Márcia Arnaud - Psicóloga Clínica

Márcia Arnaud - Psicóloga Clínica Psicóloga Clínica | Crianças, Adolescentes e Adultos
Somos emoções. Vamos senti-las e pensar s

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09/07/2025

INICIO
começo sempre as minhas primeiras consultas com esta pergunta. quer o foco seja a criança ou o próprio adulto, a primeira pergunta é sempre aberta e de convite à partilha do que os levou até mim.

nos meus processos terapêuticos o foco é sempre o individuo. trabalhar com pessoas e não com caixinhas. é abrir o olhar e não fechá-lo. é olhar para dentro de quem tenho à minha frente e, em conjunto, irmos legendando o que vamos encontrando. criando ligações e observando padrões. eliminando os obstáculos que fazem com que não se sinta bem. e, em ultima análise, promover o amadurecimento.

juntos, somos detetives com um faro apurado. somos tradutores que vão aprendendo cada língua à medida que vão trabalhando. somos caçadores de borboletas, à procura da esperança que ainda persiste. somos por inteiro, numa nova relação que se procura que seja diferente de todas as outras.

é isto que aqui podem encontrar, neste trabalho conjunto 💛

ontem tive o privilégio de fazer parte da apresentação do novo livro da .lopes.fam , ilustrado pela Daniela da página .g...
16/02/2025

ontem tive o privilégio de fazer parte da apresentação do novo livro da .lopes.fam , ilustrado pela Daniela da página .garatujas. não podia agradecer mais o convite para poder trazer para a realidade aquilo que adoro fazer aqui nas redes: falar dos livros infantis e daquilo que podemos pensar com e através deles.

foi uma conversa muito fluida, dinamizada pela Andreia da .editora na qual cruzámos as intenções da Celina, o corpo dado a esses medos pelas mãos da Daniela, aquilo que a psicologia sabe sobre o tema e as opiniões e dúvidas dos mais pequenos e graúdos da plateia.

numa estreia no mundo das apresentações de livros infantis ficou a certeza de como adoro falar de livros e do ser humano. sobre este livro infantil em especifico, vou falar mais dele durante este semana. hoje, passei só para agradecer por esta experiência ❤️

No próximo sábado, dia 15 de de fevereiro, às 15h, vamos estar no Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva a apres...
13/02/2025

No próximo sábado, dia 15 de de fevereiro, às 15h, vamos estar no Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva a apresentar "Os Monstros". Juntamente com a Celina Lopes, a autora deste livro, vamos falar sobre os monstros que vivem nas nossas cabeças. Quem vem ouvir a história e conhecer "Os Monstros"? A entrada é livre.

o ano começa com uma novidade: uma pequena formação.esta formação terá uma abordagem emocional ao bullying, aprofundando...
09/01/2025

o ano começa com uma novidade: uma pequena formação.
esta formação terá uma abordagem emocional ao bullying, aprofundando os estilos de vinculação tendenciais dos agressores e das vitimas, e utilizando-os para pensar a atitude de quem trabalha com estas dinâmicas .

se conheces professores ou outros técnicos da saúde e da educação que podem estar interessados, partilha este link:
https://docs.google.com/forms/d/1C7FD7l2gzn05O6QKtg3-VkQYjv5MkfeC9n5oi5XUMyQ/edit

O PROBLEMA É O USO QUE FAZEM DELESpensar a questão dos ecrãs, e tentar escrevê-la em várias pequenas reflexões, é um des...
07/11/2024

O PROBLEMA É O USO QUE FAZEM DELES

pensar a questão dos ecrãs, e tentar escrevê-la em várias pequenas reflexões, é um desafio exaustivo. esta questão, como a maioria das questões relacionadas com o ser humano, é muito complexa, tendo uma multiplicidade de fatores associados, de variáveis que têm de ser tidas em contas e de excepções que não podem ser esquecidas.

hoje partilho mais uma reflexão, mais uma que não tem em conta todo e qualquer varável e excepção, mas que ainda assim me parece pertinente. esta é uma reflexão que pretende olhar para dentro das crianças pequenas (sem neurodivergências) e tentar perceber o que está a falhar na realidade para o virtual ser tão aliciante.

