20/10/2025
Em 2016, o Ministério de Educação da Finlândia pediu a um grupo de pesquisadores que desenvolvessem um programa global contra o assédio em contexto escolar (bullying), envolvendo tanto a prevenção como a intervenção.
Este programa, que se veio a revelar um sucesso, teve como peculiaridade o facto de não se centrar no agressor ou na vítima, como a maioria das iniciativas, pesquisas ou intervenções desenvolvidas nesta área, mas sim num elemento fundamental com o qual pouco se trabalha: a plateia. As humilhações do agressor só fazem sentido se houver um público que as aplauda.
As pesquisas são unânimes na conclusão de que uma das principais razões do assédio escolar é a grande necessidade de status, visibilidade e domínio por parte de alguns alunos. Ao praticarem o abuso — seja físico, psicológico ou social — contra os colegas eles evidenciam ou ratificam o seu status, que acaba, frequentemente, por ser reforçado pelo grupo de pares.
Se, para a maioria do público, exercer bullying for considerado sinónimo de fraqueza, de sentimentos de inferioridade por parte do agressor então deixa de fazer sentido, ou seja, o bullying deixa de desempenhar o seu papel, a sua função e deixa, progressivamente, de ser exercido.
(https://brasil.elpais.com/)
A sensibilização para este fenómeno cabe a cada um de nós. Pais, técnicos especializados e educadores.