Luana Cunha Ferreira - Psicóloga

Luana Cunha Ferreira - Psicóloga Psicoterapia individual e terapia de casal ou familiar. Consultoria e Investigação. www.luanacunhaferreira.com
Also: www.luanacunhaferreira.com/english/

Obrigada à Judite e à Filipa por este convite tão bonito. Fiquei duplamente feliz: Adoro ver um casal a criar — ideias, ...
13/10/2025

Obrigada à Judite e à Filipa por este convite tão bonito. Fiquei duplamente feliz: Adoro ver um casal a criar — ideias, movimentos, filhos, histórias, livros — e amei partilhar este momento com o Hugo e a Ana.
Sobre a diferença. Este menino é diferente. Gosta de vilões e não de heróis (é sempre uma boa ideia desconfiarmos dos heróis). Hoje, a “diferença” ou a transgressão à norma é, cada vez mais, vista como forma de revolução. Sabemos, do ponto de vista científico, que a aceitação e a celebração da diversidade melhoram a vida de toda a gente. É o que faz o mundo avançar. Por isso dizemos, por exemplo que corpos não binários são revolucionários. Desafiam e desestabilizam as normas rígidas. O menino que é visto como diferente está, afinal, muito à frente.
E, claro, os vilões. Como sistémica, vejo sempre as pessoas dentro dos sistemas de que fazem parte — famílias, grupos, comunidades — e nunca me convenceu a ideia de que alguém “é mau” por natureza. Os vilões não nascem vilões: são vilanizados. O sistema empurra-os para esse papel. Às vezes é a família, outras a escola, outras a sociedade. E, como dizia Brecht, “do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Na terapia familiar, chamamos “pacientes identificados” a quem carrega o sintoma do sistema — a criança com birras, o adolescente em crise, o adulto com ansiedade. Mas o vilão é, muitas vezes, apenas o portador visível de uma história que ficou muito mal contada. E que desaba no consultório. O nosso trabalho é abrir espaço nessas narrativas saturadas.
Quem escreve as histórias? Quem designa o vilão? Quem tem mais poder. Quando uma narrativa se torna única, deixa de haver nuance, ambiguidade, contexto. E o resultado disso são sistemas disfuncionais: famílias que precisam de um bode expiatório, turmas que se unem contra o elo mais fraco, comunidades que precisam de um inimigo comum, governos que chamam “terroristas” a todos os que querem libertar-se da opressão.Os vilões são feitos nas histórias que foram contadas sobre eles, e não por eles. E o nosso trabalho, enquanto terapeutas, é fazer o contrário: complexificar, ampliar, humanizar. (continua)

O que vais fazer agora?      ̇ne
01/10/2025

O que vais fazer agora?

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Começo já em outubro os novos grupos de supervisão clínica e temos algumas vagas!🖥️ Sessões online mensais 🌐 Abordagem ...
22/09/2025

Começo já em outubro os novos grupos de supervisão clínica e temos algumas vagas!

🖥️ Sessões online mensais
🌐 Abordagem sistémica interseccional
👥 Espaço de reflexão crítica, prática e colaborativa

São grupos exclusivos para acompanhar profissionais de psicologia e saúde metal na sua prática clínica, particularmente com casais e famílias, mas também no acompanhamento individual.

A reflexão é a feita sempre de forma pragmática, a partir de casos reais meus, da minha equipa e, claro, dos participantes. Inclui curtas apresentações a partir do corpo teórico que sustenta a nossa intervenção e nunca deixamos o posicionamento ético e político de lado.

📌 Todas as informações estão no link da bio.


Que viagem, este .duelo! Ontem à noite, depois do espectáculo, estivemos a dissecar as questões, descobertas, construçõe...
06/07/2025

Que viagem, este .duelo! Ontem à noite, depois do espectáculo, estivemos a dissecar as questões, descobertas, construções e mitos que todes carregamos às costas de cada vez que pomos o pé dentro (ou fora) de uma relação romântica.

