João Mourato - Psicólogo Clínico

João Mourato - Psicólogo Clínico Conta profissional

www.joao-mourato-psicologia-clinica.webnode.pt

linktr.ee/joaomourato

Esta sugestão de leitura tem como intuito convidar-vos a ver como é ser-se psicólogo sendo pessoa e como é ser-se pessoa...
20/05/2025

Esta sugestão de leitura tem como intuito convidar-vos a ver como é ser-se psicólogo sendo pessoa e como é ser-se pessoa enquanto se é psicólogo. 

É uma leitura divertida e triste. Leve e pesada. Caótica e esclarecedora. Honesta e não politicamente correta.

Diria que cativa naturalmente quem tem interesse em saúde mental, seja pelo lado profissional ou pelo da pessoa que fez/faz psicoterapia mas não deixa de ser um excelente cartão de visita para quem não é uma coisa ou outra mas tem curiosidade em saber mais.

É um livro com o qual me identifiquei bastante, quer a nível pessoal como profissional. Muitas intervenções, reflexões e aprendizagens ressoaram como familiares e, para além disso, as muitas dúvidas e ambivalências presentes nas relações que se vão estabelecendo através do vínculo com as pessoas que acompanho.

Nesse sentido, é muito reconfortante ser relembrado que existem mais pessoas nessa posição, a enfrentar o mesmo tipo de desafios, a aprender a gerir o sentem e pensam à volta de um sigilo que implica guardar muitas histórias apenas para nós próprios e, com elas, a maneira como ressoam em nós próprios, enquanto pessoas.

Sempre que precisar de um pouco mais de sentido (parafraseando a ), este livro é uma boa ajuda e espero que para vocês também seja.

Natal rima com estar no sofá a ver séries e como vocês já estão fartos de ver o sozinho em casa, venho trazer-vos o ingr...
22/12/2024

Natal rima com estar no sofá a ver séries e como vocês já estão fartos de ver o sozinho em casa, venho trazer-vos o ingrediente que faltava para esta altura do ano.
Aqui ficam mais três sugestões com especial foco no . Espero que gostem e, como sempre, fico à espera do vosso feedback e, caso tenham, das vossas sugestões cinematográficas 🎥.

Apesar do Natal ser uma época querida para muitas pessoas, associada à família, partilha, amor e bem-estar, sabemos que ...
13/12/2024

Apesar do Natal ser uma época querida para muitas pessoas, associada à família, partilha, amor e bem-estar, sabemos que não é necessariamente assim para todos.

Quando perdemos alguém que amamos isso causa em nós uma sensação de vazio e uma dor intensa que é muito difícil de gerir, principalmente numa altura em que vemos cadeiras vazias onde outrora estavam pessoas de quem agora sentimos falta.

No processo de luto acontece que, por muitas vezes, sentimos que manter a dor viva é a única maneira de honrar a pessoa que perdemos.

Mas será mesmo assim? Será que prolongar a dor é uma prova de amor?

À medida que o tempo vai passando, podemos e devemos fazer o esforço de encontrar outras formas de manter o amor pela pessoa que perdemos, de poder falar sobre ela de uma forma que nos ajude a manter aquela pessoa em nós, no nosso coração, de uma maneira mais saudável.

Muitas pessoas acreditam que voltar a ser feliz é uma falta de respeito para com quem perdemos, uma maneira de desonrar a sua memória, então isolam-se, suprimem as suas emoções e negligenciam a sua natural necessidade de apoio

Isto não podia estar mais errado.

Neste Natal, permitir-te sentir: Aceitar, acolher, expressar e troquem o (auto) julgamento pela partilha de memórias, pelo cultivo de novos hábitos, por hobbies, jogos e procura de apoio, amigos, familiares ou grupos de apoio.

A todos, um feliz Natal.