claro que todos os aspetos que tornam estes dispositivos viciantes e atraentes pertencem ao domínio do real, mas não será aquilo que o acontece dentro das nossas crianças que as leva a pegar nestes aparelhos, tão ou mais importante do que criar limites que as policiam?

retomando o pensamento, não conseguindo dar sentido ao que se passa nas suas mentes e não havendo quem esteja disponível para as ajudar a fazê-lo, as nossas crianças vão querer fugir de ser invadidas por tudo o que vai dentro de si e vão para fora, de preferência para o que as levar para mais longe de si possível. os ecrãs fazem este papel na perfeição!

que consequências terá?
lê o artigo completo aqui

https://www.marciarnaud.com/l/talvez-seja-o-enquanto-que-faz-as-nossas-criancas-pegar-nos-ecras/?fbclid=PAY2xjawGZgLxleHRuA2FlbQIxMAABpra3cPijh_W3otX2T65a1IdrZj_EcRlly5f4I_PmAUcJ511shH2OLJORgQ_aem_1MVOseInsrD4hKukVHgOuA

o que será que acontece se olharmos para dentro das nossas crianças pequenas e tentarmos perceber o que está a falhar na realidade para o virtual ser tão aliciante? claro que todos os aspetos que tornam estes dispositivos viciantes e atraentes pertencem ao domínio do real, mas não será aquilo...

DESABAFOesta tem sido uma questão que me tem atormentado nos últimos tempos. quais os limites da nossa cidadania? entre ...
15/10/2024

DESABAFO

esta tem sido uma questão que me tem atormentado nos últimos tempos. quais os limites da nossa cidadania? entre marido e mulher já está mais do que desconstruída a ideia de que não se mete a colher. mas, e entre pais, podemos intervir na educação dos seus filhos? qual o nosso papel enquanto cidadãos (não enquanto profissionais!)?

tomando como ponto de partida a publicação anterior, todos temos o potencial de nos tornarmos figuras de referência para alguém. com que responsabilidade levamos esse papel? será que temos consciência do nosso impacto? da forma como sobrinhos, filhos de amigos, primos, alunos ou colegas olham para nós?

talvez não tenhamos o direito de julgar a parentalidade dos outros. talvez não tenhamos o direito de dar conselhos não solicitados. talvez não tenhamos o direito de obrigar os outros a fazer da nossa forma. mas será que não temos o direito de fazer diferente? de ser diferentes? não podemos mudar a parentalidade de quem não quer mudar, mas podemos mudar a nossa atitude na sua presença. podemos ser o exemplo do que achamos que ser importante. podemos seguir-nos pelos valores que achamos importantes. podemos conversar sobre os temas que achamos importantes. podemos responder de formas que achamos importantes. podemos ser tudo aquilo que achamos que precisam e esperar que bebam de nós, adultos e crianças, o que necessitam.

claro que existe o limite da segurança, da negligência e do abuso. mas fora destes parâmetros, parece que trememos todos na hora de sermos diferentes e exigimos de peito cheio mudanças que não sei se são nossas para exigir...

de coração aberto a pensar sobre este tema, ainda com muitas incertezas, mas com muita vontade de discutir.

saúde mental não é a ausência de doença. então afinal o que é a saúde mental? ter saúde mental é ter a capacidade de con...
10/10/2024

saúde mental não é a ausência de doença. então afinal o que é a saúde mental?

ter saúde mental é ter a capacidade de construirmo-nos e nos reconstruirmos a todo o instante. é aceitarmos aquilo que acontece dentro de nós, sem tentar mudá-lo, mas tentar compreendê-lo. é sabermos os limites de nós próprios e sermos capazes de os exercer. é aceitarmos a mudança que é a vida e acompanharmos o nosso próprio crescimento. é olhar a nossa história e reconhecê-la dentro de nós. é pegarmos em todas as ferramentas que temos e criativamente lidar com nossa experiência pessoal e relacional. ter saúde mental é termos a capacidade de viver as novas experiências do dia-a-dia, conseguindo olhar para fora e para dentro simultaneamente.

mais, a Dra. Teresa Ferreira diria que "a saúde mental seria a aceitação das diferenças, a capacidade psíquica de fazer lutos, perder um passado como preço do prazer por descobrir o novo, numa dialética de mudança entre o que fomos e o que vamos ser"

tudo isto é essencial, a crianças e adultos, porque não há saúde sem saúde mental. se se espera que os adultos estejam mais aptos para viver em pleno quem são, espera-se que as crianças se apoiem nos seus para poderem viver com saúde mental, para se inspirarem e para se guiarem nas dificuldades da sua vida.

