07/12/2025
A solidão de quem perde a mãe não é como nenhuma outra. Não é a solidão de um quarto vazio ou de uma espera demorada; é uma ausência que tem peso e que toma a forma de um vazio estrutural. Quando ela se vai, sentimos que perdemos não apenas uma pessoa, mas o ponto de origem do nosso mundo.
Essa é a solidão que se manifesta nas pequenas coisas:
É chegar em casa e não haver mais aquela voz que perguntava como foi o seu dia. É a ausência do cheiro dela nas suas roupas ou do som dos seus passos pela casa. É perceber que, não importa o quão crescido ou independente você seja, falta a única pessoa que via a sua criança interior e a protegia.
A solidão de quem perde a mãe é o silêncio onde deveria haver conforto incondicional. É a busca por um conselho que nunca mais será dado com aquela sabedoria específ**a, aquele olhar que entendia tudo sem que fosse preciso dizer uma palavra. É a certeza dolorosa de que o amor mais seguro, aquele que nos amava apesar de e acima de tudo, agora reside apenas na memória.
É nessa solidão profunda que a gente percebe: não estamos apenas sozinhos; estamos sem o nosso lar principal. E esse vazio é a parte da mãe que f**a conosco, um eco constante da sua presença insubstituível.
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