta: estar fisicamente e não estar disponível, estar ao lado mas desligado, estar ocupado com tudo menos com o vínculo que pede cuidado. As ausências proximais — o pai que chega tarde, a mãe absorvida pelo trabalho, o ser deixado em casas de outros, em creches ou em ATLs — deixam marcas invisíveis mas fundas. Não são só memórias, são formas de estar que se repetem e se inscrevem no modo como hoje confiamos, cuidamos e amamos.

Cada partilha revelou como carregamos essas marcas no presente: nas relações que tentamos construir, nos silêncios que mantemos, nos gestos que falham. E também como criamos ausências nos que dependem de nós — filhos, companheiros, amigos, família — mesmo sem intenção. Há ainda a ausência mais íntima: a de nós em nós próprios. Quando deixamos para trás projectos, buscas e visões que davam sentido, e perdemos o eixo que poderia sustentar todas as outras presenças.

A reflexão deixou claro que as ausências não são acidentes isolados do passado. São experiências vivas que se prolongam, que se repetem se não forem olhadas, que nos pedem coragem de reconhecer o vazio que carregamos e o vazio que geramos. E apenas uma resposta pode transmutar esse peso: a Presença. Não uma presença ideal ou perfeita, mas uma presença inteira. Estar, com verdade. Sustentar, mesmo quando é difícil. Repetir o gesto mínimo, mas real.

Assim, o encontro não se fechou em co***lo fácil... abriu no essencial: cada ausência que herdámos ou criámos pode ser atravessada por uma escolha de presença — aqui, agora, com humanidade.

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EDUCAÇÃO É VIDA A GERAR VIDAe enquanto a confundirmos com “escolarização”, sacrif**amos a singularidade de cada ser vivo...
01/09/2025

EDUCAÇÃO É VIDA A GERAR VIDA
e enquanto a confundirmos com “escolarização”, sacrif**amos a singularidade de cada ser vivo

Educar não é um método, nem uma disciplina, nem um conjunto de teorias encapsuladas em departamentos das chamadas “ciências da educação”. Educar é um processo natural, emergente, ontológico: acontece sempre que a vida se expressa, sempre que um ser — humano, animal ou vegetal — se abre ao mundo e aprende a habitá-lo em relação. O acto de educar é tão antigo quanto a própria existência — é olhar, repetir, errar, experimentar, dialogar com o que já está e com o que ainda não existe.

Quando reduzimos “Educação” a “escolarização”, matamos essa essência. Transformamos o processo vivo em currículo, o vínculo em avaliação, a curiosidade em conformidade. A escola moderna, tal como a conhecemos, nasceu para disciplinar corpos, preparar trabalhadores e domesticar cidadãos. E continua, até hoje, a perpetuar essa função: alinhar as pessoas com um sistema, em vez de libertar a potência singular de cada uma.

Não é por acaso que falamos de “sistemas de ensino”. Porque é de sistemas que se trata — máquinas que nivelam, formatam e produzem sujeitos adaptados, mas muitas vezes profundamente desconectados de si mesmos. Chamam a isto “Educação”. Mas é apenas reprodução de padrões, muitas vezes vazios, que já não servem os desafios do nosso tempo.

Educação verdadeira não cabe em manuais de pedagogia, nem em fórmulas pré-fabricadas. Educar é gerar consciência, responsabilidade, criatividade e presença. É acompanhar o nascimento contínuo de cada ser vivo no seu encontro com o mundo. É aceitar que aprender não é acumular dados, mas criar sentido.

É aqui que falamos de Educação Generativa: uma educação que não impõe moldes, mas gera possibilidades. Que não adestra, mas desperta. Que não limita, mas expande. Que vê cada pessoa, cada forma de vida, não como recipiente a encher, mas como fonte em potência. Uma educação que acontece em casa, na rua, no trabalho, nas relações, em cada espaço onde o vivo se encontra consigo e com os outros.

Educar é, antes de mais, não atraiçoar a vitalidade de quem aprende. Não é transformar seres em produtos finais, mas permitir que se tornem inteiros, na sua singularidade. Se quisermos um futuro diferente, não precisamos de mais departamentos das chamadas “ciências da educação” — precisamos de devolver à Educação o que sempre lhe pertenceu: a vida, a relação e a ontologia do existir.

Educação Generativa não é uma opção pedagógica. É uma necessidade humana. Se quisermos preservar a dignidade da vida e o futuro da humanidade, teremos de reaprender a educar para além dos sistemas. Educar não é produzir. Educar é gerar vida.

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PSICOTERAPIA GENERATIVA: UM TRABALHO VIVO PARA VOLTAR A SER QUEM SE Éum processo de presença, verdade e responsabilidade...
31/08/2025

PSICOTERAPIA GENERATIVA: UM TRABALHO VIVO PARA VOLTAR A SER QUEM SE É
um processo de presença, verdade e responsabilidade — adaptado à pessoa e ao instante

Vivemos com pressa, com muito ruído e pouca escuta, com muita informação e pouco sentido, e é neste cenário que a Psicoterapia Generativa da Qualia se afirma como um lugar raro onde a pessoa volta a ser centro — não como conceito, mas como prática diária de presença, pensamento e cuidado; um espaço para abrandar, respirar, olhar para dentro com honestidade e recolocar a vida no seu eixo, sem atalhos, sem máscaras e sem coreografias.