SER PSICOLÓGO ontem tive o prazer de ser convidada por esta colega, que admiro muito, a ir conversar com a turma do terc...
03/10/2024

SER PSICOLÓGO
ontem tive o prazer de ser convidada por esta colega, que admiro muito, a ir conversar com a turma do terceiro ano do curso de psicologia da Universidade Lusíada de Lisboa sobre o percurso do psicológo.

fui como representante da clínica infantil. levei a responsabilidade de ser a cara de uma área da psicologia (que ainda não é uma especialidade! ) que me apaixona nos ombros. não houve tempo para ligar teoria à prática porque estavam sedentos de prática.

os cursos continuam a ser muito teóricos e há poucas janelas abertas para o dia-a-dia do psicológo. as dúvidas e curiosidades eram muitas. tentei trazer a realidade, ajudá-los a gerir expetativas para o mundo real dos psicológos. havia tanta coisa para partilhar e tão pouco tempo. queria falar das crianças, da ludoterapia, da psicanálise, queria recomendar leituras e promover discussões.

não deu para tudo, mas deu para perceber que existe uma geração de futuros psicológos empenhados e dedicados a crescer e a fazer melhor e isso enche-me de esperança ✨️

as leituras do verão do clube foram dedicadas às temáticas da velhice. na tradicional discussão mensal sobre os livros d...
18/09/2024

as leituras do verão do clube foram dedicadas às temáticas da velhice. na tradicional discussão mensal sobre os livros do mês, surgia-me constantemente em ideia as nossas dificuldades em cuidar do outro na dependência, tanto na primeira infância como na velhice.

parece que, quando entramos em contacto com a dependência, há algo em nós que muda. parece que crescemos em comparação com o ser-dependente à nossa frente. parece que crescemos de tal forma que engolimos o outro e este consegue apenas viver na nossa sombra.

talvez possa parecer injusta a minha percepção, mas continuo a sentir que na dependência, o outro parece deixar de existir para nós. parece que ninguém está interessado em saber se está a comer a fruta que lhe apetece ou se queria o prato cheio. ninguém se questiona se têm fome sequer para comer, simplesmente porque é a hora da refeição. ninguém parece querer saber se hoje preferia vestir calções e não calças, porque se para nós está frio, certamente também sentirão.

são tantos os exemplos em que bebés, crianças e velhos se encontram. onde o inicio e o fim se cruzam na transparência que lhes é conferida. como se não tivessem espessura. não tivessem desejos, vontades e necessidades que são só suas. como SER não houvesse verdadeiramente espaço para ser na dependência, como se SER dependente anulasse a sua existência.

reconheço, no entanto, que o caminho com os bebé e as crianças tem feito evoluções notórias. os bebé e as crianças têm cada vez mais voz. mas, e com os velhos? porque é tão difícil dar-lhes a voz que outrora tiveram?

se tiverem curiosidade, as leituras que propusemos para os meses de julho e agosto no .clube foram: E se eu morrer amanha?, A Natureza da mordida e Misericórdia.

QUEM PROTEGE QUEM AFINAL?dentro das nossas crianças não ficam dúvidas, ficam vazios. dentro das nossas crianças não estã...
10/09/2024

QUEM PROTEGE QUEM AFINAL?
dentro das nossas crianças não ficam dúvidas, ficam vazios. dentro das nossas crianças não estão questões por responder, estão questão por formular. existem sensações às quais não conseguem dar qualquer sentido. angústias que tomam como suas, sem saberem que não o são. medo que as corroem, bloqueiam e inibem, sem qualquer explicação.

um mundo de não entendidos. uma vivência coberta de nuvens difusas que pairam sobre si sem lhes conseguirem fugir. um conjunto de comportamentos que parecem mais fortes do que elas próprias. uma série de sintomas que vão surgindo aqui e ali e que sinalizam algo que não conseguem desvendar.

