
23/02/2025
Em 2023 decidi voltar a estudar para me especializar em Psicoterapia e poder ajudar de forma mais ef**az quem me procura.
Demorei a escolher uma especialização porque uma abordagem só sempre me pareceu limitadora para atender á diversidade de pessoas que acompanho. Por isso escolhi fazer formação numa abordagem integrativa que aposta no desenvolvimento de fatores comuns a todas as terapias e especialmente que tem uma componente prática com foco no desenvolvimento das competências do terapeuta.
Claro que quanto mais estudo, mais me interesso pela integração de abordagens diferentes e principalmente me interesso por abordagens que são por si só integrativas. Estas procuram juntar o que as abordagens "originais" têm de melhor para fazer ligações e unir pontos que podem ser muito úteis numa melhor compreensão dos casos e numa intervenção mais diversa e mais ef**az.
Quanto mais olho de um ponto de vista integrativo, mais o funcionamento humano me apaixona e menos me interessam os diagnósticos e as "caixinhas" em que tentamos encaixar pessoas. Quanto mais olho por este prisma, f**a clara para mim a importância de um sistema nervoso regulado, o papel do trauma no desenvolvimento e a intervenção (também) através do corpo.
Os miúdos crescidos que me dão o privilégio de os acompanhar, já me ouviram falar disto vezes e vezes sem conta! "Lá vem o trauma outra vez...!",."Por favor não me perguntes outra vez onde sinto esta emoção no corpo! " e sobretudo "Não me obrigues a f**ar com estas sensações desagradáveis!". Acho que era isto que surgiria num balão de pensamento em algumas sessões! E está tudo bem, porque infelizmente fomos ensinados que as sensações do corpo são perigosas e têm de ser ignoradas e infelizmente, para além de não termos treino em olhar para os sinais do corpo, os traumas da vida também servem de proteção e reforçam tudo isto.
Este fim de semana foi dedicado a explorar mais uma abordagem e cada vez mais acredito que a psicoterapia se quer experiencial, na relação e no aqui e agora.