Dr Nuno Sena de Barros

Dr Nuno Sena de Barros Olá, o meu nome é Nuno e sou médico de família e mestrando de Cuidados Paliativos por paixão.

Para além de consultas de MGF, pretendo dar apoio no alívio sofrimento e ajudar encontrar o caminho para a Felicidade. Teleconsulta * Domicílio * Consultório
Mais informações por email consultorioportoseguro@gmail.com ou mensagem privada.

13/03/2025

Dia #308

Senti hoje o ímpeto para escrever algo.
Continuo a pensar que é um exercício egoico e de auto regulação vir escrever neste espaço publico-privado, mas aguentem lá um bocadinho. Obrigado

O valor de uma equipa não se mede nos indicadores. Talvez estes denunciem aos superiores o quão bem conseguimos funcionar ou o quanto conseguimos trabalhar em conjunto para atingir um objectivo "mensurável".

Mas o valor intrínseco, não está aí. Nem podia.

O valor da equipa faz-se da soma dos valores de cada pessoa e da sua capacidade de sofrer. Sofrer no sentido de descobrir aquilo que estão dispostos dar em prol da equipa (abdicar de tempo com a família, aceitar que vamos fazer muita introspecção, lidar com situações emocionalmente desafiantes, entre outras).
Mas o valor intrínseco está também patente no quanto a equipa está capaz suportar qualquer um dos seus membros. A frase mais adequada vem do romance de Alexandre Dumas: "um por todos e todos por um".

E depois deste preâmbulo, uma história:
Na última reunião de serviço que tivemos, houve uma chamada do familiar da utente que seguimos, com uma doença grave e incurável em estadio muito avançado. Ele contou-me o quanto ela ficou tranquila após resolver algo que lhe pesava no coração (a famosa dor total... que transforma a dor 2/10 em dor 10/10 durante a silenciosa e obscura noite). Ao mesmo tempo sentia-a agora mais pronta, mais serena, mais tudo.... até mais terminal.

Não chorei ali. Chorei mais tarde, ao encarar o olhar dos meus irmãos de farda que tentavam perscrutar o que me ia na alma... que de tão lavada em lágrimas estava que logo a seguir as viram brotar também dos olhos, a soluçar.

Ninguém gozou, zombou ou disse que estava tudo bem. A minha irmã de caminhada abraçou-me, sussurrou ao ouvido qualquer coisa que não me lembro, mas que me amparou o espírito. E os olhares à volta não eram de pena, mas de comunhão.

Pararam para me escutar e partilharam a dor, de tal forma que ela foi aliviando logo ali.

Esta doente é especial, como são todos. Mas ela também já esteve deste lado da profissão... Para nos lembrar que não há diferença entre seres humanos, todos somos livres de assumir qualquer papel que a Providência decida atribuir-nos.

Enfim, não há, mesmo, nenhuma linha que possa fazer jus ao valor desta equipa, nem há forma de expressar a sorte que sentimos por o Destino ter querido que nos juntássemos.

Apenas posso dizer que esperamos que este sentimento possa existir em todas as equipas (sejam de saúde ou não); o sentimento de que quando um de nós estiver mais vulnerável os outros estarão lá para o apoiar.

No meio disto, dizer também, já agora...que somos tecnicamente e academicamente dotados, ok? Isto não é só um grupo incrível e tal...também se trabalha muito, muitas horas e com o sentido de valor em vez do sentido de dever.


28/01/2025

Dia #307

Claro que não é o dia 307, mas isso não importa nada.

Respira, sustém, expira... devagar! Sente o ar a entrar nas narinas, sustém, conscientemente e deixa sair, devagar.. sentindo o toque leve, quase mágico da corrente de ar a acariciar as fossas nasais, a barriga e o peito que oram ingurgitam, ora encolhem...
Às vezes esquecemos de respirar.