Chamamos-lhe generativa porque o processo nasce do encontro real entre quem procura e quem facilita e vai-se co-criando em tempo real a partir do que é verdadeiro agora — começamos numa escuta profunda e ética, clarif**amos o que importa, trabalhamos linguagem para nomear com precisão, abrimos espaço à criatividade quando ela abre caminho, escrevemos, desenhamos mapas internos, treinamos conversas difíceis, damos lugar ao corpo, ao silêncio e à respiração, afinamos a consciência para distinguir reacção de escolha, alinhamos valores e fronteiras para que o dentro e o fora deixem de se combater e, passo a passo, cuidamos das relações onde a vida realmente acontece.

A base é Humanista e Existencialista com raiz Ontológica — olhamos o ser humano inteiro, em relação com o tempo, o corpo, a linguagem e os outros, porque existir não é uma ideia, é um exercício concreto de liberdade responsável; por isso este trabalho pede coragem para encarar o que dói, maturidade para sustentar o desconforto sem fugir e responsabilidade para decidir quando nenhuma solução é perfeita e, ainda assim, a vida pede um gesto claro.

Trabalhamos com pessoas, casais e famílias, com equipas e entidades, sempre com a mesma pergunta de fundo — que vida é que cada um quer habitar quando deixa cair a performance e assume a sua verdade; às vezes é aprender a dizer não sem agressão e a dizer sim com presença, outras vezes é reparar um vínculo sem submissão, reorganizar prioridades para que o que é essencial não continue adiado, ou simplesmente recuperar o centro para que trabalho, casa e afectos deixem de ser sobrevivência e voltem a ser vida com sentido.

Na Qualia, este é o compromisso: sustentar um processo sério, humano e profundamente adaptativo para que boas pessoas possam tornar-se melhores pessoas — mais conscientes de si, mais presentes com os outros, mais alinhadas com o que é verdadeiro.

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POLÍTICA: A MÁQUINA QUE DESTRÓI A VIDA ENQUANTO O POVO APLAUDEa arte de transformar a servidão em cidadania, e fazê-la p...
31/08/2025

POLÍTICA: A MÁQUINA QUE DESTRÓI A VIDA ENQUANTO O POVO APLAUDE
a arte de transformar a servidão em cidadania, e fazê-la parecer escolha

A política nunca nasceu para cuidar da polis. Desde o início foi um instrumento para domesticar a multidão, organizar o caos e garantir que o poder de poucos se sustentava sobre a submissão de muitos. A palavra “democracia” nunca significou participação plena, voz livre ou liberdade de todos. Significou apenas um círculo restrito, um clube fechado onde alguns decidiam e os outros aceitavam, convencidos de que estavam incluídos.

Século após século, regime após regime, o mesmo mecanismo repetiu-se com novas máscaras: impérios, monarquias, parlamentos, repúblicas. O que nunca mudou foi a lógica — transformar obediência em virtude, submissão em cidadania e resignação em dever. A multidão acredita que participa, mas na verdade apenas alimenta o mesmo ciclo de exploração e exclusão.

O mais trágico é que o condenado a sofrer pelas decisões continua a torcer pelo seu carrasco. Aplaude discursos, vota em programas que sabe que nunca se cumprem e legitima líderes que prometem mudança mas apenas preservam o equilíbrio da sua própria tribo. Já não vemos que qualquer político, de qualquer cor ou partido, é agente do mesmo mecanismo: poder concentrado, interesses próprios e controlo de massas.

E o espetáculo mantém-se porque acreditamos nele. Porque ainda cedemos. Porque continuamos a chamar “liberdade” à ilusão de escolher entre versões diferentes da mesma mentira. Porque aceitamos que a nossa vida, o nosso tempo e o nosso futuro sejam negociados como moeda de troca em gabinetes que desconhecem o peso real da existência.

Um dia, quando a cortina cair de vez, veremos que a política nunca foi resposta. Sempre foi parte do problema. E nesse instante, talvez o mais livre da humanidade, deixaremos de precisar de lhe chamar cidadania. Chamaremos apenas presença.

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O PESO INVISÍVEL DE TER DE AGUENTARquando a vida nos pede mais do que o que conseguimos darA vida em sociedade ensinou-n...
31/08/2025

O PESO INVISÍVEL DE TER DE AGUENTAR
quando a vida nos pede mais do que o que conseguimos dar

A vida em sociedade ensinou-nos a suportar em silêncio. Carregar o que não se diz, aceitar o que não se aguenta, sorrir quando dentro há colapso. É o peso de ser sempre forte, sempre presente, sempre funcional — mesmo quando o corpo estremece, quando a alma pede pausa, quando a consciência já sabe que este não é o caminho.

Mas na Qualia sabemos: existir não é resistir até rebentar. O humano não nasce para ser máquina, nem para ser depósito de exigências alheias. O humano nasce para ser presença inteira. O Humanismo recorda-nos que cada pessoa tem valor incondicional, não pelo que aguenta, mas pelo que é. O Existencialismo mostra-nos que a grandeza não está em negar o sofrimento, mas em enfrentá-lo com dignidade e transformá-lo em sentido. E a Ontologia convida-nos a perguntar: que vida é esta, se existir se confunde apenas com aguentar?

Na Qualia, é este caminho que sustentamos: o de transformar o peso invisível em consciência, o de devolver ao ser humano a liberdade de escolher não só resistir, mas existir com autenticidade. Porque não basta sobreviver — é preciso aprender a viver com verdade.

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Visão e Missão

A única agência portuguesa de desenvolvimento estratégico centrado na pessoa e no seu desenvolvimento orientado para o bem-comum. Facilitamos processos que potenciam as competências humanas, criativas e disruptivas, nas entidades individuais, públicas ou privadas com as quais colaboramos, gerando uma transformação profunda nos seus valores, na sua cultura e nos seus processos de interacção com o mundo.