O Caminho do Tigre

02/12/2024

NOS ENFANTS INTÉRIEURS

Cette image illustre avec puissance la lutte intérieure qui se joue en chacun de nous. Derrière nos murs d'adultes, avec leurs angles aiguisés et leurs fuites, se cachent des enfants en quête de réconfort. Oui, cet enfant intérieur, souvent ignoré, blessé, ou abandonné dans la course effrénée vers la « maturité », ne disparaît jamais vraiment. Au contraire, il nous accompagne, il guide nos choix, nos réactions, nos peurs, et bien souvent nos déceptions. Comprendre cette part de nous, c'est comme ouvrir une porte vers une meilleure version de soi. C'est oser regarder nos douleurs en face pour, enfin, commencer à les guérir.

Dans nos relations, ce petit être enfoui a souvent le dernier mot. Nos colères, nos insécurités, ces réactions parfois incompréhensibles, ce sont souvent les échos de blessures d’enfance. On veut se protéger, se rassurer, éviter d’être à nouveau brisé. Mais à force de protéger cet enfant intérieur en nous, on finit par ériger des cages autour de lui – et ces cages finissent par étouffer la vraie connexion avec les autres. Alors, même si on est ensemble, même si on s'aime, on reste éloignés, figés dans des postures de protection mutuelle, incapables de nous rapprocher pleinement.

Cette œuvre d'art montre bien cette distance, cette dualité : deux corps enfermés, dos à dos, mais à l'intérieur, deux enfants qui tendent la main, qui espèrent se retrouver, se comprendre. Dans chaque dispute, chaque incompréhension, il y a ce dialogue non exprimé entre nos enfants intérieurs. Ce qu’ils veulent, ce n’est pas d’avoir raison ou de gagner un conflit. Ils veulent être vus, acceptés, aimés pour ce qu’ils sont, avec leurs failles, leurs besoins. Apprendre à écouter cette voix, à répondre à ses peurs, c’est ce qui nous permet de nous libérer des vieux schémas et de construire des relations plus saines.

Alors, oui, c’est un travail. Ça demande du courage de regarder en soi, de déterrer ce qu’on a longtemps voulu ignorer. Mais, petit à petit, en prêtant attention à cet enfant intérieur, on apprend à mieux comprendre les autres. On cesse de réagir par instinct, par peur ou par besoin de validation. On commence à aimer de manière authentique, sans attentes irréalistes. On devient capable de donner et de recevoir sans crainte, sans jeu de pouvoir, sans masque.

Il y a une beauté à reconnaître cette part de nous qui est restée vulnérable. Cette image nous rappelle qu’on a tous en nous cet enfant qui veut simplement être aimé, sans condition. Et lorsque nous acceptons de l’écouter, de le libérer de sa cage, nous ouvrons la voie à des relations sincères, basées sur la compréhension et la compassion. C'est en réconciliant notre part adulte avec cet enfant intérieur que nous trouvons le chemin vers des connexions véritables.

Francis Machabée

Sculpture : Love d'Alexander Milov

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02/12/2024

O texto abaixo já é de anos anteriores mas esta história marcou-me a alma e emocionou-me quando li, num momento em que estava mais fragilizado e para mim representa a busca e a vivência da essência do Natal.
Continuarei a partilhar enquanto puder, a cada ano, renovando esta já tradição pessoal e partilhando-a com todos os que se deixarem tocar pela mensagem, pela sementinha e pelo espírito da época, que se deveria estender a cada momento da nossa vida em que possamos sentir-nos e estar ao serviço dos nossos semelhantes, pobres apenas porque lhes possa faltar algo que nós possamos dar, fazer ou dizer, pelo que verdadeiramente deve ser essa a Estrela que nos guia ⭐️

Este texto já será conhecido de muitos mas gostava de deixá-lo aqui novamente.
A sua mensagem emocionou-me na primeira vez que o li, então, se o Natal é Amor, Solidariedade, Compaixão, Partilha, Reflexão entre outras coisas aqui f**a algo que o transmite.
***** Feliz Natal *****

O QUARTO REI MAGO

Há uma lenda que sem fazer parte da Revelação, nos ensina o que Deus espera de nós.

Conta-se que havia um quarto Rei Mago, que também viu brilhar a estrela no firmamento e decidiu segui-la. Como presente pensava oferecer ao Menino um cofre cheio de pérolas preciosas. Contudo no seu caminho foi encontrando diversas pessoas que iam solicitando a sua ajuda

Este Rei Mago ajudava-as com alegria e diligência, e ía deixando uma pérola a cada pessoa. Isso foi atrasando a sua chegada e esvaziando o cofre. Encontrou muitos pobres, enfermos, condenados e miseráveis, e não podia deixar de os atender. Ficava com eles o tempo necessário para lhes aliviar os seus sofrimentos e depois retomava o seu caminho que era interrompido inevitavelmente por outro desvalido.

Sucedeu que quando por fim chegou a Belém, já os outros Reis Magos não estavam e até mesmo o Menino havia fugido com os pais para o Egipto, pois o rei Herodes queria matá-lo. O Rei Mago continuou a procurá-lo, mas agora já sem a ajuda da estrela que antes o guiava.

Procurou, procurou... dizem que levou mais de trinta anos a procurar o Menino e a ajudar os necessitados. Até que um dia chegou a Jerusalém mesmo no momento em que uma multidão enfurecida pedia a morte de um pobre homem. Olhando-O, reconheceu em seus olhos algo familiar. Entre a dor, o sangue e o sofrimento, podia ver nos seus olhos o brilho daquela estrela.

Aquele miserável que estava a se justiçado era o Menino que havia procurado por tanto tempo.

A tristeza encheu-lhe o coração já velho e cansado pelos anos. Embora ainda guardasse uma pérola na sua bolsa, era tarde demais para a oferecer ao Menino que agora carregava uma cruz às costas. Havia fracassado na sua missão. E sem ter mais forças nem para onde ir, ficou em Jerusalém à espera que chegasse a sua hora.

Passaram três dias quando uma luz intensa, mais brilhante que a luz de mil estrelas, encheu o seu quarto. Era a luz do Ressuscitado que vinha ao seu encontro! O Rei Mago já débil, caiu de joelhos perante Ele, tirou a pérola que restara da bolsa e estendeu-lha na sua mão, enquanto fazia uma reverência. Jesus amparou-o com ternura e disse-lhe:

"Tu não fracassaste.
Pelo contrário, encontraste-me durante toda a tua vida.
Eu estava nu e vestiste-me.
Eu tive fome e deste-me de comer.
Eu tive sede e deste-me de beber.
Eu estava preso e visitaste-me.
Pois eu estava em todos os pobres que socorreste no teu caminho.
Muito obrigado por tantos presentes de amor!
Agora estarás comigo para sempre, pois o céu é a tua recompensa. "

A história não requer explicação...somos o quarto Rei Mago e Jesus espera que O encontremos em cada pessoa necessitada que cruze o nosso caminho... hoje termina o tempo do Natal...mas desejo que a Epifania - esse encontro com Jesus que vive em cada irmão e irmã que sofre - nos acompanhe durante todos os dias deste ano que começa.

27/11/2024

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