Quando nos concentramos em nós, estamos mais conectados connosco. Se sentimos que temos algo de divino ou transcendente em nós, esta conexão (ou autoconexão) aproxima-nos do "tal" divino. (Não é relevante o nome, pode ser o que entenderem... a D. Céu chamava-lhe o poder divino e eu gosto muito desse termo).

Dei por mim a considerar a forma como cuidamos do outro. É sempre um reflexo do meu estado de espírito. A forma como cuido de alguém é uma projecção bilateral do meu estado. Por um lado o meu estado de espírito (calmo vs agitado vs aborrecido vs cansado) vai ter impacto na forma como eu cuido do outro e isso parece-me absolutamente lógico. Mas o que também não parece ser mentira é que a forma como eu interpreto o que o outro faz ou diz tem tudo a ver com esse mesmo estado de espírito.
Se eu estou aborrecido ou apressado, num doente que possa estar lentif**ado, vou projectar ainda mais este meu sentimento que vai passar a ser de frustração porque o objectivo era despachar-me. E tantas vezes julgamos dizendo "Agora que tenho pressa é que me aparece esta lesma..."(lembrem-se quando estão na estrada...). Ou então estou zangado e não consigo suster uma palavra mais ríspida, por exemplo, mesmo que o outro não a mereça (e nunca merece, porque a minha resposta ríspida ou irreflectida, não magoa apenas o outro, mas sobretudo magoa o póprio).

São banalidades que acontecem diariamente. Sobretudo porque nos esquecemos de respirar, de estarmos consciente da respiração e de estarmos conscientes que somos todos feitos da mesma matéria.
O exercício da empatia ajuda a esbater este dualismo e a aproximar-nos um do outro.



14/05/2024

Dia #306

Costumamos dizer (e sentimos de facto) que é um privilégio entrar na casa de alguém e podermos participar nos cuidados de uma pessoa e sua família. Entramos em solo sagrado, como é o a cama, o cadeirão, a mesa. A mesa que é deles e nunca nossa. Somos meros participantes que foram autorizados (afortunadamente) a partilhá-la, temporariamente, numa fase em que quase todas as máscaras querem cais.

Às vezes entramos e somos brindados por uma brisa luminosa que nos enche de alegria, quando a lógica dita que deveria ser ao contrário.
A. recebeu-nos tristonho porque não andava. Tinha essa esperança de voltar a andar. Mas o malvado alojara-se na autoestrada dos sentidos e da força e assim, não voltou a andar. Tão depressa como um bólide, (re)centra a sua atenção e declara: então agora, que não volto a andar, ao menos sentem-me para saborear o meu peso na almofada do sofá. E assim começa a caminhada de várias equipas que o ajudam a sentar-se no sofá, no cadeirão, na cadeira de rodas... E ele, com as suas perdas que o malvado foi amealhando, sorria e agradecia de cada vez que via gente que lhe queria bem. E nós de cada vez que saíamos, sentia-mo-nos iluminados, como que bafejados pelos ventos do Olimpo.

Sorriu e resistiu de sorriso feito. E partiu de sorriso no coração. Tudo fez e tudo foi feito para que assim fosse. Mas a história vai a meio... porque nenhum homem (bem) casado faz a sua História. Ela é feita pela Mulher que o escolhe e esta, meus amigos, é ímpar. Ímpar no cuidado, no amor, nas palavras, no carinho, quer na vida, quer na morte.

Sermos testemunha, reconhecermos esta grandeza é o que torna esta jornada tão rica. A morreu, mas como tantos (quase todos) os que conhecemos, deixa-nos pistas para sermos melhores, para vivermos melhores, para sermos mais felizes. Temos então a responsabilidade de transmitir isso mesmo a todos os que não tiveram a mesma sorte, de os conhecer, para que a morte nunca seja o fim, seja apenas um ponto final. O livro da nossa vida continuará a ser contado porquanto se lembrarem de nós...



25/04/2024

A propósito da Fome no antigamente...

