Fundação Nossa Senhora da Esperança

Fundação Nossa Senhora da Esperança Fundação Nossa Senhora da Esperança Em 1710 ergue-se a nova muralha nas traseiras do Convento, reduzindo significativamente a sua cerca.

BREVE HISTÓRIA DO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO ANTES DE PERTENCER AO ASILO DE CEGOS

O Convento de São Francisco, em Castelo de Vide, é construído entre 1585 e 1589, num terreno doado por Gaspar de Mattos para esse fim. Foi erigido com o intuito de acolher frades Franciscanos, pobres e mendicantes, que dedicavam o seu tempo ao trabalho de beneficência, à pregação e ao ensino. Poucas décadas depois, em 1748, o edifício comporta obras significativas, integrando uma fachada de linguagem Barroca e azulejos setecentistas com alusões à vida de Santo António. Os Franciscanos permanecem no Convento até 1834, data da extinção das ordens religiosas. O edifício é, então, ocupado pelos Ministérios da Fazenda e da Guerra. Por volta de 1866, a direção do Asilo de Cegos de Castelo de Vide adquire o antigo Convento de S. Francisco, praticamente abandonado e em ruínas. Depois de devidamente reabilitado, é inaugurado em 22 de Setembro de 1867. DO ASILO DE CEGOS DE CASTELO DE VIDE À FUNDAÇÃO NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA

A 20 de Julho de 1863, João Diogo Juzarte de Sequeira e Sameiro institui o Asilo dos Cegos de Castelo de Vide, sob invocação de Nossa Senhora da Esperança, sendo a primeira instituição em Portugal direcionada para os cegos sem recursos de ambos os s**os. Dá início a esta grande obra no edifício da Misericórdia, rua de Santo Amaro, onde, ministrando-lhes instrução e educação, proporciona aos cegos uma maior independência, integrando-os na sociedade da época. Em Setembro de 1867 transfere-se o Asilo de Cegos para antigo Convento de São Francisco, edifício que, entretanto, a sua direção adquirira. Tratava-se de um edifício simples, de arquitetura chã, à semelhança dos demais conventos franciscanos. Por volta de 1891, este edifício, em particular a igreja, volta a ser alvo de obras significativas, integrando elementos de franca qualidade e riqueza (nomeadamente altares, sinos e demais ornamentos), oriundos da Igreja do Espírito Santo que iria, por essa época, ser demolida.

É ainda em 1891 que um asilado, João António da Esperança, vai estudar para o Asilo Escola António Feliciano de Castilho, em Lisboa, onde recebe ensino tanto intelectual como de música. Torna-se professor e regressa ao Asilo dos Cegos de Castelo de Vide, em 1893, onde começa a ensinar os seus antigos companheiros. As raízes do ensino nesta instituição são introduzidas graças à generosidade e determinação do Padre Severino Diniz Porto que, preocupado em formar pessoas úteis para si próprias e para a sociedade, ensina as crianças cegas aqui asiladas. É o primeiro e único professor normovisual que ministra o ensino intelectual e profissional, o Braille, as quatro operações matemáticas, gramática portuguesa, língua francesa, geografia, história e outros conhecimentos fundamentais. Leva os seus alunos a exame da instrução primária a Portalegre e obtém resultados notáveis. Os administradores deste asilo cedo percebem que é notável o nível intelectual dos cegos e cegas e que estes deveriam, igualmente, aprender ofícios que lhes permitam ser independentes, ganhando a vida fora do asilo. São, então, instituídas a 16 de Dezembro de 1895 as Oficinas Branco Rodrigues, onde se faculta aos homens o ensino do fabrico de escovas, tapetes, cadeiras,

canastros, enquanto as mulheres adquirem ensinamentos de costura, rendas, trabalhos domésticos, interiorizando os comportamentos sociais da época. Desta forma, os alunos poderiam vir, mais tarde, a sair do asilo com um pecúlio obtido através do trabalho aqui desenvolvido, dando lugar à entrada de novos cegos nesta instituição. José Branco Rodrigues foi um dos grandes impulsionadores destas oficinas, que constituem a primeira escola profissional para cegos em Portugal. Nascido numa família da alta burguesia, era um filantropo, pedagogo e tiflólogo que defendeu a ideia do ensino dos cegos em Portugal e fundou em 1887 a Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC). Faz numerosas visitas a países europeus, onde o ensino dos cegos era já uma realidade avançada, no sentido de adquirir formação específica nesta área e poder aplicar em Portugal os conhecimentos aí obtidos. Toma conhecimento do trabalho realizado no Asilo de Cegos de Castelo de Vide e decide acompanhar e ajudar esta instituição. Oferece, assim, o lucro da venda do “Jornal dos Cegos”, de sua autoria, ao asilo, de forma a ser criada e mantida uma oficina-escola.