Uma trabalheira irresistível, isto tudo ❤️

Foi um privilégio partilhar estas rodas de conversa com o genial Henda Vieira-Lopes .psicologia e ser conduzida pela maravilhosa

Obrigada e parabéns especialmente ao que não largou o osso, à que se enfiou toda aqui e tão bem, à que me convenceu a tolerar musicais e aos sempre intensos músicos .music

📍Vamos com calma? Workshop de Introdução às Não Monogamias Consensuais  🗓️ 2 de julho, 18h–20h (online) Vamos para a ter...
23/06/2025

📍Vamos com calma? Workshop de Introdução às Não Monogamias Consensuais 

 🗓️ 2 de julho, 18h–20h (online) 

Vamos para a terceira edição deste workshop introdutório, que tem reunido participantes que estão a dar os primeiros passos ou apenas em pré contemplação. O feedback tem sido claro, como o deste participante: estamos sedentas de espaços sérios, inclusivos, críticos e acessíveis onde possamos pensar relações para além da norma sem cair idealizações, romantizações, panaceias, pensos rápidos ou desconexões com a realidade científica.

Este workshop inclui uma sessão de discussão dinamizada por mim, em grupo, a combinar em data posterior.

Atenção, antes da inscrição verifique se este é mesmo o workshop para si, pois faz parte de uma série de formações para vários públicos:

▪️ Nível 1 – Introdução crítica (este mesmo!) 

▪️ Nível 2 – Aprofundamento prático e político (para quem já tem experiência e/ou já se sente fluente em vocabulário não mono - brevemente)

▪️ Nível 3 – Intervenção clínica e contextos terapêuticos (vai na terceira edicão, próxima será em Outubro/Novembro, apenas para profissionais de saúde mental, terapeutas familiares e interventores comunitários/de pares ) 

▪️ Supervisão-Grupo de supervisão clínica com foco em casos não mono (apenas para profissionais de saúde mental, terapeutas familiares e interventores comunitários/de pares) - Abre em Outubr/Novembro

📎 Inscrições abertas para o nível 1– link na bio ⏳ Vagas limitadas

📚 Sete Casais em Terapia vai na 2.ª edição, tem prefácio da super , está em ebook à distância de um clique e em audioliv...
11/06/2025

📚 Sete Casais em Terapia vai na 2.ª edição, tem prefácio da super , está em ebook à distância de um clique e em audiolivro para quem prefere escutar em vez de ler (ou fazer as duas coisas ao mesmo tempo, claro). Encontram tudo isto nos links da bio.

🎈 Hoje, às 18h, estarei na Feira do Livro de Lisboa para uma sessão de autógrafos no pavilhão G05 (Ego Editora). Se ainda não tens o teu exemplar ou queres um assinado, passa por lá. É sempre um prazer conversar com quem lê com curiosidade, coragem, humor e pensamento crítico.

💥 O Sete Casais abriu caminho para novas conversas, projetos e ideias. E entre a clínica, a aulas, investigação e mil tarefas, sigo a escrever. Porque escrever também é intervir: nos discursos sobre amor, género, poder, desejo, tensão, estruturas, (des)igualdades e identidades.
A escrita continua. A prática também.
E a luta segue.

Resumo rápido mas a viva voz de uma marcha mais importante que nunca ✊🏼 Vozes de  .bo .positivas  .asdesafiantes   .pale...
08/06/2025

Resumo rápido mas a viva voz de uma marcha mais importante que nunca ✊🏼


Vozes de .bo .positivas .asdesafiantes .palestina
teras_rosa palestina

Vozes que a Câmara Municipa de Lisboa escolheu não amplificar.

Quanto melhor percebemos o que a outra pessoa está a sentir (mesmo quando é desconfortável), melhor corre a coisa na cam...
03/06/2025

Quanto melhor percebemos o que a outra pessoa está a sentir (mesmo quando é desconfortável), melhor corre a coisa na cama. Ou no sofá. Ou nesse sítio onde acabaste de pensar.

Parece óbvio? Sim. Mas agora há dados diários de 141 casais (Huberman et al, 2025) que mostram exatamente isto: Quando a pessoa parceira não entende o nosso mal-estar, a satisfação diminui. Mas quando há sintonia emocional—mesmo com emoções intensas e desagradáveis—o desejo aumenta.

Ou seja: não é fugir ao desconforto que protege a relação. É saber entrar nele, juntes, com presença, precisão e coragem. É isto que há anos vemos em terapia de casal e que tanta gente evita. A intimidade não vem só das emoções leves, fluidas, bonitas e cor-de-rosa—vem também das verdades que arranham, das reações que envergonham e das narrativas que, francamente, doem. Mas continuamos ali.

Gerir a tensão, pedir clarificações com delicadeza mas sem desistir, interpretar em conjunto e com consentimento aquilo que surge, permanecer nas zonas ásperas da relação, expor feridas difíceis de sarar e que nos apanham desprevenides... é também neste turbilhão que o desejo se regenera.