há uma certeza estranheza que lhes é familiar. uma sensação de que há algo que não está bem que está errado. há uma urgência de silêncio, para não levantarem poeira sobre uma superfície que parece demasiado frágil para suportar o seu peso. por isso calam-se. fecham a sua curiosidade caraterística e protegem os frágeis, que deviam ser eles mas que, aqui, não o são.

porque há um mundo de silêncios que lhes é vedado. um mundo de não-ditos que se cristalizaram nas nuvens difusas que lhes pairam a mente e que lhes influencia cada passo. um mundo que não pode ser explorado. perguntas que não nos podem ser feitas. histórias que não lhes podem ser contadas, na esperança que se percam nos confins da mente, empoeiradas e desgastadas.

esquecemo-nos, no entanto, que tudo aquilo que não tem expressão na palavra, emerge de outras formas. esquecemo-nos que por muito que hajam histórias que queremos enterrar, elas fazem parte de nós, da nossa vida e, por isso, da das nossas crianças.

não é o silêncio que protege da dor, são as palavras. é o falar sobre a dor que a apazigua e lhe confere novos significados.

o mês de Setembro tem sabor de viragem. um mês cheio de recomeços, mas também de continuadades. há novos horários a cria...
02/09/2024

o mês de Setembro tem sabor de viragem. um mês cheio de recomeços, mas também de continuadades.

há novos horários a criar, novos puzzles para todos conseguir encaixar. há novos materiais a comprar, novas plasticinas novas bolas de futebol 😅 há novas pessoas a conhecer, novos adultos, novas crianças e novas famílias. novas formações que já ando a namorar e novos projetos já a borbulhar...

mas também há muito que ficou suspenso e que agora seguirá o seu rumo. muitas horas de estudo e formações, que o cérebro já não teve mais capacidade para acompanhar. leituras que se quer, finalmente, terminar. pessoas com quem viajo junto há meses ou anos e que, agora, continuaremos a navegar. uma marca e uma identidade profissional que continuarei a construir e a trabalhar para evoluir.

feliz ano novo a todos! 💛

DE OLHAR NAS FÉRIASenquanto contemplo e desejo a chegada das tão aguardadas férias, recordo que o cansaço que sinto a ch...
31/07/2024

DE OLHAR NAS FÉRIAS
enquanto contemplo e desejo a chegada das tão aguardadas férias, recordo que o cansaço que sinto a chegar a esta altura não é despropositado. talvez com o passar do tempo e a distância dos dias, seja mais fácil esquecer aquilo que vai acontecendo e todos os projetos, a nível profissional, que desenvolvi este ano letivo.

🩷 setembro: inicio de uma formação intensiva para profissionais
❤️ outubro: foi a vez de me juntar novamente à Filipa Malo para um novo Birra de Pais
🧡 dezembro: juntamente com a Diana Marcelino criámos uma edição de totebags com frases alusivas à infância. foi neste mês que também escrevi o meu primeiro artigo para a Porto Editora
💛 janeiro: renovei a minha parceria com duas grandes editoras de livros infantis.
💚 março: realizei um webinar para a clinica digital da Filipa Maló Franco sobre um tema que adoro, o bullying
🩵 abril: arrancou um projeto de sonho, juntamente com a Filipa e a Cláudia , com a formação que gostaríamos de ter tido. fez também um ano de vida o .clube que fundei com a Margarida.
💙 maio: depois da licença da Joana , retomámos o nosso projeto .me_historias , desta vez presencial e com uma dinâmica diferente. em maio fez também um ano que comecei a trabalhar no . não podia estar mais agradecida à Diana por me ter convidado e a esta à sua equipa maravilha
no fim de maio, deu ainda para voltar a dar uma mãozinha a um projeto que admiro muito que é o Festival Mental e para ir dar um pulinho à Feira do Livro de Lisboa.
💜 julho: terminei a minha formação de Observação de Bebés pelo Método Bick e tornei-me membro da APOBB. terminei dois semestres de formação com as maravilhosas Marina e Maria Lydia do Pensando Winnicott e seminários com a Estudos e Psicologia . saiu ainda.mais um artigo para a revista Fundação AFID Diferença. por fim, foi lançado o episódio que gravei com a Rafaela sobre o mundo da psicologia clínica infantil.

chego ao fim de escrever isto com a consciência de que foi um "ano" em cheio. o que será que reserva o futuro?

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