Evidencia como objectivo capital a proteção social e promoção e protecção da saúde, nomeadamente através da prestação de apoio psico/social e cuidados de saúde, reabilitação e empreendorismo social. Tem como pressupostos teóricos de intervenção:
Exclusão social: combinação de falta de meios económicos, de isolamento social e de acesso limitado aos direitos sociais e civis; trata-se de um conceito relativo dentro de qualquer sociedade particular e representa uma acumulação progressiva de factores sociais e económicos ao longo do tempo. Os factores que podem contribuir para a exclusão social são os problemas laborais, os padrões de educação e de problemas laborais, os padrões de educação e de vida, a saúde, a nacionalidade, a desigualdade sexual e a violência. Reinserção Social: As intervenções no domínio da reinserção social visam conduzir à realização pessoal e ao restabelecimento das redes sociais de suporte, no sentido da estabilidade clínica, emocional e social do indivíduo. É o processo através do qual o indivíduo reestrutura a sua personalidade e a sua vida, desenvolvendo competências de autonomia e responsabilidade, capazes de o valorizar enquanto membro útil à sociedade. Empowerment: Participação dos grupos alvo na definição das acções nas quais vão estar envolvidos. Tem como população-alvo pessoas e famílias, sem abrigo e/ou em situação de exclusão ou de marginalização social; crianças, jovens; técnicos de acção social; Pessoas portadoras de patologia psiquiátrica; comunidade local. Desde 1994 actua na área de prevenção primária, secundária e terciária do VIH, junto da população em geral e no seio de populações alvo especificas, sempre na perspectiva da diminuição dos comportamentos de risco e promoção de estilos de vida saudáveis. Em 1998 a ANO levou a cabo dois projectos – o Projecto Rua Jovem (prevenção de comportamentos de risco junto de jovens) e o Projecto Direito (prevenção do VIH junto de prostitutas), aprovados e financiados pela Comissão Nacional de Luta Contra a Sida. Os anos que se seguiram foram de consolidação de estratégias e de expansão da Novo Olhar pela zona Centro do País, através da implementação do projecto Set-Up, que previa a criação de pólos dotados de autonomia jurídica, administrativa, técnica e financeira nas capitais de distrito. Em Dezembro de 2009 a ANO vê efectivado o seu registo como IPSS, com efeitos retroactivos a Fevereiro de 2009. A ANO amplia o âmbito de intervenção inicialmente previsto - prevenção do HIV, redução de riscos e minimização de danos (Plano Municipal de Prevenção, em estreita articulação com a Autarquia e o IPDT), intervenção com população carenciada e excluída socialmente. Iniciámos igualmente um trabalho de intervenção familiar, com formação de pais e técnicos (estes últimos enquanto população estratégica, uma vez que intervêm localmente com as situações sinalizadas como de risco) e acompanhamento de crianças e famílias sinalizadas e encaminhadas pela CPCJ e EMAT. Destacar o trabalho de investigação desenvolvido pela ANO, nomeadamente ao nível da intervenção junto de população seropositiva ao HIV/SIDA e população Sem-abrigo, população com patologia mental e famílias e crianças. Esta área de intervenção surge como pioneira no município da Figueira da Foz. O combate à exclusão e a criação de percursos alternativos a esta é o que caracteriza a identidade que a instituição ao longo destes 23 anos construiu.
