
14/07/2025
Nestes últimos anos, tenho sentido grandes mudanças a nível pessoal e coletivo. Percebo com clareza como o mundo exterior reflete o interior de todos os seres vivos.
Como nos diz a sabedoria hermética: “O que está dentro, está fora”.
Vivemos tempos de purga profunda, onde tudo o que foi escondido — feridas, medos, padrões — começa a emergir. As explosões solares, os movimentos da Terra, os ciclos da consciência… tudo parece estar a revelar os “esqueletos escondidos no armário escuro”, que já não podem mais ser ignorados.
Esta luz que chega — seja ela cósmica ou simbólica — vem-nos mostrar o que ainda nos distancia da nossa essência verdadeira. E perante essa revelação, temos apenas duas escolhas: lidar com o que surge ou fugir a sete pés para não ter de reconhecer. Mas fugir já não é uma opção real. Já não dá para viver de máscaras. A autenticidade é um chamado inevitável.
É importante dizer: o que encontramos dentro e fora nem sempre é bonito ou fofinho. Muitas vezes é desconfortável, denso, caótico. Requer coragem. Requer firmeza para não recuar, para não anestesiar, para não voltar a adormecer.
E por isso, é fundamental fortalecer o nosso campo energético e emocional, e aprender a preservar a nossa energia.
Nestes últimos tempos tenho-me sentido chamada a fazer precisamente isso. A aprender, de forma muito prática e diária, a proteger e honrar a minha energia. Este é um desafio enorme para alguém com TDAH — onde a atenção é fragmentada e os estímulos são constantes. Mas também é um chamado claro da alma: cuidar de mim é uma prioridade, não um luxo.
Preservar a minha energia tem sido um exercício de presença e escolha. Tem sido aprender a dizer não sem culpa. A sair de espaços que drenam. A parar antes de rebentar. A respirar antes de reagir. A respeitar o meu ritmo, as minhas pausas, o meu silêncio. A confiar que ao cuidar da minha energia, estou também a cuidar do todo.
Porque é urgente reconhecermos que a mudança começa em cada um de nós. Autorresponsabilizarmo-nos pela nossa energia — pelas pequenas escolhas que fazemos todos os dias — é das formas mais poderosas de contribuir para um mundo melhor!