20/09/2025
Nós podemos amar o nosso filho com dependências, mas não o conseguimos fazer parar. Não controlamos isso. É uma arrogância pensar que temos esse poder.
E, às vezes, é uma ótima desculpa inconsciente para não fazer a nossa parte: cuidar de nós. Parece cliché, mas, efetivamente, os médicos em burnout praticam má medicina. Os pais em burnout são menos pacientes, menos presentes. Mas mesmo quando fazemos tudo isto, há algo que não conseguimos evitar: Não controlamos os resultados.
Isso não está nas nossas mãos. Estamos aqui para agir, não para controlar os resultados, ou os outros, ou o curso da vida ou do mundo. Podemos amar alguém, mas não podemos obrigar essa pessoa a curar-se. Podemos oferecer ajuda, mas não podemos forçar que a aceitem. Só controlamos uma coisa: as nossas próprias ações. E enquanto nos focarmos no resto, estamos a perder margem de manobra.