Psicóloga Lurdes Sá

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Consultas/Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses/Mestrado Integrado em Psicologia/Clínica e da Saúde pela Universidade do Minho/Licenciatura em Educação/RH e Gestão da Formação p/ Uminho.

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05/09/2025

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Reflexão ao Cuidador: Quando o Cérebro se Atrofia

Observe esta imagem: dois cérebros.
À esquerda, um cérebro saudável.
À direita, um cérebro afetado pela Doença de Alzheimer, atrofiado, com perda visível de volume e de conexões.

Essa comparação nos convida a uma pergunta essencial: o que podemos esperar de alguém cujo cérebro está, a cada dia, se deteriorando?

Será realista imaginar que essa pessoa consiga compreender todas as orientações dadas?
Será justo esperar que saiba discernir o que é certo ou errado, que entenda a hora de deitar, de comer, de tomar banho?

💡 A resposta é clara: não.

O Alzheimer retira da pessoa a capacidade de processar informações, de lembrar, de organizar pensamentos e de controlar impulsos. O comportamento desafiador, a repetição incessante, a resistência ao banho ou o uso de palavras inadequadas não são escolhas. São manifestações da doença.

O peso do olhar do cuidador

Muitas vezes, sem perceber, o cuidador interpreta essas atitudes como provocação, birra ou teimosia. Surge a repreensão, a voz elevada, a impaciência.
Mas pare por um instante e reflita:

– Será que o seu ente querido gosta de ser tratado como uma criança?
– Será que se sente confortável ao ser repreendido constantemente?
– Será que há dignidade em precisar usar fraldas, em esquecer palavras, em não controlar funções básicas do corpo?
– Será que ele não percebe a vergonha ou o desconforto que paira no ambiente?

Mesmo sem entender as palavras, a pessoa com Alzheimer sente o tom de voz, a energia e o afeto – ou a falta dele. Ela pode não compreender o que está acontecendo, mas percebe se é cuidada com carinho ou com frieza.

Três reflexões para o cuidador

Ore. A espiritualidade, em qualquer forma, pode trazer alívio e serenidade.

Reconheça que este ciclo é finito. Um dia, a doença cumprirá seu curso, e o que f**ará será a memória do modo como você cuidou.

Ame. Ame mesmo quando a reciprocidade não vier. Ame mesmo quando não houver reconhecimento. Porque o amor oferecido não se perde: ele se transforma em força, em dignidade e em paz.

A marca que f**a

O Alzheimer rouba memórias do paciente, mas as memórias do cuidador permanecem vivas.
A forma como você cuida hoje se tornará a lembrança que carregará para sempre. E ela poderá ser de dor ou de amor.

🌹 Que este guia seja um convite à paciência, à empatia e à consciência de que não é a pessoa que mudou por escolha própria, mas sim a doença que alterou a forma como ela existe no mundo.

Cuide com dignidade. Cuide com compaixão. Cuide como gostaria de ser cuidado.

✍️ Berna Almeida

📍 Instituto Berna Almeida – Apoio a Cuidadores Familiares

Endereço

Braga

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