Ainda se morre de fome. A desnutrição nos idosos é um flagelo real e amiúde desvalorizado. Mas hoje em dia temos forma de medir e encontrar tratamentos XPTO para tudo, mas tantas vezes não temos "comida" para os nossos pais, avós e bisavós (alguns já TRI...).
Muitas vezes a fome que vem em forma de recusa pode ser por solidão, por isso, antes de dar de comer é preciso alimentar a alma com ingredientes muito simples: presença, acolhimento, cuidado e amor. Depois vem a fome.

Lembro que na equipa recebemos uma velhinha, que recusou comer no hospital e saiu amarrada a cama para não retirar a Sonda que foi colocada porque a senhora recusou comer "sabe-se lá porquê..... é a demência"...

Em casa, no seu ambiente, removeram-se amarras, soltou-se o espírito e depois de impropérios pediu àgua.... não gosta de iogurte nem de papas mas queria uma bacalhau, uma sardinha e umas batatas... E comeu. E agora a "pobre" velhota come pela sua mão, com a "àgua da fonte de Maiorca" que para esta mulher é mais do que Benzida, é agua Santa!

Antigamente havia muita coisa terrível decerto, mas hoje em dia a geração cresce a acreditar que tem direito a tudo de mão beijada, sem esforço. Hoje esquecemo-nos da História e até no Parlamento, quando um Presidente lembra que é importante reconhecer as nossas falhas e reparar o passado, há quem queira diminuir e passar um lápis azul nestas palavras.

Hoje que tanto apregoamos a liberdade e a confundimos com libertinagem, deixemo-nos de dramas.

A verdadeira História é a da Humanidade, a conexão que criamos e o amor que vamos desenvolvendo - por nós e pelos outros.

Hoje que cantamos Grândola, Ermelinda e Carvalho, lembremo-nos de que a liberdade é simultâneamente um direito e um dever.

Viva 25 de Abril

31/03/2024

Dia #305

Ás vezes largamos a caneta (ou o teclado) porque sentimos que o motivo por que escrevemos é egoísta. No fundo sou eu a expor os meus sentimentos, as minhas vulnerabilidades e o que de mais existe. Quem escreve, sobretudo aqui, acredita que o que tem para dizer importa a alguém, senão escrevíamos apenas num papel e guardávamos para nós. E é legítimo. Também o faço.

Mas às vezes os outros dizem-nos que o que escrevemos os ajudou de alguma forma a ultrapassar um medo ou um obstáculo. E assim, aqui estou eu novamente a escrever em público.

Partiram muitos doentes desde que escrevi pela última vez. Por diversas vezes senti necessidade de escrever.

Nós que cuidamos dos nossos doentes também sentimos dor. Nem sempre é claro e nem sempre sabemos descrever essa dor, mas ela está cá. É por isso que deixamos o telefone ligado, que vamos ver se algum colega diz alguma coisa (mesmo quando estamos de férias) e é por isso que acabamos por escrever. Porque temos que, de alguma forma, narrar esta dor para que a mesma seja partilhada e assim diminuída. É apenas uma das formas de lidarmos com ela.

O V partiu esta noite, muito cedo na madrugada da vida. Tão cedo que o seu filho sentirá apenas o amor do seu pai pelo olhar da mãe, dos tios, dos avós e de quem privou com V.
Mas há felicidade nisso, porque fomos todos tocados por esta família e por esta esposa que foi mulher, mãe, enfermeira, auxiliar, médica, conselheira e humana. E ao permitirmos sermos tocados pelos outros, aceitamos tudo: o amor, a dor, as quezílias, a saudade, aceitamos tudo, porque o bom deve ser lembrado e (re)vivido e o que julgamos mau, apenas é a manifestação dolorosa de algo maravilhoso que se viveu e que julgamos que não se vai repetir.
Mas afinal, eis que a vida continua, as relações renascem de uma forma diferente e quem partiu continuará presente, num beijo, no olhar ou num perfume; para nos lembrar que a vida merece ser vivida e partilhada até ao último instante.

