
01/10/2025
Hoje, no Dia Mundial do Idoso, não consigo deixar de pensar em todas as pessoas que já passaram pela minha vida profissional e pessoal. Cada rosto, cada olhar e cada história deixam marcas que nunca se apagam. Estar diariamente ao lado de pessoas idosas é muito mais do que uma função – é um privilégio, um exercício constante de humanidade e de aprendizagem.
Aprendi que cada ruga carrega não apenas a passagem do tempo, mas também memórias de lutas, conquistas, sonhos realizados e até dores que moldaram vidas. Cada idoso traz consigo uma biblioteca inteira de experiências, e quando paramos para ouvir, descobrimos que a sabedoria não se ensina em livros – transmite-se no silêncio de uma conversa, no aperto de mão ou num simples sorriso.
No entanto, também vejo a vulnerabilidade que a idade traz, e sinto a enorme responsabilidade de cuidar, proteger e valorizar quem já tanto contribuiu para o mundo e para as nossas próprias vidas. Cuidar de um idoso é cuidar da nossa própria humanidade, é olhar para o futuro e compreender que todos caminhamos na mesma direção.
Hoje, mais do que nunca, gostaria de deixar um apelo: que possamos olhar para os nossos idosos com respeito, carinho e presença. Que não os deixemos invisíveis. Que sejamos capazes de lhes devolver um pouco do amor e dedicação que já deram ao longo da vida.
Porque envelhecer não é perder; é acumular. Acumular memórias, afetos e sabedoria. E é nosso dever garantir que cada idoso possa viver esta fase com dignidade, cuidado e, acima de tudo, com afeto.
Neste Dia Mundial do Idoso, celebro todos aqueles que já passaram por mim, e agradeço a cada um por me lembrar, todos os dias, que cuidar é também uma forma de amar.
Com estima,
A Direção Técnica
Ana Mouta