05/07/2023
Quando se fala do nosso valor, das nossas capacidades, diz-se que temos que perceber isso dentro, não esperarmos pela aprovação do outro, do que vem do exterior. Mas como reconhecer “qualidades” e “defeitos”, as nossas características, sem ser primeiro na relação, através do olhar do outro, do que ele nos devolve? Alguém tem esse poder especial de conseguir ver-se a si próprio com clareza, sem ser primeiro na interação com o seu entorno, com as palavras que ouve de alguém, com o que está fora lhe transmite? Que o objetivo é chegarmos aí, sim. Mas que antes acontece e é reforçado com o que nos é refletido, e que nos vai dando percepção, construindo a nossa identidade, quem somos, o que valemos e do que somos capazes, absolutamente sim, também.
É na relação. Mas o outro só nos vê à luz de quem é, e essa luz pode ser rápida e fugaz como um fósforo, ter a lentidão e a paciência de uma vela, pode ser tão fraca que mal se vê ou pode ser um holofote apontado na nossa direção. Depende do que o outro viveu, das suas crenças, da sua capacidade de se expressar, do que lhe foi devolvido a ele igualmente. É detentor da verdade? Não. Deixamos que ela se torne a nossa? Depende da nossa consciência, do grau do nosso autoconhecimento, da confiança em quem nós já sabemos que somos.
Quando temos consolidado conhecimento sobre nós, quando a dúvida tem a porta fechada e mesmo que apareça já não faz a mesma mossa, aí sim, transforma-se em poder e o que o outro acha...
Reconhece-te. Primeiro com o outro, depois em ti.
Começa dentro, traz para fora.
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