
21/06/2022
Ser verdadeiro não é tão simples quanto ser verdadeiro em palavras. Satya é o compromisso total com a verdade — em ser, em palavras, em ações, em intenções.
Praticar satya não consiste em dizer a verdade cega e negligentemente sem considerar as consequências. É muito mais sobre contenção: sobre tomar nosso tempo e considerar cuidadosamente nossos pensamentos e palavras, para que a maneira como expressamos a verdade ajude, inspire, eleve o outro ser humano e alimente nossos relacionamentos. Além disso, ao dizer a verdade, devemos procurar causar o menor dano possível. Se falar a verdade causa dor ou sofrimento, então talvez seja melhor ficar em silêncio. Isso é praticar satya em harmonia com ahimsa (não-violência). Esta ideia é declarada de forma simples no Mahabharata: “Fale a verdade que é agradável. Não fale verdades desagradáveis. Não minta, mesmo que as mentiras sejam agradáveis aos ouvidos. Esta é a lei eterna, o dharma.” Ser verdadeiro significa que devemos escolher nossas palavras com sabedoria.
Ser verdadeiro com nós mesmos também é outro aspecto de Satya. Você se sente em casa onde quer que vá? Quando somos naturais e verdadeiros com os outros, começamos a nos sentir em casa, não importa se estamos na companhia de completos estranhos ou com nossos melhores amigos. Muitas vezes, nos cobrimos com maneirismos, formalidades e condicionamentos sociais para ser aceitos e amados. Devemos lembrar que nossos verdadeiros “eus” são nossos melhores “eus”. Ao ser autêntico e verdadeiro consigo mesmo, você permite e inspira os outros a viver da mesma maneira também.
Uma comunicação honesta e uma vida de integridade são a base de todos os nossos relacionamentos: conosco mesmos, com os outros e com a sociedade como um todo. É por isso que a prática do Satya é tão essencial para viver uma vida mais feliz e realizada. Quando somos honestos e verdadeiros, podemos ser destemidos, assim vivendo a vida como um livro aberto.
Assumir um compromisso com a verdade nem sempre é fácil, mas viver sem mentiras é libertador. 🤍