28/10/2025
CUIDADOS A TER COM O SAL DE CONSUMO DIÁRIO
A DIFERENÇA ENTRE O “SAL MARINHO” E O “CLORETO DE SÓDIO” …
É importantíssimo saber que o Sal Marinho também é formado por “cloreto de sódio” e obtido a partir da evaporação da água do mar. Mas, sem o processo de refinamento, faz como deverá ser com que mantenha os minerais e nutrientes dispensando a adição de outros ingredientes químicos. O sal marinho é comercializado na sua coloração natural, que varia entre rosa, cinza, preta ou branca. Alguns tipos de sal marinho populares são o sal grosso e o sal rosa do Himalaia. No entanto, acreditando ser preciosa esta informação para todos os leitores, não passa (felizmente) pelo processo de refinamento, pelo que faz com que mantenha os minerais e nutrientes indispensáveis e, por conseguinte, dispense a adição de outros ingredientes químicos. Alguns tipos de sal marinho populares são o Sal Grosso e o Sal Rosa do Himalaia (verdadeiro). O sal marinho é muito mais interessante e salutar que o sal comum por duas razões: tal como foi já mencionado, não passa por refinamento e contém muito menos sódio. Ao contrário, o sal refinado passa por um longo processo químico de aquecimento e refinamento que faz com que perca quase todo o seu valor nutricional e tenha de receber uma série de aditivos, como o “iodo”. Para quem não conheça, refiro que o “iodo” é um mineral necessário para a síntese das hormonas da tiroide que regulam as funções do organismo, pelo que a sua deficiência pode levar ao bócio, ou seja, ao aumento das glândulas da tiroide e que pode tornar-se num “nódulo”!
O sal está presente na Terra desde a sua formação, e foi num meio salino que surgiram os primeiros seres “unicelulares”, desempenhando um importante papel na evolução dos seres vivos e na história da humanidade. Os registos sobre o uso do sal pelos homens remontam há mais de cinco mil anos. Tendo sido usado na Babilónia, no Egipto, na China e nas civilizações pré-colombianas, principalmente como moeda como forma de conservar alimentos e para lavar, tingir e amaciar o couro. A química descreve que o sal é um produto resultante da reacção entre um ácido e uma base, que, quando dissolvidos em água libertam um “catião” (um ião de carga eléctrica positiva) diferente do H+ e um “anião” (um ião com carga eléctrica negativa diferente do OH-). O sal que a maior parte das populações consome, ou seja, o Cloreto de Sódio (NaCl), é um produto que advém da reação entre “ácido clorídrico” (ou ácido muriático que é inorgânico, sendo constituído por um ácido à base de cloro) e “hidróxido de sódio” (também conhecido como “soda cáustica” que é usada na indústria, principalmente como uma base química na fabricação de papel, tecidos, detergentes, alimentos e bio-diesel; também serve para desobstruir encanamentos e sumidouros pelo facto de ser corrosivo. Mas, todo o sal comercializado é extraído de fontes naturais e, devido às diferentes condições da reserva onde foi formado, essas apresentam outros minerais na sua constituição. A propósito, acrescento que o “sódio” presente no sal integral é um nutriente necessário para a manutenção do volume do plasma, para o equilíbrio ácido-base, para a transmissão de impulsos nervosos e funcionamento das células. Por este motivo não deve ser excluído da alimentação diária; porém deve ser consumido moderadamente. Além do sódio presente no sal de adição, há também o sódio intrínseco dos alimentos e mais o sódio obtido através do consumo de alimentos processados e ultra-processados. Portanto, um grama de sal refinado tem aproximadamente 400 mg de sódio. Ora, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os 2 g de sódio recomendados para os adultos, devem ser ajustados para baixo, conforme as necessidades energéticas das crianças em relação aos adultos. Esta medida é para controlar os níveis da pressão arterial nas crianças. Na verdade, o sal é uma substância vital para os seres humanos; o nosso corpo possui sais que são regulados pelos rins e pela transpiração. O sódio está envolvido na contração muscular, incluindo os batimentos cardíacos, nos impulsos nervosos e na ingestão das proteínas. O cloro, ou melhor, o “cloreto”, auxilia na absorção do potássio, que é a base do ácido estomacal e que ajuda no transporte dos “dióxidos de carbono” das células até os pulmões, onde são libertados. Porém, o seu uso excessivo (habitualmente visível) pode trazer serias consequências para o organismo. Ainda a respeito, as variedades disponíveis para o preparo de alimentos podem ser impressionantes, mas todas se enquadram em quatro tipos básicos: de cozinha, marinho, kosher e de rocha. Os primeiros três tipos são sais para fins alimentícios e a “Food and Drug Administration” (FDA), agência reguladora dos alimentos nos EUA, exige que eles contenham pelo menos 97,5% de cloreto de sódio, pelo que os outros 2,5% são micro-minerais, que são compostos químicos gerados pelo processamento ou anti-aglutinantes. MUITO CUIDADO: o Sal de Cozinha ou “refinado” contém 400 mg sódio/1 g de sal, mas perdeu a maior parte dos minerais importantes. O Sal Marinho contém 420 mg de sódio, também é formado por cloreto de sódio, mas obtido a partir da evaporação da água do mar, tal como atrás importantemente foi referido. Além disso, contém menos sódio do que o refinado!
Prometo que daqui a uns dias irei abordar o tema dos diversos sais existentes e comerciáveis, bons e menos bons. Entretanto, tenham mais saúde!
CARLOS AMARAL ND. HD. DSc.
Sal marinho com ervas aromáticas da nahrin, disponível na clínica!