De forma geral, as pessoas têm dificuldade em lidar com o sofrimento, seja seu ou dos outros. Estou certo que todos nós ...
01/07/2024

De forma geral, as pessoas têm dificuldade em lidar com o sofrimento, seja seu ou dos outros. Estou certo que todos nós já respondemos “está tudo bem e contigo?” em momentos caóticos onde sabemos que ter alguém com quem desabafar até dava algum jeito. Infelizmente o automatismo desta resposta está bastante presente mas não temos que estar reféns disso para sempre.

Iniciar um processo terapêutico traz à pessoa um maior conhecimento em relação a si própria, aos outros e ao mundo que, anteriormente, não tinha. Isto coincide muitas vezes com o despertar para a existência de problemas que, não sendo propriamente novos nem originados em consulta, ganham uma nova dimensão e importância trazidas pela tomada de consciência promovida por este processo, que a pessoa adquire quando se permite questionar e ser questionada sobre a origem dos seus sentimentos, comportamentos, crenças, valores e sonhos de um ponto de vista diferente, de uma lente que não a sua.

Muitas vezes é como descalçar um sapato tendo um espinho encravado há anos e proceder a removê-lo. Sim, é quase certo que virá mais dor no imediato. Virá mais dor do que talvez foi sentido até aqui, mas a ferida não infectará se for tratada. A correria no dia-a-dia, o stress, a falta de sono, comer as emoções com fast food, o trabalho fora de horas podem anestesiar a dor sentida pelos espinhos que temos mas certamente não resolve nada, apenas nos distrai daquilo que é mais importante, tornando-nos permeáveis a reacções desproporcionais, a uma maior reatividade e sensibilidade que, por vezes é tão levada ao extremo que torna a interação com os outros uma experiência algo tão desgradável que tendemos para a evitar.

Todas as crianças precisam de amor, atenção, segurança e conexão.Infelizmente parece que muitos de nós, adultos, se foi ...
01/06/2024

Todas as crianças precisam de amor, atenção, segurança e conexão.
Infelizmente parece que muitos de nós, adultos, se foi esquecendo da criança que um dia foi, encontrando gradualmente um conforto espinhoso na ausência dessas necessidades e , talvez por isso, tenhamos desaprendido o que significa dar e receber este "colo".
No entanto ignorar as nossas necessidades nunca fará com que elas desapareçam e essa insuficiência tende a voltar às nossas vidas sob a forma de padrões relacionais que se revelam desajustados, insuficientes e por vezes tóxicos, influenciando negativamente o contacto com o outro e, inevitavelmente, com as crianças.
Apesar de serem elas os seres dependentes, muitas vezes parece que o processo se inverte e somos nós os aprendizes.
É importante acolher as emoções das crianças e, por vezes, isso acontece em simultâneo com acolhermos as nossas próprias emoções
As crianças merecem que tentemos.

Há alguns anos, no decorrer do último ano de mestrado no ISPA, recebi a triste noticia que, de forma prematura, um dos p...
23/05/2024

Há alguns anos, no decorrer do último ano de mestrado no ISPA, recebi a triste noticia que, de forma prematura, um dos professores que mais influenciou o meu percurso académico, tinha falecido. Esta notícia originou, para além de muita tristeza e estupefação, uma onda de homenagens em torno de uma pessoa que tantas outras tocou com o seu trato tão singular. Entre as homenagens, houve uma em especial que captou a minha atenção e que, desde então, gosto de guardar na cabeceira da minha memória, para que possa ter sempre à “mão”. Deixo-vos aqui no caso de poder ser igualmente valiosa para vocês, também.
Recordo-o hoje em diversos momentos: desde conceptualizações de caso, expressões, ideias, discursos, leituras ou a simples palavra “cidadão”. Contudo, confesso não ter a certeza se alguma vez o ouvi mencionar o principezinho nas aulas.
Vai ter de me desculpar, professor, aqueles role-plays mexiam com o meu sistema nervoso. Mas sou muito (cada vez mais) grato por os ter experienciado.
Tenho, no entanto, a certeza que dificilmente algum dia lerei este livro sem o ter em mente, e que às memórias que guardo vou acrescentando outras, e assim é o luto.
Acontece que, tal como aconteceu com a raposa, a rosa e o principezinho, também este livro deixou de ser só um livro.
Hoje compreendo um pouco mais a mensagem do que na última vez que o li e imagino que um pouco menos do que na próxima.