Até um dia destes



08/12/2023

Dia #304

Ontem, eu e a Sara fomos conversar com cuidadores, desafiados pela Rita, médica interna de Medicina Geral e Familiar. A tarefa era conversar acerca de autocuidado para prevenir a exaustão.

Pelo caminho eu e a Sara, com a ansiedade normal de quem não pôde preparar uma apresentação, perguntávamos de que íamos nós falar... Como é que ia ser!!!!!

Bom, lá fomos, com uma apresentação repescada e minimamente adaptada...

Tínhamos então uma plateia de cuidadores (mais mulheres, mas também havia lá homens) e toda/os muito acolhedora/es. Na verdade todos sabiam a matéria e aquilo que seria uma apresentação passou desde o primeiro minuto a uma conversa informal mas de uma riqueza incrível. Partilharam-se histórias, vivências, emoções e segredos. A vulnerabilidade de cada um foi acolhida por todos num ambiente que sentimos ser seguro para se poder realizar esta partilha.
Ali comungaram da mesma energia, do mesmo saber mesmo com vivências distintas. Ali se encontraram iguais mas diferentes. Estas pessoas olharam-se e reconheceram-se e brotou felicidade do facto de se sentirem verdadeiramente compreendidas.

Rapidamente se propôs organizar grupos de apoio e ficou este desafio que é no fundo um desejo. Pessoas iguais que querem ser reconhecidas, validadas e escutadas num ambiente seguro. Porque ao partilhar a sua vida, partilham o peso. E um peso partilhado é sempre melhor suportado.

A estes cuidadores o nosso muito obrigado pelo que nos ensinam todos os dias. É um privilégio entrar na casa (e na vida) dos outros e ser testemunha da sua capacidade de amar, de resistir á adversidade e de poder ajudar um bocadinho a transcender o sofrimento



03/12/2023

Dia #303

Nunca é fácil dar uma notícia má. Pior será dar a estimativa de vida...

O Sr A (aliás Mr. A), quando nos conhecemos, foi a primeira questão que colocou quando perguntámos se tinha alguma dúvida que quisesse ver esclarecida: "how long have I got to live?". E munidos de conhecimento e medo, lá respondemos... "Tendo em conta o que discutimos e a evolução da patologia.... mas olhe, sabe que isto é uma estimativa... e nós erramos tanto..."
E retorque o Mr A "Yes I know, you can be honest with me, I really need to know".
Claro que sim, então, tendo em conta a patologia e a evolução nas últimas semanas, estimo que tenha entre 4 a 6 semanas de vida.
"Ahhh... thank you. But I don't believe it will be that long."

E ele tinha razão, faleceu hoje (3 semanas depois da nossa conversa), cheio de razão, com a saudade infinita da mulher e filha que o esperavam e que esperamos que as tenha (re)encontrado, finalmente.

So long dear friend and godspeed



Dia  #302A vida faz-se de momentos altos e momentos baixos.E mesmo nos momentos mais duros, difíceis e por ventura deses...
28/11/2023

Dia #302

A vida faz-se de momentos altos e momentos baixos.
E mesmo nos momentos mais duros, difíceis e por ventura desesperantes, há sempre uma luz, há sempre um caminho, é sempre possível olhar para o lado mais brilhante da vida. Sentir os pontos de luz que nos rodeiam e termos a presença de espírito de reconhecer que tudo é passageiro, nem a dor é eterna.

FIND ME AT https://twitter.com/DoryStentorian De-dum-de-diddly-dum-de-dum...

Dia  #301A Isabel enviou-nos hoje este link que merece a pena ser aberto e apreciado.Estas semanas temos acompanhado uma...
26/11/2023

Dia #301

A Isabel enviou-nos hoje este link que merece a pena ser aberto e apreciado.

Estas semanas temos acompanhado uma família que no início nos pareceu tremer perante a tragédia que se abateu sobre eles. A doença do pai / marido da família.
Vimo-los juntos e unidos e fomos acompanhando e testemunhámos como ao longo dos dias iam estando mais calmos e tranquilos apesar do agravamento diário do estado de saúde.