Boa sorte e energia—porque de boas intenções já está aquele sítio cheio 🙌

🌈 Junho é mês de Pride. Mesmo a tempo de aprofundar a reflexão sobre como a ciência deve estar ao serviço das nossas lut...
02/06/2025

🌈 Junho é mês de Pride. Mesmo a tempo de aprofundar a reflexão sobre como a ciência deve estar ao serviço das nossas lutas pela igualdade e diversidade, mas também aos direitos pela identidade, saúde, escolha e segurança. 

Também por isso, foi uma maravilha apresentar, em coautoria com Rita Guedes, Jo  Matos e Carmo G. Pereira, e a convite de Mariana Miranda e Jorge Gato, uma comunicação no XII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia, na FPCEUP sobre como melhor investigar as vivências e experiências das pessoas trans e não-binárias e dos sistemas onde pertencem. O conhecimento que produzimos tem de servir para algo concreto: reduzir desigualdades, combater preconceitos e garantir que as pessoas trans não sejam apenas ouvidas, mas realmente compreendidas e protegidas.

Nestes tempos especialmente difíceis, este mês de Pride reforça o meu compromisso ético, mas também epistemológico, com uma psicologia que não seja neutra, mas sim justa, crítica e transformadora.

Seguimos na luta, com rigor, determinação, qualidade e teimosia. 

🌈✊

🏳️‍⚧️  Nem tudo que parece apoio realmente ajuda  🚫Estas frases são comuns e muitas vezes ditas com boas intenções e ver...
18/03/2025

🏳️‍⚧️ Nem tudo que parece apoio realmente ajuda 🚫

Estas frases são comuns e muitas vezes ditas com boas intenções e verdadeira preocupação. Mas, mais do que palavras, o que realmente faz a diferença são gestos concretos de apoio e respeito. 💜

💡 Como acolher e apoiar de verdade? Vamos reflectir sobrenisso no Workshop para Famílias com Pessoas Trans - Acolher Identidades.

📅 Data: 26 de Março
⏰ Hora: 17h30 - 20h
💻 Onde: Zoom
📩 Inscrições abertas! Link na bio.

Tem uma visão sistémica, transfeminista e de análise interseccional. É criticamente sex-positive e já está informalmente...
26/02/2025

Tem uma visão sistémica, transfeminista e de análise interseccional. É criticamente sex-positive e já está informalmente connosco há algum tempo. Agora é hora de se juntar formalmente à equipa!

Na equipa Paradigma, Carmo vai estar dedicade a ao aconselhamento sexual, relacional e identitário de adultos, individualmente e em casal / relação, particularmente nos seguintes temas:

✅️ Orientação relacional e não monogamias
🧚‍♀️ Prazer inclusivo
❤️ Discrepância de desejo e expansão do guião sexual em casal / relações afectivo se***is
✊️ Minorias de direitos
😍 Construção de novas / outras masculinidades,
👍 Autoconhecimento e auto determinação de todos os corpos e mais prazer para todes (enfoque especial em mulheres cis e trans, pessoas trans e outras identidades e corpos dissidentes)

Carmo G Pereira é uma Pessoa Trans não binárie (ilu/dilu e ele/dele).

Desde 2008 que dinamiza projetos, workshops e formações ligados à sexualidade e posteriormente aconselhamento sexual individual, para casais e outras estruturas relacionais.Faz parte do projeto OUTSIDE IN, um projecto da União Europeia contra o discurso de ódio , e realiza educação comunitária nas áreas do cuidado, discurso de ódio, construção comunitária e . Tem formação académica em ciências da comunicação, estudos de género e sexologia e é doutorande no Programa Doutoral em Sexualidade Humana da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto.

📚 Alerta psis! Precisamos de vos perguntar umas coisinhas 🤔 Se trabalhas ou já trabalhaste com pessoas migrantes basta p...
03/02/2025

📚 Alerta psis! Precisamos de vos perguntar umas coisinhas 🤔

Se trabalhas ou já trabalhaste com pessoas migrantes basta preencher este questionário rápido...e anónimo! Aquele cliente brasileiro? Aquela utente do Bangladesh? Aquela família angolana? Aquele casal romeno? Sim, é por aí, queremos saber o que pensar sobre a tua prática profissional nestes contextos. Para fazermos todes melhor.

Se não puderes/quiseres participar, podes ajudar a divulgar pelos teus colegas ✊️

Link na bio!

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Lisbon

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