Obrigado por me cativar professor.

Como prometido, aqui ficam mais três sugestões com especial foco nos relacionamentos. Espero que gostem e, como sempre, ...
07/05/2024

Como prometido, aqui ficam mais três sugestões com especial foco nos relacionamentos. Espero que gostem e, como sempre, fico à espera do vosso feedback e, caso tenham, das vossas sugestões cinematográficas 🎥.

Temos uma predisposição natural para nos ligarmos aos outros. As relações humanas que estabelecemos e as suas consequênc...
22/04/2024

Temos uma predisposição natural para nos ligarmos aos outros. As relações humanas que estabelecemos e as suas consequências desempenham um papel central no desenvolvimento da nossa individualidade.
Quando estabelecemos um vínculo com alguém, a nossa capacidade de acolher e entender as suas emoções, tentar ver as coisas do ponto de vista do outro e imaginar-nos como é estar no seu lugar influencia muito a natureza da relação, contribuindo para o seu bem-estar. Esta capacidade chama-se empatia.
Com tudo aquilo de bom que é possível alcançar ao sermos empáticos, esse movimento também traz os seus riscos.
Colocando-nos no lugar do outro, existe o risco de abrirmos a porta ao nosso próprio sofrimento. Sem limites, o envolvimento nos problemas dos outros torna-se sufocante, faz-nos duvidar das nossas próprias capacidades mas, mais importante, pode tornar-nos insensíveis em relação aos nossos próprios sentimentos.
Para além de empatia, é importante ter flexibilidade psicológica. Apenas desta forma, aceitando e integrando emoções e sentimentos complexos podemos navegar na experiência do outro sem perder a nossa integridade e o nosso bem-estar.

Um livro que usa referências do Matrix tem o caminho aberto para ganhar o meu coração mas neste caso só soube dessa refe...
05/04/2024

Um livro que usa referências do Matrix tem o caminho aberto para ganhar o meu coração mas neste caso só soube dessa referência já a leitura ia a meio, altura em que o meu interesse tinha sido cativado há muito (desde que li o título na verdade).
A Melanie Joy é psicóloga e desenvolveu, durante a realização da sua tese de doutoramento, um trabalho muito interessante sobre o sistema de crenças e a psicologia do consumo de carne, introduzindo o termo “carnismo” devidamente explicado em vários pontos do livro.
Decidi trazer-vos esta leitura porque me identifiquei bastante com a forma como foi elaborada, nomeadamente através da utilização de conceitos chave como os Esquemas cognitivos, que estão na base de uma das abordagens teóricas com as quais mais me identifico (a terapia focada nos esquemas). Para agradável surpresa minha, a Melanie encontrou uma forma de explicar, sublimemente, como é que os nossos esquemas (não vou elaborar aqui o que é, leiam o livro) distorcem a informação à nossa volta de uma maneira que mesmo as coisas mais absurdas parecem fazer sentido, assim como contribuem para não conseguimos ver as falhas no sistema do qual fazemos parte (tal como no Matrix, tinha que ser, desculpem).
Podemos olhar para um processo psicoterapêutico como um facilitador da desconstrução da forma como elaboramos e interpretamos a nossa realidade e é exatamente dessa forma que este livro nos ajuda a elaborar os esquemas subjacentes ao consumo de carne.
Espero que vos tenha despertado o interesse, boas leituras.

