18/08/2025
Em Agosto de 1385, o mal armado povo Português uniu-se e levou de vencida a hoste castelhana e francesa, em número quatro vezes superior, salvaguardando a independência nacional!
Passados 640 anos, o bom povo Português volta a unir-se com as poucas ferramentas que tem à sua disposição, para salvaguardar as suas casas, as suas aldeias, os seus animais, enfim, o trabalho de uma vida, destes nefastos incêndios que estão a decorrer por todo o centro norte do país! Muita desta gente, foi a salto para França, Bélgica, Suíça, onde comeu o pão que o diabo amassou! Muitos deles e dos seus descendentes, em Agosto voltam às suas terras para matarem saudades das suas gentes, para usufruirem do cantinho suado que construiram para a sua velhice.
Olhemos também para aqueles, que tiveram a coragem de deixar os seus empregos na cidade, e voltaram ao seu chão ancestral, pegando no que os seus pais e avós deixaram, criando riqueza em terras esquecidas e sem esperança, votadas ao abandono, e à sorte de alguns, na maioria idosos, que ali viveram uma vida de sacrifício e desprovida de tudo!
Os nossos governantes têm o direito de zelar por estas pessoas. Têm o direito de lhes conferirem a máxima dignidade, pois é gente que não se acomodou e lutou arduamente para ter o que tem.
Não consigo entender a cabeça dos governantes, que não tomam medidas nem arranjam soluções para esta catástrofe dos incêndios, que todos os anos ceifa vidas!
Tem de haver coordenação entre o governo e as autarquias!
As entidades governamentais, representadas pelo ministério da administração interna, ministério do trabalho e ministério da segurança social, têm de delinear uma estratégia, que a meu ver é a seguinte:
- As autarquias, num trabalho conjunto entre presidente de camara e presidentes de junta, deveriam todos os anos comunicar à protecção civil os locais a desmatar e limpar.
- Após recebimento dessas comunicações, deveriam arranjar-se tendas de campanha do exército caso necessário e mobilizar-se pessoas saudáveis e com bom corpo para trabalhar que estão a auferir do rendimento minimo para fazer esse trabalho, pagando-se-lhe o ordenado minimo.
O mesmo se podia fazer com os reclusos dos diferentes estabelecimentos prisionais de norte a sul do país.
- O centro de emprego, em vez de dar cursos de tricot e outras inutilidades, podia dar cursos no âmbito da protecção civil, e qualif**ar pessoas para situações emergentes como esta.
Se muitos, para ganharem a vida para sustentarem os seus filhos, pagando impostos, têm de sair da sua zona de conforto, emigrando ou imigrando, então porque é que aqueles que estão a ser pagos para fazer nada, não o fazem? Têm esse dever! E se recusassem cortava-se os subsidios
- Temos bons Engenheiros mecânicos e aeronáuticos, polos de aviação, como o de Ponte de Sor e Évora, porque não se pensa em criar um projecto para fabricação de helicopteros e aviões de combate a incêndios, em vez de andar com contractos de aluguer? Assim, ainda podiamos lucrar com venda!
- As p***s para os incendiários tem de ser pena máxima, para desencorajar esta gente de o fazer! Um incêndio pode não matar ninguém, como pode matar uma centena de pessoas!
- O Estado tem de ser um exemplo! Mas não é! Exige aos particulares que limpem os seus terrenos, quando os deles estão vergonhosamente por limpar! As autarquias que não comunicassem ao Estado o que está por limpar, e que não limpassem os seus terrenos e não arranjassem os acessos a passagem de meios de combate, deviam ter o seu orçamento cortado.
O Estado é dono de hectares e hectares, onde por exemplo, a azeitona f**a nas àrvores, não era também boa politica os funcionários do rendimento minimo e reclusos irem apanhar essa azeitona, que transformada em azeite, dava para servir hospitais, escolas, lares, etc.
Em suma, os "bombeiros" destes país, são em todos os aspectos aqueles que trabalham!