É nesta época (última década do séc. XIX) que as sucessivas direções do asilo, empenhadas em consolidar o processo do ensino, fazem grandes investimentos na compra de instrumentos da escrita em Braille e de instrumentos musicais. Teria sido já constituída uma fanfarra neste asilo, mas a sua Direção entende que deveria desenvolver o ensino da música e adquire os instrumentos necessários para que se possa formar igualmente uma orquestra. A sua coordenação seria assegurada por D. Vicente Marçal, professor de música que fez dos seus discípulos uns verdadeiros artistas. Todos os alunos cegos tocam mais do que um instrumento e desempenham, com mérito, um vasto reportório constituído, na sua maior parte, por trechos de óperas e de música clássica. O asilo possui uma extensa coleção de partituras usadas pelas suas Fanfarra e Orquestra nas atuações que fazem não só em Castelo de Vide como por todo o país. Para além das atuações da fanfarra e orquestra, os cegos do Asilo participam noutros grandes eventos nacionais em Lisboa (comemoração do Centenário da Descoberta da India, Exposição de 1900) e no Porto (Exposição do Palácio de Cristal). Com tudo isto, torna-se mais conhecido o trabalho do Asilo, e, com a divulgação por vários jornais da época, aumentam significativamente as vendas dos artigos fabricados pelos cegos e cegas. Também nas ciências o êxito é enorme. Branco Rodrigues consegue que a Universidade de Coimbra doe a esta instituição variados exemplares de animais embalsamados e também cartografia adaptada a invisuais. Por sua vez, o Museu de História Natural em Lisboa cede ao asilo uma grande coleção de fauna ornitológica. A origem da Fundação Nossa Senhora da Esperança remonta à existência de dois asilos: o Asilo de Cegos de Castelo de Vide, cujo objetivo seria o acolhimento de cegos, de qualquer s**o ou idade; e o Asilo do Espírito Santo, que teria a finalidade de alimentar temporariamente órfãs menores e infância desvalida do s**o feminino. Este último vê, mais tarde, a sua designação ser alterada por anexação de um Albergue de Inválidos do Trabalho, passando a chamar-se Asilo Almeida Sarzedas para órfãs e infância desvalida e albergue de Inválidos do Trabalho. Em 1965, dificuldades patentes no Asilo Almeida Sarzedas fazem com que o Asilo de Cegos se comprometa a assistir os inválidos. As duas instituições começam aqui a trabalhar em conjunto, reunindo-se as Direções dos dois asilos de forma a acertarem formas de integração. Em 1976 é extinto o asilo Almeida Sarzedas, tendo sido integrado no Asilo de Cegos Nossa Senhora da Esperança. A instituição passa a denominar-se Fundação Nossa Senhora da Esperança em 1986, com a aprovação dos novos estatutos. Constitui uma IPSS que tem como finalidade promover atividades assistenciais nos campos da tiflologia e terceira idade. Concluindo, o Convento de São Francisco acolhe, desde 1867, um lar que aqui funciona até 2006, ano em que todos os utentes são encaminhados para as novas instalações da Fundação Nossa Senhora da Esperança, o Lar João Gonçalves Palmeiro Novo (inaugurado em Janeiro de 2007). O Lar do Convento é inaugurado em Novembro de 2011 depois de significativas obras de reabilitação, que o dotaram de todas as comodidades para acolher uma residência qualificada de idosos.

30/09/2025
24/09/2025

Projeto Sexto Sentido PT

21/08/2025

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A FNSE agradece ao Município de Castelo de Vide na pessoa do seu Presidente António Pita bem como aos seus trabalhadores...
23/07/2025

A FNSE agradece ao Município de Castelo de Vide na pessoa do seu Presidente António Pita bem como aos seus trabalhadores a disponibilidade para se encontrar a melhor solução para se dar início à construção da Unidade de Dia e Promoção de Autonomia (UDPA).

18/07/2025

Workshop/Jantar com Ricardo Hamann

Dia 20 Julho pelas 19h no Jardim Sensorial do Museu de Tiflologia, em Castelo de Vide

Inscrição obrigatória (limitadas a 100 inscrições) até ao próximo dia 18/07/2025

Formulario de inscrição: https://forms.gle/Bt37jC1iq3NpRGG78

5 paladares à entrada.

Menu

Cogumelos à moda Baviera

Salsicha alemã com salada de batata

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No Cartaz:

O fundo simula um quadro negro, com ervas aromáticas penduradas em frascos de vidro na parte superior.

Na parte inferior, há também frascos com várias ervas frescas.

Há uma ardósia pequena destacando os pratos principais do evento, no lado inferior direito.

Logotipos da organização: Fundação Nossa Senhora da Esperança e Centro de Experiência Viva – Museu de Tiflologia

É um evento que combina culinária com o ambiente do Alto Alentejo, promovendo uma experiência sensorial e gastronómica única dado a conhecer uma vez mais o Jardim Sensorial Manuel da Costa Leite.

Workshop/Jantar com Ricardo HamannDia 20 Julho pelas 19h no Jardim Sensorial do Museu de Tiflologia, em Castelo de VideI...
15/07/2025

Workshop/Jantar com Ricardo Hamann

Dia 20 Julho pelas 19h no Jardim Sensorial do Museu de Tiflologia, em Castelo de Vide

Inscrição obrigatória (limitadas a 100 inscrições) até ao próximo dia 18/07/2025

Formulario de inscrição: https://forms.gle/3nxQvkT1CbeNxWzV6

5 paladares à entrada.

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Cogumelos à moda Baviera

Salsicha alemã com salada de batata

Endereço

Rua Sequeira Sameiro
Castelo De Vide
7320-000

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