24/03/2023
Sim, podemos acabar com a tuberculose❗
No dia 24 de março assinala-se o Dia Mundial da Tuberculose, de modo a consciencializar a comunidade para esta patologia. 📆
A tuberculose transmite-se principalmente por via aérea, a partir de um doente que liberta gotículas de saliva ou de secreções nasais infetadas, particularmente quando espirra, tosse ou fala – trata-se então de tuberculose ativa.
A pessoa infetada pode permanecer assintomática toda a vida ou vir a apresentar sintomas e desenvolver a doença, em qualquer altura, com graus de gravidade variável. Os sintomas são inespecíficos e persistentes tais como tosse arrastada, febrícula, fadiga sem causa aparente, pelo que nunca é demais alertar o médico para esta possibilidade de diagnóstico. Quanto mais tardio é o diagnóstico maior é a
possibilidade de transmissão e de evolução para doença grave.
A vacina da tuberculose, criada em 1921 por Calmette e Guérin (Bacilo de Calmette e Guérin), confere proteção relevante para as formas graves da doença, sobretudo nas crianças, mas não evita a infeção primária nem a reativação da doença.
A tuberculose pode atingir qualquer pessoa, independentemente da sua condição social, pelo que ninguém se deve sentir marginalizado por esse facto.
A tuberculose tem cura, mas depende do cumprimento rigoroso do tratamento, que pode ter duração prolongada, mesmo que a pessoa não se sinta doente. Em caso de não cumprimento, o bacilo pode tornar-se resistente aos antibióticos e vir a provocar doença muito grave, por vezes com consequências fatais.
Na região centro os serviços de prevenção, diagnóstico, tratamento e vigilância da tuberculose estão organizados por Centros Distritais de Diagnóstico Pneumológico (CDP) que trabalham em estreita articulação com os Delegados de Saúde e com os serviços clínicos dos Centros de Saúde e dos hospitais.
Fruto desta profícua colaboração temos observado taxas de incidência progressivamente decrescentes na região. De uma taxa de 9,7 casos por 100 mil habitantes observada em 2018 passámos para 7,7 em 2020 e 8,9 em 2021 (dados provisórios), apontando os dados preliminares de 2022 para valores inferiores ao
ano anterior.
Porque a tuberculose existe, e provavelmente existirá por muitos anos, e porque ninguém vive isolado da sociedade, nem do mundo, compete aos serviços de saúde, às pessoas e à comunidade mantê-la em níveis de incidência baixos e sempre decrescentes, se possível.