Transitámos da questão: quanto tempo me resta para a questão: o que fazer neste tempo que me resta?

E assim, no ultimo dia, já cansado de respirar, encontrou forças numa guitarra e cantarolou como pôde a altas horas da noite. Feliz imaginamos nós.

Nas últimas horas a preocupação outra. Se estava confortável e dispuseram-se a contar-nos histórias e a relembrar quem ele é. E sentimos paz naquele momento, todos juntos em comunhão.

Saímos com a sensação de privilégio e com uma revelação inesperada: a de que os últimos segundos de vida valem a pena e merecem ser vividos com paz e amor/desapego.



From the album La Petite Mort. Video by BAFTA winning animator Ainslie Henderson. Order from AmazonUK: http://po.st/JamesAmazonUK | AmazonUS: http://po.st/Ja...

17/05/2023

Dia #300

A partida

Ontem partiu uma querida amiga. Sofria de Para-amiloidose (PAF / Doença dos pezinhos) e já tinha sofrido uma amputação do membro inferior e foi submetida a transplante hepático.
Ora no dia a dia a João brincava com tudo isto. Como a falta da perna permitia novas posições se***is, como o ser transplantada a levou a conhecer gente incrível... Apesar de o fazer com esforço, mostrava sempre o sorriso e a força de quem sabe que a qualquer momento a Providência poderia apagar aquela chama. Viveu como quis. Bebeu, comeu, sorriu, sofreu e superou o sofrimento. Transcendeu e agora ascendeu. Vêm-me lágrimas aos olhos ao lembrar que ela não estará mais naquela secretária quando ia pedir qualquer coisa e ela mostrava a sua sabedoria com aquela cara de sabichona malandra. Um doce.
Ao fim deste tempo que levo a acompanhar famílias e doentes, apercebi-me que por muito triste que estejamos, tenho referido a importância de lembrarmos que a vida é um livro e a morte o ponto final. Talvez por isso, agora só me recordo do sorriso, da força e da capacidade de superação da MJ. E aí quase tenho vergonha de estar triste e de o mostrar. Com os colegas brinco e lembro as piadas dela e como ela nos mandaria "pó car**ho" se nos visse assim. E as pessoas sorriem e recordam que afinal ela não partiu. Vive em cada um de nós, fiés guardiões da sua memória e sobretudo da sua atitude.

Boa noite e até amanhã :)



19/03/2023

Dia # 299

Hoje o meu pensamento está com todos os filhos que perderam o pai.
Para todos aqueles cujo pai está a lutar pela sobrevivência, seja num Hospital ou numa guerra.
Para todos aqueles que se sentiram abandonados pelo pai.
Para todos aqueles que, apesar de o terem, preferiam não o ter...

O dia do pai, como o da mulher, da criança ou outro qualquer, não pode ser apenas para quem os tem bem e felizes. Também é para aqueles cuja ausência de pai os queima. Rogo para que encontrem o vosso caminho.

Mas não esqueçamos os pais que amaram e que agora têm um vazio que nada nem ninguém pode suprir. Só há uma coisa que vence a morte e é o amor. Esse permanece eternamente.

Olhemos para o milagre que é o sorriso de uma criança e veremos em todas o sorriso dos nossos filhos.



15/03/2023

Dia # 298

Morreu alguém que nos foi muito próximo. Aliás, recentemente faleceram várias pessoas a quem nos dedicámos e de quem ficámos próximos.

Estas partidas levam sempre algo de nós, como se fosse um pedacinho de nós que a pessoa que parte leva consigo. Mas o que f**a por dizer é que são as famílias preenchem este vazio que a morte deixa. Porque apesar da ausência, somos testemunhas do amor e do carinho que a família teve para com os familiares doentes e o sacrifício que foi, para eles, cuidar com todo o amor e carinho. Sim, sacrifício, porque nada do que vale a pena se faz sem sacrifício... Mas juntos, (re)aprendem a andar, a sorrir e a recordar com felicidade as memórias doces da a vida partilhada.



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