16/06/2025
Os quilos, o corpo, a ansiedade, a compulsão, o comer em excesso — são assuntos que a mente revira vezes sem conta sem chegar a solução alguma.
Entramos em dietas que nos obrigam a resistir ao desejo, acreditando que essa é a via de um emagrecimento consciente, saudável e duradouro. Não é.
Por trás de cada conduta está sempre algo que, consciente ou inconscientemente, procura vir à luz.
O excesso de peso e a obesidade funcionam como proteção.
A gordura torna-se o “escudo” que nos defende de algo ou de alguém.
Acumular gordura também pode servir para abafar uma liberdade de expressão que não é bem-vista no clã, ou para garantir sobrevivência — física e emocional — perante qualquer forma de abuso.
Pode ainda ser o sintoma de um medo de escassez: talvez a nós nunca nos tenha faltado nada, mas a alguma geração anterior sim — antepassados que viveram guerra, exílio ou fome.
Há igualmente crenças e limitações transmitidas por uma mãe muito obsessiva ou restritiva com a alimentação; os quilos a mais tornam-se então rebeldia face à autoridade materna.
Se, na infância, nos ensinaram a comer em excesso, em adultos comeremos em excesso.
Se uma criança teve uma mãe ausente, procurará a mãe na comida. E como o alimento permite viver, comida = vida; se a mãe se suicida, procuraremos garantir a vida através da comida.
Um episódio de voracidade pode ser a tentativa de preencher um vazio emocional ou de esconder uma dor não resolvida.
No campo familiar estão as respostas, se estivermos dispostos a olhar.
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Sofia Maciel- Consteladora Familiar
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