Iniciar um processo psicoterapêutico pela primeira vez pode parecer uma ideia assustadora. Muitos de nós temos a tendênc...
26/02/2024

Iniciar um processo psicoterapêutico pela primeira vez pode parecer uma ideia assustadora. Muitos de nós temos a tendência para evitar pensar nos nossos problemas.
Evitamos os nossos sentimentos, os nossos pensamentos, evitamos aquele assunto que não nos deixa dormir à noite, que nos deixa mais ansiosos, entre tantos outros. Muitas vezes sabemos o porquê, outras vezes nem tanto.
Falar sobre estes assuntos, que muitas vezes nunca foram discutidos em voz alta, reforça ainda mais a necessidade de saber o que esperar e de fazer a escolha certa no momento de iniciar este processo. E, embora cada terapeuta seja diferente, algumas têm elementos em comum, como o de construir uma relação de confiança.
Hoje trago-vos algumas reflexões e exemplos de partilhas que me foram chegando e às quais dei forma através deste formato para que vos possa ser útil em momentos de maior incerteza.

16/01/2024

Li esta frase no ano passado e, desde então, que me tem feito companhia na forma como estou dentro e fora de consultas.

Não raras são as ocasiões onde as pessoas que me chegam se sentem assoberbadas pelo “vento”. Seja porque passou por elas, porque poderá passar novamente ou porque poderá passar um dia, e, com ele, trazer uma tempestade que deixa tudo virado do avesso.

Insegurança, angústia, cansaço, alienação … é isto que as pessoas sentem, ciclicamente, como se de uma prisão dentro delas próprias se tratasse.

O ""vento"" que abala as pessoas pode assumir várias formas, não fosse cada pessoa singular na sua maneira de ser e estar perante a vida. Discussões com amigos, com @ namorad@, com um professor, com um colega, com o chefe… o fim de um relacionamento, a morte de um ente querido, uma mudança de cidade, uma mudança de trabalho, uma defesa de tese, uma entrega de um relatório, uma viagem de avião, uma viagem de carro ou mota…e tantos outros.

É curioso, sentimos o vento, mas não o conseguimos ver ou tocar. No entanto conseguimos descrever com exatidão tudo o que é, pode vir a ser e como nos pode magoar. De certa forma, é assim com as nossas raízes também.

A diferença é que, apesar de sabemos que elas existem, por vezes andamos tão distraídos que nos esquecemos de como se parecem e, por vezes, esquecemos mesmo que elas estão lá e fazem parte de nós.

A maneira como levamos a vida favorece que vento leve a melhor e mereça toda a nossa atenção. O tempo escasseia e estão sempre a acontecer várias coisas para as quais muitas vezes não temos mãos a medir. Cansamo-nos sem tempo para descansar.

Talvez o problema não seja o vento mas a maneira como olhamos para ele. Estamos tão desesperados perante todas as possibilidades que não paramos e perguntamos a nós próprios: o que me diz este vento sobre mim? o que me diz sobre as minhas raízes? como tenho cuidado delas?

Por vezes é necessário fechar os olhos para conseguir ver.

A primeira publicação do ano é uma recomendação de leitura, desta vez um conto do qual gosto muito. É igualmente uma lei...
08/01/2024

A primeira publicação do ano é uma recomendação de leitura, desta vez um conto do qual gosto muito. É igualmente uma leitura que recomendo frequentemente a quem acompanho em consulta, por ser um livro que narra a procura pelo verdadeiro eu, de uma forma metafórica, subtil e profunda.
Todos nós temos a nossa armadura, que nos protege, dos outros mas, principalmente, de nós próprios.

F**a a sugestão de literatura para acompanhar este inicio de ano. Boas leituras📚

Endereço

Lisbon

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 21:00
Terça-feira 09:00 - 21:00
Quarta-feira 09:00 - 21:00
Quinta-feira 09:00 - 21:00
Sexta-feira 09:00 - 20:00
Sábado 09:00 - 13:00

Notificações

Seja o primeiro a receber as novidades e deixe-nos enviar-lhe um email quando João Mourato - Psicólogo Clínico publica notícias e promoções. O seu endereço de email não será utilizado para qualquer outro propósito, e pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Compartilhar

Categoria